sexta-feira, março 28, 2008

Mortes

Isto era para participar num desafio do Escreva! ...mas depois esqueci-me... :|

Aqui fica.

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[10 minutos, escrita automática.]


A morte, a morte de Cristo e a ressurreição do Coelhinho da Páscoa - Paz à sua alma; o Equinóxio e o equilíbrio do ovo na ponta mais estreita; o nascimento de todos do ovo universal primordial.
Há quem morra todos os dias um pouco; há quem se mata todos os dias um pouco - e há quem só observa porque participar é participar da morte alheia. Há quem ache a morte tão terrivelmente sagrada que um medo se apodera deles. Não, vou pôr-te à distância, ser terrífico, Shiva, Plutão, Deus dos Tenebrosos e Profundos Infernos, para aí não irei, o meu destino é viver ao Sol, à Luz do dia.
E a seguir a luz apaga-se. Apaga-se com o encerrar de mil sóis sem combustível, invisíveis num céu de pano escuro sem estrelas. (Pausa para o chá.)
Não temer a morte é mais fácil que não temer a vida.
A morte é o descanso, acredito - a morte é o Recreio! A obrigação de constantemente evoluirmos, nos transfigurarmos e renascermos, isso sim, é trabalho. Desprezo todos quantos temem a morte. Sempre desprezarei quem não se prepara para ela em vida. Acredito que é essa a nossa função enquanto vivos: prepararmo-nos para morrer (morrer... morrer...) Não tenho pena de quem, aos 80, 90 anos, teme a morte como uma criancinha de cinco. Vergonhosa cobardia, aqui o afirmo - vergonhosa cobardia.
Dor e morte não são sinónimos. Quem tem dores merece compaixão, simpatia. E eis o limite da minha consideração!
Quando morrer vou morrer com honra. (Honra, i.e., Coragem.) Bravura!
O renascimento. O ressuscitamento de... (e o relógio tocou).

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