quinta-feira, abril 29, 2004

Alguém sabe como é que se faz uma edição de autor? Que passos tomar, o custo, a que gráficas ir, etc?
Eu não faço a mais pequena ideia, por isso pergunto.

quarta-feira, abril 28, 2004

Agora é que os meus hits vão mesmo aumentar.
(Todos da parte da Cia e companhia, mas que se lixe, lol.)

Pravda - em português.
[Via Prusidente]


(Gosto deste gajo, gosto gosto :)
(Porra, não sabia que éramos tão bons. E há até quem nos admire! Eish!)

PORTUGAL: PESSIMISMO/PEDOFILIA

São dois os principais problemas de Portugal: os poucos pessimistas profissionais, que passam a vida a contaminar o resto da população, e uma governação inadequada, ineficiente, ineficaz e fora de contacto com a realidade no país. Que Portugal e os portugueses têm inegáveis qualidades, não hajam dúvidas. Não é por nada que Portugal é um país independente e a Catalunha, a Bretanha, a Escócia e a Bavária o não são. Não é por nada que o português é a sétima língua mais falada no mundo, à frente do alemão, do francês e do italiano. No entanto, estas qualidades precisam de ser cultivadas por quem foi eleito para liderar e dirigir o país. O que acontece é que nem agora, nem por muito tempo, Portugal tem tido líderes dignos do seu povo, capazes de liderar a nação, realizar os projectos que foram escolhidos para realizar. O resultado é uma onda de pessimismo, no meio dum mar de desemprego, desinteresse e desorientação que serve de combustível para a economia emocional não funcionar, aquela economia que é tão importante quanto a economia das quotas de oferta e procura. A consequência é uma retracção não só da economia mas também do psique da sociedade, com uma introversão patológica a manifestar-se no escrutínio colectivo do umbigo nacional, ou um pouco mais abaixo. A não-história da pedofilia, já uma psicose nacional, é um belíssimo exemplo de até onde pode chegar uma sociedade quando nem é orientada nem estimulada a pensar em horizontes mais saudáveis. Há mais que um ano, a imprensa portuguesa regurgita a história do abuso sexual de meninos do orfanato/escola Casa Pia, apontando nomes sonantes da vida pública que nem têm lugar aqui, visto que até ser provado ao contrário, uma pessoa numa sociedade civilizada, é considerado inocente.
Na busca de quem foi ou quem não foi, deu origem ao levantamento na praça pública duma lista substancial de nomes do mundo artístico, desportivo, e político, aos mais altos níveis. Não é a causa do pessimismo em Portugal, mas espelho dele. A noção que "nós não prestamos, somos os coitadinhos da Europa e a alta sociedade é podre" se ouvia nos finais dos anos 70, desapareceu e com a não governação do primeiro-ministro José Barroso, voltou. Está tangível, quanto mais para um estrangeiro que ama e estuda este país há 25 anos. Outra manifestação deste pessimismo é a negatividade ao nível das conversas nos cafés (inaudíveis nos claustros de cristal onde pairam os governantes do país) acerca dum evento que a priori é a melhor hipótese que Portugal alguma vez tem tido para se projectar na comunidade internacional? o Euro 2004. O Euro 2004 é o ponto desportivo mais alto na história quase milenar de Portugal. É um dos três mais vistos eventos televisivos no mundo e é uma excelente oportunidade de enterrar de vez a falácia que Portugal é uma província espanhola. Mas o que é que acontece?

Enquanto o resto da Europa se prepara com entusiasmo para o Campeonato da Europa em Futebol, se ouve em Portugal por todo o lado que os estádios não estão preparados, ou que não são seguros, ou que os aeroportos não estão adequados ou que vai haver problemas com hooliganismo ou com terrorismo. Disparate! Ou pior, uma vergonha, por quem perpetua este tipo de lixo que se chame notícias por aí. Para começar, os estádios estão tão prontos que já se joga futebol neles. Segundo, as normas de segurança têm de obedecer a rigorosíssimas normas de controlo estipuladas pela inflexível UEFA. Terceiro, os aeroportos têm dos sistemas mais avançadas de controlo de tráfico aéreo, total e completamente integrados nos da União Europeia e mais, os adeptos não vão todos chegar no mesmo dia, nem todos de avião. Quarto, quando os bilhetes foram vendidos na Internet, foi consultada a base de dados proferida pelas forças policiais dos países presentes no Euro 2004. Quinto, Portugal é alguma vez um alvo para ataques terroristas, desde quando? Só se fossem as FP-25 de Abril. Porém, onde estão as autoridades a explicarem a verdade, a estimular a população, a instilar o optimismo, não só para o Euro 2004 mas para galvanizar a economia, a liderar o país? Exactamente onde estiveram, estes ou outros, quando os interesses dos portugueses estavam a ser vendidos por um preço barato, o que levou gradualmente à situação actual em que uma família portuguesa gasta substancialmente mais do seu ordenado em necessidades básicas do que no resto da Europa. Não se admite que num supermercado espanhol, se encontram exactamente os mesmos produtos bem mais baratos do que em Portugal, não se admite que no Reino Unido o cesto básico de alimentos custa bastante menos, quando se ganha cinco, seis ou sete vezes mais. Há duas semanas, vi três restaurantes no centro de Londres com o cartaz "Comam o que quiserem por £5.45 - 9 Euros, ou um pouco menos. Os portugueses gastam uma fatia tão grande do seu ordenado em mantimentos fundamentais que não há capital disponível para os serviços, restringindo a economia a um modelo básico e muito primário. Se bem que Portugal é um país pequeno, também é a Bélgica, a Dinamarca, os Países Baixos, o Luxemburgo, a Suiça, a Irlanda. Estes países têm um plano de médio e longo prazo e nestes países ganham os lugares de destaque pessoas competentes e devidamente qualificadas e formadas. Em Portugal, o plano é ganhar as próximas eleições, ponto final.

O que acontece depois? Há uma onda laranja ou cor-de-rosa a varrer o país e ocupar todos os quadros altos e médios, seja em ministérios, em faculdades, em firmas, até em hospitais. O grande plano é, quanto muito, de quatro anos, o que explica a pequenez de pensamento e a falta de visão personalizada por uma ministra das finanças que trata a economia do país como se fosse uma dona de casa maníaca, que, munida com uma tesoura gigante, tenta transformar um lençol de cama de casal numa bata para uma boneca diminuta? Corta, corta, corta.

O resultado disso tudo é o que se vê: desempregados à espera de desemprego durante largos meses, não semanas, sem receberem um tostão do governo que elegeram para os proteger. Quão conveniente por isso que o país fale de pedófilos e não da economia, do emprego, da falta de poder de liderança deste "governo" PSD/PP, da ausência duma cariz democrático, ou social, ou ou calor humano destes, que foram eleitos para proteger seus cidadãos. O que fizeram? Absolutamente nada. Lamentaram que o país era um caos, e calaram-se. Então, onde estão as políticas de salvação? Portugal está, e por muito tempo tem sido, liderado por uma argamassa de cinzentos incompetentes que venderam os interesses do país irresponsável e negligentemente para fora. Portugal precisa de quem tenha o brio e a chama suficiente para incendiar a paixão do povo deste país lindo, desta pérola do Atlântico, de ajudá-lo a ir ao encontro dos seus sonhos, acreditar em si, redescobrir as suas consideráveis qualidades e colocar Portugal num lugar de destaque entre a comunidade internacional. O leitor pode apontar quem tenha feito isso nos últimos anos? O José Barroso está a fazê-lo? Caso contrário, se não descobrir, e rapidamente, quem for competente para governar este país, os projectos audazes e brilhantes, que vão de mãos dadas com o espírito e a alma portuguesa, como por exemplo a EXPO 98 e a EURO 2004, ambos com uma gestão excelente e uma preparação de que poucos países se poderiam gabar, perder-se-ão no mar de lamúria que assola Portugal. Francamente, a paciência dos que tanto lutaram para fazer qualquer coisa deste rectângulo atlântico, começa a esgotar- se. Já que gostam de dizer que quem não está bem deve mudar-se, começa a ser uma excelente ideia.

TIMOTHY BANCROFT-HINCHEY
Director e Chefe de Redacção
PRAVDA.Ru - Versão portuguesa
100 Ufo Movies

terça-feira, abril 27, 2004

??????????????



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128.156.10.# (Various Registries)

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Mas... o que é que estes gajos querem, porra? =/


sábado, abril 24, 2004

The raison d'etre - the reason, the very purpose for much of the secrecy surrounding the UFO issue - isn't because, you know, they're here to eat us for lunch. If they'd wanted to eat us for lunch we'd be eaten already. It's because the energy and propulsion systems that explain the phenomenon of a UFO would make obsolete the need for oil and fossil fuels and these other very primitive, almost atavistic, technologies that we're using...it's like cavemen stuff.
(...)
AB: But, but, Doctor! Uh - one second. If we're having wars, we've had wars about oil, we're having a war about oil now. We're shedding American blood for oil so, how are you ever going to release information that says that blood was shed for nothing because we already secretly had the answer to the whole damn problem and it didn't have to happen. The war didn't have to happen. The oil doesn't have to keep coming and American boys don't have to shed their blood (and women) over in Iraq or anywhere else for oil because we really don't need it. How is that ever going to come out?
Isto é muito, Muito interessante.

We have identified insiders and scientists who can prove, in open Congressional hearings, that we do in fact possess classified energy generation and anti-gravity propulsion systems capable of completely and permanently replacing all forms of currently used energy generation and transportation systems. These devices access the ambient electromagnetic and so-called zero point energy state to produce vast amounts of energy without any pollution. Such systems essentially generate energy by tapping into the ever-present quantum vacuum energy state — the baseline energy from which all energy and matter is fluxing. All matter and energy is supported by this baseline energy state and it can be tapped through unique electromagnetic circuits and configurations to generate huge amounts of energy from space/time all around us. These are NOT perpetual motion machines nor do they violate the laws of thermodynamics — they merely tap an ambient energy field all around us to generate energy.

This means that such systems do not require fuel to burn or atoms to split or fuse. They do not require central power plants, transmission lines and the related multi-trillion dollar infrastructure required to electrify and power remote areas of India, China, Africa and Latin America. These systems are site-specific: they can be set up at any place and generate needed energy. Essentially, this constitutes the definitive solution to the vast majority of environmental problems facing our world.

terça-feira, abril 13, 2004

Para Quando Um Speakers' Corner Em Portugal?!


Será que abrem sucursais e tal...? (Tipo a Ikea...)

O pá, não era giro, a malta ter um lugar onde pudesse falar, insultar, chamar nomes às mãezinhas dos Ministros e quejandos e Não Ir Dentro?

Eu acho que sim.

sábado, abril 10, 2004

Visitem Odisseias.

[Antigo Cometas. A Silvana foi obrigada a começar outro blog novo devido a restrições do Blogger.com.br.]

quinta-feira, abril 08, 2004

Pois. Qu'alívio.

(Mote: Venham os andaimes desabar desta sólida angústia de cristal - Luíza Neto Jorge)


She’ll be back ou Shining

Dói-me tanto esta dor
Venham ver, venham ver
Interiores cristalinos andaimes a
desabar Desabar Desabar
Dói-me esta dor. Dói-me tanto esta dor.
Venham ver os andaimes desabar
Venham ver Venham ver Venham ver
Venham ver os andaimes a desabar.
Me.
O medo salta O medo arrepia
Esmigalha, o peito esfrangalha
Esmaga o peito O medo
É um tigre, o medo A raspar A roer o peito
Venham ver a dor
E os navios de cristal a desabar
E os andaimes a afundar
E as gentes a morrer, a morrer
Venham Ver Venham Ver Venham Ver
A ver a ver a ver a ver
A ver vamos
A dor é uma pulga a saltar
A dor é uma pulga com fome de sangue e um tigre a roer
Venham Ver Venham Ver Venham Ver
Os navios a secar
As gentes a morrer
E a malta a afundar, e a malta a afundar, e a malta a afundar.


8 de Abril de 2004 – 21:21


P.S. Não sei se o verso da LNJ está correcto.

segunda-feira, abril 05, 2004

Gosto tanto deste poema e como o encontrei aqui, aproveitei e roubei-o.

Se te queres matar

Se te queres matar, porque não te queres matar?

Ah, aproveita! que eu, que tanto amo a morte e a vida,
Se ousasse matar-me, também me mataria...
Ah, se ousares, ousa!
De que te serve o quadro sucessivo das imagens externas
A que chamamos o mundo?
A cinematografia das horas representadas
Por actores de convenções e poses determinadas,
O circo polícromo do nosso dinamismo sem fim?
De que te serve o teu mundo interior que desconheces?
Talvez, matando-te, o conheças finalmente...
Talvez, acabando, comeces...
E de qualquer forma, se te cansa seres,
Ah, cansa-te nobremente,
E não cantes, como eu, a vida por bebedeira,
Não saúdes como eu a morte em literatura!

Fazes falta? Ó sombra fútil chamada gente!
Ninguém faz falta; não fazes falta a ninguém...
Sem ti correrá tudo sem ti.
Talvez seja pior para outros existires que matares-te...
Talvez peses mais durando, que deixando de durar...

A mágoa dos outros?... Tens remorso adiantado
De que te chorem?
Descansa: pouco te chorarão...
O impulso vital apaga as lágrimas pouco a pouco,
Quando não são de coisas nossas,
Quando são do que acontece aos outros, sobretudo a morte,
Porque é a coisa depois da qual nada acontece aos outros...

Primeiro é a angústia, a surpresa da vinda
Do mistério e da falta da tua vida falada...
Depois o horror do caixão visível e material,
E os homens de preto que exercem a profissão de estar ali.
Depois a família a velar, inconsolável e contando anedotas,
Lamentando a pena de teres morrido,
E tu mera causa ocasional daquela carpidação,
Tu verdadeiramente morto, muito mais morto que calculas...
Muito mais morto aqui que calculas,
Mesmo que estejas muito mais vivo além...

Depois a trágica retirada para o jazigo ou a cova,
E depois o princípio da morte da tua memória.
Há primeiro em todos um alívio
Da tragédia um pouco maçadora de teres morrido...
Depois a conversa aligeira-se quotidianamente,
E a vida de todos os dias retoma o seu dia...

Depois, lentamente esqueceste.
Só és lembrado em duas datas, aniversariamente:
Quando faz anos que nasceste, quando faz anos que morreste;
Mais nada, mais nada, absolutamente mais nada.
Duas vezes no ano pensam em ti.
Duas vezes no ano suspiram por ti os que te amaram,
E uma ou outra vez suspiram se por acaso se fala em ti.

Encara-te a frio, e encara a frio o que somos...
Se queres matar-te, mata-te...
Não tenhas escrúpulos morais, receios de inteligência!...
Que escrúpulos ou receios tem a mecânica da vida?

Que escrúpulos químicos tem o impulso que gera
As seivas, e a circulação do sangue, e o amor?
Que memória dos outros tem o ritmo alegre da vida?
Ah, pobre vaidade de carne e osso chamada homem.
Não vês que não tens importância absolutamente nenhuma?

És importante para ti, porque é a ti que te sentes.
És tudo para ti, porque para ti és o universo,
E o próprio universo e os outros
Satélites da tua subjectividade objectiva.
És importante para ti porque só tu és importante para ti.
E se és assim, ó mito, não serão os outros assim?

Tens, como Hamlet, o pavor do desconhecido?
Mas o que é conhecido? O que é que tu conheces,
Para que chames desconhecido a qualquer coisa em especial?

Tens, como Falstaff, o amor gorduroso da vida?
Se assim a amas materialmente, ama-a ainda mais materialmente:
Torna-te parte carnal da terra e das coisas!
Dispersa-te, sistema físico-químico
De células nocturnamente conscientes
Pela nocturna consciência da inconsciência dos corpos,
Pelo grande cobertor não-cobrindo-nada das aparências,
Pela relva e a erva da proliferação dos seres,
Pela névoa atómica das coisas,
Pelas paredes turbilhonantes
Do vácuo dinâmico do mundo...

Álvaro de Campos


domingo, abril 04, 2004

E pá malta que veio de Kiev à procura da Candy Candy um grande Olá, Camarada!
Epá, concordo com isto tudo.

(E sou católica, ramo agnóstico.)

(A Lola é que não sei, ela não me faz confidências destas.)
EPIGRAMA


Sempre Amor usa e tem tristes queixumes
Enquanto arde no peito a viva chama.
Ora veja, ora não os claros lumes
Que movem, e que dão luz ò esprito que ama.
Não vendo, razão é que em grave queixa
Se rompa a voz, e se desfaça o peito.
E vendo, inda a queixumes lugar deixa
O grande amor que nunca é satisfeito.
Enquanto o amor se queixa é verdadeiro,
O que nunca se queixa é lisonjeiro.

Pêro de Andrade Caminha in
História e antologia da literatura portuguesa, séc.XVI
Fundação Calouste Gulbenkian

sábado, abril 03, 2004

Olhó os Gajos! Olhó os Gajos!
Vamos todos lembrar-nos destes nomes!
Desembargadores:

- Telo Lucas
- Rodrigo Simão
- Carlos Sousa



Isto é só uma ideia, mas... tipo, a malta, nós a malta, 'tão a ver, mas não devíamos ser NÓS a eleger estes gajos...? Hum?
Bom, ao menos temos essa desculpa, né? Ao menos sabemos que não fomos Nós que os pusemos lá!

quinta-feira, abril 01, 2004

“Coimbra, 4 de Outubro de 1936 – Hoje declarei em casa de uns amigos que a maior prova de amor que um poeta pode dar a uma mulher é a sua intimidade.
Escrever versos diante dela é qualquer coisa como parir com um Cristo à cabeceira da cama.”

Miguel Torga, Diários

Concordo, concordo, concordo. Só sou capaz de escrever estando sozinha, nem em cafés consigo escrever. Escrever é para mim uma coisa íntima. Sempre me causou imensa impressão a malta que afirma que não se importa, por exemplo, de ser interrompida (eu importo-me e muito).

[Gamado daqui.]