segunda-feira, dezembro 22, 2003

Qual a pergunta que desejamos lhes fazer ?

"VOCÊS QUEREM QUE APAREÇAMOS ?"

A minha resposta é: SIM.
[Edit: mudou para N Ã o, P O R R A! E vão raptar a avózinha, pázinhos!]

O que acham, meu amigos? Qual é a vossa resposta?
(P.S.: Vá lá. Faz de conta que isto é verdade. Faz de conta que isto é Mesmo verdade. Porque pode ser mesmo verdade. Por isso respondam. Se for mesmo verdade talvez eles oiçam.)


[Back to HIATUS.]


[Update: vejam este artigo sobre o mesmo assunto (em inglês): Cosmic Spam]

quarta-feira, dezembro 17, 2003

ASSOCIAÇÃO DE PESQUISA OVNI
Caríssimo viajante do tempo: que tal marcarmos novo encontro?
Pode ser aqui em casa ou no café. Quando? Humm, dia 20, que tal?
A que horas? Escolhe tu.
Gostava imenso que fosses um descendente directo da minha família. Traz bolinhos. E os números do totoloto (joking).
Apareces, a malta conversa e tal. Era giro.
'Tá o encontro marcado?

segunda-feira, dezembro 15, 2003

Em relação às propinas: que tal processar o Estado Português por violação do Artigo 26 da Declaração Universal dos Direitos Humanos?

Artigo 26:
1º Toda a pessoa tem direito à educação. A educação deve ser gratuita, pelo menos a correspondente ao ensino elementar fundamental. O ensino elementar é obrigatório. O ensino técnico e profissional deve ser generalizado; o acesso aos estudos superiores deve estar aberto a todos, em plena igualdade, em função do seu mérito.
(...)

E onde falha a igualdade?, perguntam. Ora, nas propinas. Os pobres, esses sacanas, não têm bago para as pagarem. É descriminação económica. E quanto às bolsas... pois. Então não é. É mesmo. É a velha história do burro: quem não te conheça, que te compre.

É só uma ideia.
Pena de morte: mais outro apedeite.


Não me calo com isto, não é?
Quem defende a pena de morte não compreende que a defende também para si e para os seus? Não está a defendê-la única ou primeiramente para os outros, mas para si e para o cônjuge e os filhos e os pais e os amigos e os irmãos. Se a pena de morte é para ti aceitável, então estás a dizer-me que em caso de tu seres condenado, a aceitas também. E em caso dos teus filhos serem condenados, a aceitas também. E em caso dos teus pais serem condenados, a aceitas também.
Não duvido que exista malta por aí que responda sim sem hesitação.
O que me espanta formidavelmente.
Há gente que aceita que outros têm direito de tirar a sua vida. Há gente que aceita que outros, validados, têm direito de tirar a vida da sua mulher ou esposo e dos seus filhos. Há gente que aceita que o Estado tem o direito (ou deveria ter o direito) de executar os seus pais. Com eles a assistir, aposto.
Há gente que aceita que a sua própria vida vale tão pouco. Vale nada. Que a vida dos seus filhos vale tão pouco – vale nada; que a vida dos seus familiares vale nada.
Se dão tão escasso valor à vida de quem (alegadamente) amam – que tipo de valor darão à vida humana de estranhos?
Lobos. Somos lobos.

A relembrar:

Declaração Universal dos Direitos Humanos


Artigo 3:
Todo o indivíduo tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal.

domingo, dezembro 14, 2003

'Tou parva: não é que o encontraram?

Agora só faltam as armas de mass destruction.

Vá lá, já não falta tudo.

quarta-feira, dezembro 10, 2003

Tosse. Garganta dói. Não muito.
Cabeça dói. Um pouco tonta. Um pouco quente.
O corpo dói-me, mas pouco também.
Frio. Arrepios.

Acho que a gata também está com gripe.

/a ouvir Sandro G - Eu não vou chorar (ou Rabo de peixe?).
Bonita. E o sotaque dá-lhe um toque especial.

domingo, dezembro 07, 2003

(Perfeito retrato de Portugal.)


POEMA TEMPERAMENTAL

Ó caralho! Ó caralho!
Quem abateu estas aves?
Quem é que sabe? quem é
que inventou a pasmaceira?
Que puta de bebedeira
é esta que em nós se vem
já desde o ventre da mãe
e que tem a nossa idade?
Ó caralho! Ó caralho!
Isto de a gente sorrir
com os dentes cariados
esta coisa de gritar
sem ter nada na goela
faz-nos abrir a janela.
Faz doer a solidão.
Faz das tripas coração.
Ó caralho! Ó caralho!
Porque não vem o diabo
dizer que somos um povo
de heróicos analfabetos?
Na cama fazemos netos
porque os filhos não são nossos
são produtos do acaso
desde o sangue até aos ossos.
Ó caralho! Ó caralho!
Um homem mede-se aos palmos
se não há outra medida
e põe-se o dedo na ferida
se o dedo lá for preciso.
Não temos que ter juízo
o que é urgente é ser louco
quer se seja muito ou pouco.
Ó caralho! Ó caralho!
Porque é que os poemas dizem
o que os poetas não querem?
Porque é que as palavras ferem
como facas aguçadas
cravadas por toda a parte?
Porque é que se diz que a arte
é para certas camadas?
Ó caralho! Ó caralho!
Estes fatos por medida
que vestimos ao domingo
tiram-nos dias de vida
fazem guardar-nos segredos
e tornam-nos tão cruéis
que para comprar anéis
vendemos os próprios dedos.
Ó caralho! Ó caralho!
Falta mudar tanta coisa.
Falta mudar isto tudo!
Ser-se cego surdo e mudo
entre gente sem cabeça
não é desgraça completa.
É como ser-se poeta
sem que a poesia aconteça.
Ó caralho! Ó caralho!
Nunca ninguém diz o nome
do silêncio que nos mata
e andamos mortos de fome
(mesmo os que trazem gravata)
com um nó junto à garganta.
O mal é que a gente canta
quando nos põem a pata.
Ó caralho! Ó caralho!
O melhor era fingir
que não é nada connosco.
O melhor era dizer
que nunca mais há remédio
para a sífilis. Para o tédio.
Para o ócio e a pobreza.
Era melhor. Concerteza.
Ó caralho! Ó caralho!
Tudo são contas antigas.
Tudo são palavras velhas.
Faz-se um telhado sem telhas
para que chova lá dentro
e afogam-se os moribundos
dentro do guarda-vestidos
entre vaias e gemidos.
Ó caralho! Ó caralho!
Há gente que não faz nada
nem sequer coçar as pernas.
Há gente que não se importa
de viver feita aos bocados
com uma alma tão morta
que os mortos berram à porta
dos vivos que estão calados.
Ó caralho! Ó caralho!
Já é tempo de aprender
quanto custa a vida inteira
a comer e a beber
e a viver dessa maneira.
Já é tempo de dizer
que a fome tem outro nome.
Que viver já é ter fome.
Ó caralho! Ó caralho!

Ó caralho!

Joaquim Pessoa
Tenho uma vontade enorme de escrever.
Mas sobre o quê?
É como ter vontade de resolver problemas matemáticos e não haver enigmas à mão.

Não sei se me explico.

Escrever sobre, sobre, sobre!
O Estado da Nação. O estado dos políticos!
(PQP)
Sendo mais explícita: PQ'OsP.
Cada vez que leio o correio da manhã apetece-me emigrar para Marte.
Ou Espanha, que é mais perto.
Aborto é crime. Atão não.
Se o meu útero é teu, sacana de legislador, quer dizer que a tua próstata é minha?
Quer dizer que os teus tintins são meus?
Porra, há Igualdade ou não?! Ou há justiça ou comem todos.
Mulher: a puta, a santa, a que leva menos money para casa por ser mulher.
Mulher, a que merece menos, a que vale menos. A que faz tudo no lar. Trabalha, educa/limpa/trata os filhos, limpa a casa.
E o homem vai para o café desanuviar. Com os amigos. Com os camaradas, colegas, gajos.
Filho da puta do árbitro, o Mantorras/Pinto/Figo/PQP é que é, aquilo é que é jogar.
Às vezes tenho nojo de ser portuguesa. Onde é que anda a justiça social, económica? Fugiu para um paraíso fiscal? Uma offshore (ou lá como se escreve). Não percebo os cabrões dos políticos. Eles não compreendem, não interiorizaram ainda que, façam o que fizerem, são Sempre vistos pela populaça como Filhos da Puta? Ainda não perceberam isto? Porque raio não fazem então o certo, o correcto, o Ético? Porquê? Há países em que fazer o correcto é, tipo, uma obsessão nacional.
Aqui é passar a perna ao próximo e não ser caçado...

Opinião pessoal: devíamos ter continuado espanhóis. Ai devíamos. Olhem para eles e olhem para nós.
Olhem Para Eles E Olhem Para... nós.

What. Ever.


/Lola out