terça-feira, junho 28, 2005

Quando escrevo

Quando escrevo sinto uma suave vibração interior, a sweet humming sound, like a slow, lazy bee – or bumblebee.
Um doce embalo, hummmm, com o ême alongado. E dá-me prazer, difuso, mas constante.
Um abafado murmúrio. Um sonar que me atravessa e devolvo à fonte.
Ou talvez esse murmúrio seja a Fonte.
Habitada pela fonte – enquanto escrevo.
Quando caminhões passam na rua e a vossa casa pulsa ou quando o avião voa por cima das vossas cabeças e o corpo vos estremece – diminuam o volume, baixinho, baixinho. É algo assim, um pálido som, se o som tivesse cor, um som-creme, pastel. Mas menos denso. O décimo de um décimo de um brando tom pastel de azul ou amarelo. Azul. Just a hint of color. A hint. Quase temos de intuir a cor – mas ela está lá; tal como esse suave, doce pulsar, essa mansa vibração também se encontra presente. Enquanto escrevo.

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