quarta-feira, outubro 27, 2004
Escrever na primeira pessoa é-me difícil: quero contar tudo o que a personagem não vê, nem sente nem sabe e isso é impossível na primeira pessoa do singular. Obrigo-me, agora, a transcrever para a primeira pessoa parte do que escrevi dias atrás na terceira – mas não funciona. Sinto que falta sempre alguma coisa. Talvez não seja esta a obra para tentar verdadeiramente essa voz narrativa. Espero. Espero por outra voz, outra personagem, outro tempo. Espero por outra voz que se junte à que eu costumo usar e onde me sinto confortável.