[Obra usada: A Bíblia do Tarot, de Sarah Bartlett. Editora: Dinalivro]
[Editado a 6 de Abril para a resposta de C. Franquinho, abaixo, a laranja.]
1) Quem foi
Carlos Franquinho na vida passada? ÁS DE PAUS: eras talvez uma pessoa com muita originalidade, sempre plena de ideias e de projectos novos. Uma pessoa com ¨espírito empreendedor¨ e com bastantes ideias inspiradoras. Talvez uma pessoa cheia de coragem, de optimismo e muito entusiasta. Uma pessoa pronta a ¨conquistar o mundo¨, cheia de ¨paixão pela vida¨, e que sabia excatamente aquilo que queria. Uma pessoa que agia a ¨partir de ideias inspiradoras¨. Uma pessoa criativa. Se calhar uma pessoa demasiado egoísta porque demasiado envolvida na sua própria criatividade e nos processos para manifestá-la na realidade?
Talvez uma pessoa que estivesse sempre a começar coisas novas, um pioneiro de algum tipo (de repente pensei em Carneiro - um signo de fogo. Paus, no tarot, está associado ao elemento de fogo).
2) Eras casado? ÁS DE COPAS:
Copas está relacionado com a vertente emocional (e, astrologicamente, com o elemento de água, que representa a parte das emoções). Nesta carta as palavras-chave são: ¨amor, sentimento profundo, novo romance, intimidade¨. Como é um ás é uma carta de começos, de inícios... portanto, podias não ser casado, mas a começares a gostar de alguém de uma forma mais profunda, estarias talvez no início de uma construção de uma intimidade maior com outra pessoa. Ou, se calhar, podias ter-te casado há pouco tempo com alguém (refiro-me, é claro, à tua vida passada). Estarias num estádio de desenvolvimento de sentimentos e de apronfundar de laços.
OU - e isto liga-se com a carta anterior - podias ser do género de pessoa que se estava sempre a apaixonar por uma pessoa diferente. Se eras do tipo que se entusiasmava com novas ideias (ás de paus), também podias ser alguém que se entusiasmava demasiado facilmente por novas pessoas... não sei se era assim, é só uma hipótese. E nem sei se tiveste ou não uma vida anterior!, lol.
(Outra coisa: ás é Um e não dois, portanto se calhar não eras casado...)
3) Eras feliz? NOVE DE PAUS:
eras uma pessoa (homem, mulher? Não sei dizer) preparada para tudo, com uma ¨atitude defensiva¨, talvez desconfiada; talvez uma pessoa persistente e com perseverança. Esta carta liga-se bem com a carta anterior neste sentido - talvez tenhas sofrido alguma dor emocional e por isso te recusavas a Aprofundar mais os teus relacionamentos pessoais, indo de amante para amante como a borboleta de flor para flor. Não sei se isto faz algum sentido para ti... eras uma pessoa com alguma ferida emocional e que por isso recusava uma maior proximidade íntima e, portanto, não, não acho que fosses muito feliz. Penso que eras muito apreensivo, sempre com o pé-atrás.
4) Que trabalho fazias? OS ENAMORADOS
Com esta eu fiquei asssim: epá! Será que ele trabalhava num bordel?! Mas esta carta tem a ver com amor e ¨harmonia sexual¨. Não me parecem coisas que se encontrem num sítio desses - aliás é onde se vai quando em casa, ou na vida, não há nem amor nem harmonia. Portanto... tu trabalhavas de algum modo com o conceito de amor...? (Outra coisa que pensei: prostituta sagrada...? Desculpa, a sério, lol!) OU: como esta carta também está relacionada com a tomada de decisões será que... eras algum tipo de pessoa a quem os outros recorriam para arbitrares conflitos de relacionamento...?
Esta carta também significa ¨desejo de união¨ e ¨anseios românticos¨ - de repente pensei: será que o Carlos era o que se chama em inglês uma ¨Matchmaker¨? Em português penso que a palavra seria ¨casamenteira¨. Tipo: a minha filha tem 16 anos, será que lhe podia arranjar um bom marido? E depois tu procuravas nas aldeias vizinhas e tal, hehehe :p Vou arriscar: penso que eras mulher na vida anterior.
Humm, talvez não te conseguisses ajudar a ti próprio em termos românticos, mas ajudavas os outros a fazer escolhas correctas...
Carlos Franquinho, aka, o Cupido!
5) Eras uma pessoa honrada? O MUNDO:
penso que sim, honrada, digna, extremamente consciente de si próprio/a (a carta 9 de paus também fala de auto-consciência), uma pessoa livre, uma pessoa talvez com muito êxito e que viajava muito.
6) Que problemas/desafios tinha? REI DE PAUS: Podias ter sido demasiado carismático ou teatral, alguém pouco modesto, alguém demasiadamente confiante e ¨disposta a correr riscos com base em palpites¨. Talvez houvesse uma abundância de impetuoidade, arrogância e vaidade. Talvez uma ¨mania das grandezas¨. OU: talvez tivesses problemas com alguém com demasiado poder que não te permitia avançar...
7) Eras famoso? CAVALEIRO DE ESPADAS:
Novamente uma carta a falar de impetuosidade e impaciência. Talvez fosses ¨famoso¨ pela tua ¨ausência de tacto, brusquidão e intelecto poderoso¨. Talvez fosses famoso por saberes analisar a situação intelectualmente sem te deixares enevoar pelas emoções.
Humm... uma casamenteira que fazia uma escolha racional, lol, e a impunha aos noivos :p
8) Como era a saúde? TRÊS DE COPAS:
muito boa, tão boa que andavas sempre em festas com amigos, em celebrações de algum tipo... (tipo, depois ias aos casamentos todos que arranjavas, né! :p)
9) Como morreste? RAINHA DE COPAS:
acho que a passagem foi fácil, feita em grande harmonia emocional. Talvez tivesses ao teu lado uma mulher muito bondosa, compreensiva, cheia de empatia, que te acompanhou nos últimos momentos - uma pessoa com muita compaixão e que talvez te amasse. Humm, se calhar não eras mulher e sim homem... há homens casamenteiros? Se era um homem - essa pessoa - podia ser uma pessoa muito compreensiva, emotiva, com muita sensibilidade. (Humm - podia ser alguém que te amasse, mas que não fosse correspondido/a...)
10) Tinhas uma alma gémea? REI DE PENTACLOS: a tua alma gémea era uma pessoa ¨resoluta e firme¨, ¨competente e pragmática¨, com uma ¨atitude responsável¨, muito prática, fidedigna, de ¨espírito empreendedor¨ e talvez materialista. Um homem com jeito para os negócios. Enquanto tu eras mais criativo/a e impulsivo/a esta pessoa era o contrário: era sólida, digna de confiança, talvez um bocado obcecado com o mundo de negócios.
11) Na vida romântica actual há alguém do passado? O CARRO:
esta carta parece ecoar, de algum modo, a anterior, o Rei de Pentaclos.
Essa pessoa, que está na tua vida, por acaso tem uma grande força de vontade, é muito perseverante? Sabe o que quer e vai atrás disso? Pode até ter uma profissão que implique muitas viagens. Uma pessoa com grande autocontrole, muito competitiva, que ¨toma as rédeas da sua vida¨? Isto faz sentido para ti? Ela é assim?
12) Estás ligado aos teus pais através de vidas passadas? ÁS DE PENTACLOS:
penso que não, penso que esta é a primeira vida que vives com os teus pais. Talvez teres os teus pais seja uma ¨recompensa por um esforço¨ no passado. Esta carta representa um novo começo, um ¨virar de uma nova página¨. Os teus pais são um bocadinho materialistas? Talvez o que tenhas de aprender com eles é a ser mais pragmático, mais realista em termos financeiros, e também em confiar - confiar que vais ter a abundância desejada. Tipo: é necessário que te sintas próspero no interior para que isso se materialize no exterior (não deixando de fazer o trabalho necessário) e a função dos teus pais talvez seja ensinar-te a ser assim. Faz algum sentido o que estou a dizer?
13) Há outros membros da família da vida passada? OITO DE ESPADAS:
Talvez alguém que se isole e que seja vulnerável; alguém em permanente auto-sabotagem; alguém que sente que não tem liberdade de escolha e que está preso; alguém ¨encurralado e limitado por uma situação¨. Alguém que se sente impotente ou ¨vítima de uma situação¨ OU alguém que está ¨preso a ilusões¨ e não vê as coisas claramente (de repente pensei: doença mental? Há alguém com problemas psíquicos na tua família?).
Talvez seja uma pessoa que não tem orientação, que odeia a vida que leva, mas não faz mudanças para a alterar e ao mesmo tempo se queixa constantemente e se faz de vítima. É mais fácil ficar preso do que promover mudanças.
14) Que precisas de aprender nesta vida? REI DE COPAS:
tens de aprender a ter estabilidade e segurança emocional, aprender a ter maior maturidade emocional (nas cartas tiradas noto que há muito fogo - paus - e muita água - copas -, parece haver muita impulsividade emocional... não sei se será assim...). Mas esta carta liga-se bem ao Rei de Paus (que problemas tinhas) - se calhar eras mesmo um ¨tirano¨, alguém que impunha a sua vontade aos outros, e nesta vida tens de aprender a ser mais um diplomata e mais generoso, a avaliar correctamente as situações do ponto de vista emocional e a fazer julgamentos e decisões a partir de um ponto de vista mais racional, com sangue-frio, sem perder a cabeça. Tens de ser mais tolerante e auto-disciplinado (e penso que o Carro, a pessoa com quem estás, também servirá a função de te ensinar maior auto-disciplina). Quando fores mais sábio e teres maior segurança ¨podes dar bons conselhos¨. Tens de aprender a ¨agir a partir da emoção controlada e não do instinto¨.
Isto faz sentido para ti?
15) Voltarás a reencarnar depois desta vida? SEIS DE PAUS:
acho que sim, como um homem/mulher vitorioso/a! Alguém que será aclamado por... alguma coisa :)
Vais retornar a esta vida em triunfo! E talvez a próxima vida seja uma recompensa por alguma coisa (que, por exemplo, faças ou aprendas nesta). Vais sentir-te realizado, fazer algo digno de nota, vais ser reconhecido. Podes também sentir-te superior e demasiado orgulhoso dos teus feitos.
Segundo o livro:
- ¨ Como carta de Resultado Futuro o Seis de Paus indica que o êxito ou as recompensas vêm a caminho.¨
Se calhar vais trabalhar muito em vários aspectos da tua vida agora e aqui - e recebes a recompensa na próxima. Depois dá-me uma apitadela para ver se eu acertei ou não, lol. Ok, eu vivo mais 60 anos, morro, volto.... portanto - daqui a cerca de 80 anos entra em contacto comigo, hehe.
Bom, está feita a leitura. Lembra-te que faço isto há pouco tempo, tenho pouca experiência, nem sei se acertei em alguma coisa ou não. Agradecia feedback (que podes fazer no
guestbook ou por mail:
dunyazade@gmail.com), feedback que colocarei no blog, ok?
Um abraço!
***************************************
Antes de me pôr a divagar sobre as capacidades divinatórias da Ágata, preciso começar por decidir se acredito sequer em vidas passadas… Não é, decididamente, um tema em que pense frequentemente. Não digo que me incomode, assuste ou vá contra os meus princípios! Acontece, simplesmente, que a minha formação racional, tende a considerar toda a temática da alma e do espírito um grande disparate, da mesma forma que a minha intuição tende a aceitá-la sem grandes porquês. Desta forma, entre a espada espiritual e a parede racional, encontra-se um Carlos que não sabe bem no que deverá acreditar.
Para o desafio em causa, no entanto, a única solução será seguir a intuição e, afastando as dúvidas, fazer de mim um crente absoluto, ainda que temporário.
Poderia agora fazer uma pequena pesquisa sobre esta temática e tentar, desta forma, saber o que deveria esperar das minhas vidas passadas. Não o farei. Utilizarei apenas o senso-comum, e uma vez mais, uma boa dose de intuição.
Se a nossa alma eterna, descobre, aprende, evolui em cada nova vida, imagino-a, então, com um percurso semelhante ao da vida que conhecemos. Passarão também as almas por uma infância, uma adolescência, percorrendo todo um longo caminho até à velhice? Suponho que sim! De outro modo, não faria sentido falar em aprendizagem e evolução!
Esta conclusão, embora simples, é de uma importância extrema. Significa que a alma da minha vida passada, sabia menos um pouco que a alma da minha vida actual, mas era, na sua essência, a mesma! Ou seja, o relato da vida descrita pela Ágata poderia, na sua maioria ser aplicado a mim, sem que isso fosse contra os meus princípios, o meu ser, (a minha alma).
1) “uma pessoa que estivesse sempre a começar coisas novas“, “Se calhar uma pessoa demasiado egoísta porque demasiado envolvida na sua própria criatividade e nos processos para manifestá-la na realidade?“. Ora, isto não me surpreenderia nem um pouco! Já a parte de “pronta a ¨conquistar o mundo¨, cheia de ¨paixão pela vida¨, e que sabia exactamente aquilo que queria“, tem pouco a ver comigo. Talvez tenha aprendido alguma coisa a esse respeito? Alguma modéstia?
2) “podias ser do género de pessoa que se estava sempre a apaixonar por uma pessoa diferente. Se eras do tipo que se entusiasmava com novas ideias, também podias ser alguém que se entusiasmava demasiado facilmente por novas pessoas…“. Então não era suposto estarmos a falar da minha vida anterior?
3) Penso que a ¨atitude defensiva¨ de que falas, faz bastante sentido. Já os motivos (os actuais), terão pouco a ver com as suposições que fizeste, o que não significa que nessa outra vida, não fizessem algum sentido. Quem sabe até que ponto o presente não teve ali a sua génese…
4) “eras algum tipo de pessoa a quem os outros recorriam para arbitrares conflitos de relacionamento…?“. Quem sabe? Não me surpreenderia. Aliás, a prostituta também não me chocaria! Parece-me que a casamenteira estaria bem mais afastada do meu Eu (pelo menos do actual…).
5) “honrada, digna, extremamente consciente de si próprio/a (a carta 9 de paus também fala de auto-consciência), uma pessoa livre, uma pessoa talvez com muito êxito e que viajava muito.“. Até parecia ser um tipo porreiro. Nada a acrescentar aqui…
6/7) “Podias ter sido demasiado carismático ou teatral, alguém pouco modesto, alguém demasiadamente confiante e ¨disposta a correr riscos com base em palpites¨. Talvez houvesse uma abundância de impetuosidade, arrogância e vaidade. Talvez uma ¨mania das grandezas¨“. “Talvez fosses ¨famoso¨ pela tua ¨ausência de tacto, brusquidão e intelecto poderoso¨“. Isto não tem nada a ver comigo, mas lá está, como referi no primeiro ponto, talvez a minha aprendizagem tenha passado por aí…
8/9) Demasiado “objectivo” para que possa comentar…
10/11) Epá, isto começa a tornar-se mais difícil. Penso que faz algum sentido, mas sem tanto extremismo! Ou seja, nem “eu” seria tão criativo/impulsivo, nem “ela” seria tanto “Uma pessoa com grande autocontrole, muito competitiva“… Talvez andemos a tentar atingir um equilíbrio, ensinando algo um ao outro? Preciso confessar, no entanto, que a análise destes pontos me deixa de pé atrás. Há demasiados adjectivos que não parecem encaixar muito bem…
12) “Faz algum sentido o que estou a dizer?” Faz todo o sentido.
13) Bem, aqui concordarei contigo por excesso. Parece-me que em parte, consigo encaixar duas pessoas na descrição que fizeste.
14) Parece-me um pouco confuso para fazer sentido por inteiro. Em parte, penso que sim, fará sentido. Uma vez mais, no entanto, há alguns adjectivos, relativos há minha vida actual, que não me parecem encaixar bem na minha personalidade. Ou então, aprendi tudo muito cedo, pois “nesta vida tens de aprender a ser mais um diplomata e mais generoso“, “Tens de ser mais tolerante e auto-disciplinado” são atributos que já tenho há muito!
15) Ok! Não mudes de mail!
Para finalizar, preciso esclarecer que o conhecimento que a Ágata tem a meu respeito, é meramente virtual e bastante superficial. Tudo aquilo em que acertou relativamente à minha vida actual, foi conseguido através do exercício a que se propôs e não através de um conhecimento factual.
Apesar de alguns pontos não fazerem sentido por inteiro, fiquei impressionado com a quantidade de vezes que dei por mim a pensar se isto seria sobre a minha vida passada ou sobre a presente!
Muito interessante! Obrigado!