sábado, outubro 06, 2007

Escrito Ontem: astrology thoughts

(5 de Outubro: diz que é uma espécie de feriado)



Ó tantas coisas para não escrever. Equal attracts equal. Eu sou capaz de manter segredos. Hoje é um belíssimo dia. Há roupa para lavar e o almoço por fazer; há a casa para limpar e a roupa por coser. Mas eu nem sei fazer bainhas. Malha sim. Iniciei outro cachecol. Ao ritmo que vou lá para meio de 2008 termino.
Gosto muito de astrologia e um segredo que partilho convosco: é maneira excelente de conhecer a personalidade básica da outra pessoa. Peçam a data, a hora e o local de nascimento e têm a chave dos seus segredos. Compreendo porque é que só vim a conhecê-la muito tarde: se fosse antes teria usado o conhecimento dos outros talvez, quiça, de forma negativa. Sou boa pessoa, mas nem sempre. The shadow lurks inside. Temos de ser amigos com a sombra. Conhecimento é poder. Nem imaginam como. E eu ainda não sei o suficiente. E, ao mesmo tempo, esta acaba por ser uma arte terapêutica: as pessoas pedem conselhos, luzes para caminharem com maior firmeza e coragem no caminho que virá. E não se pode manipular ninguém. Não se pode, igualmente, sonegar a verdade mas, em simultâneo, não se pode dizer a verdade toda. Há coisas que ficam connosco, mas será que devem? Como encontrar o equilíbrio? É difícil. Tem de haver cuidado com o que se diz às pessoas. E reafirmarmos, sempre, que o destino somos nós que o fazemos.

Há ocasiões em que tenho dúvidas. Será mesmo? Ou será que o nosso livre-arbítrio reside somente na atitude com que recebemos eventos pré-determinados, na atitude acolhedora e de aceitação com que recebemos a dor e o sofrimento (perenes, quiça) na nossa vida?
C´um caraças, vou pensar a vida toda nestas merdas. Sou dada a pensamentos. E cházinhos. Branco, verde e preto.

Penso que um astrólogo é um agente terapêutico tal qual um psicólogo. Um conselheiro. Tem de ter cuidado com o que diz. Um ramo da astrologia que me interessa é a cármica, a que explora vidas passadas, mas li pouco sobre o assunto, os meus conhecimentos são diminutos. Além de que se aprende falando com as pessoas e não falei ainda com as suficientes para ver padrões emergir. Então faço o seguinte: observo os símbolos, os planetas, as casas, os signos, os aspectos - e tiro ilações sobre o que eles representam. Carneiro na casa 12: um possível militar na vida prévia? Mas o que complica tudo isto é o facto de eu permanecer agnóstica. Nem sei se há vidas passadas ou futuras. O que me atrai é o Conceito, a Maravilhosa Possibilidade de! Imaginem! É como um jogo mental, entusiasmante - mas a racionalidade não basta, há que cultivar algum tipo de certezas. Brincar mentalmente com possibilidades não chega.

A astrologia não pode ser só um ¨jogo¨, tem de haver algum género de certeza moral, ética, espiritual que a firma, que a torna sólida dentro da pessoa que a pratica. (Não tem? Será que tem? Será que tem mesmo? Será que seres não particularmente espirituais ajudam a espiritualidade dos outros?)
(Compreendem?) Pois, eu também não. Thi is all very confusing. Sabem, no call-center não tenho estes dilemas morais e existenciais. Faço o que me dizem para fazer, sonego a informação que me ordenam para sonegar - e consigo dormir lindamente à noite. Reparo que os portugueses não tomam responsabilidade pelos seus actos e culpam os outros pelos seus problemas e vez de olharem para dentro. Pátria plena de cidadão imaturos, eis Portugal (penso eu).
Tenho a roupa para lavar, tenho tudo por fazer: não me apetece, não me apetece, não me apetece. Plutão continua a 26 graus de Sagitário, conjunto à minha lua no grau exacto, conjunto ambos ao Centro Galáctico! (Whatever that means.) Nunca mais sai de cima da minha lua, pooorra. Está quase. Em 2008 o Planeta das Trevas (riso cavernoso e maquiavélico) entra em Capricórnio... vamos ver que futuro nos aguarda. Penso que irá haver maior controlo, controlo, controlo, a todo os níveis.
Isto que horas serão?

/Dunya out
*on laundry duty*

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