quarta-feira, setembro 25, 2002

[Que vergonha... ao que eu cheguei, reduzida ao uso do WordPad...

Eu Quero Masé O Winword!!!!!!!!!

Olha, por enquanto vai este..
(Raiva...)]

{A mensagem que se segue tem bolinha ao canto superior do monitor. Vá lá - visualizem.}

Filhos da puta.
Filhos da puta.
Filhos da puta.

Vou à biblioteca. Não pago parquímetro (mea culpa, admito. Mas, porra, estes cabrões comem tudo tudo, um dia tarifam-nos o ar). Meia hora lá dentro. Saio. Vejo o carro bloqueado. Pela primeira vez na vida. Aquela filha da puta da algema amarelo-canário, feita de propósito para as patas das viaturas. Vou a correr. Alcanço os funcionários (são dois, se fosse um apanhava porrada todos os dias) da Loures Parque. Ok, esperam dez minutos porque não tenho ali dinheiro (nem no multibanco. Exacto. Sou Pobre.) para que me desbloqueiem o carro e me deixem ir para casa (trinta euros, esse o custo de retirar a gigantesca, odiosa, algema amarelo-canário).

[Pausa.]

[Filhos da puta. Filhos Da Puta. FILHOS DA PUTA!!!]

[Fim de pausa.]

Além dos trinta euros (pagos por uma pessoa a quem telefonei, desesperada, pedindo auxílio), há ainda o custo de outros trinta, da multa ela mesma, que podem ser pagos (esmifrados, extorquidos) ou nos correios.
Ou no multibanco.

Esta merda de governo. Esta merda de país. Mas estes filhos da mãe, sacanas, biltres, crêem mesmo ser isto justo...? Não há lugares de estacionamento, Lisboa mais parece uma lata de sardinhas com tanto carro. Solução: parquímetros! Para onde vai o money dos ditos cujos?! Quem se abotoa com ele?!? Quem?! Para que é que serve?! O que é feito dele???

Ah - pagam funcionários. Para passar multas. Compram bloqueadores de carro. Pagam ao advogado da empresa. Pagam os carros da empresa. É um círculo vicioso. Quanto pagam de impostos estas estuporadas empresas, criadas para nos sugarem, esmifrarem até ao último cêntimo?

Fui à Biblioteca José Saramago. Que não tem parque próprio. Quem levar o automóvel tem de pagar parquímetro. A informação, a cultura, o conhecimento - pagam-se. Tudo se paga nesta merdinha de país. Pagam-se as merdinhas mais ridículas. Paga-se para ter acesso a coisas, ou benefícios, que - supostamente - são gratuitos. Doze contos à viola. Por meia hora de biblioteca. Porra, mais valia ter comprado uma enciclopédia.

Algures deve existir uma empresa privada que achará o preço baratíssimo e congeminará a aplicação de qualquer, pequeníssima, taxa.

FILHOS DE UMA VACA!

[Estou furiosa, triste, deprimida. Abismada. Portugal Não É Europa.]
[A gerência do blog tem um comunicado de última hora da autora piursa: não vou pedir desculpa pelo uso de linguagem escabrosa.]
[Cabrões. Cabrões. Cabrões. Cabrões. Cabrões. Cabrões.]
[Bis. Bis. Bis. Bis. Bis. Bis. Bis.]


P.S. O incidente ocorreu no início do mês de Setembro. Como estava privada do computador, só agora pude fazer o post.



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