domingo, junho 27, 2004

Apeteceu-me pôr uma imagem de fundo.

[E uma joaninha.]
Vejo um programa na têvê sobre mulheres gordas.
De repente estou a sentir-me. Imensamente. Magra.
Edmund
Edmund Blackadder- the star of the show. Despite
your wittiness and brain you can sometimes be a
bit cruel. But hey, you are the star and you're
still well loved so just remember to stay
balanced and you'll be fine!


Which of the main Blackadder characters are you?
brought to you by Quizilla

sábado, junho 26, 2004

Imagem do Barnabé a exigir
eleições antecipadas.

Eu ainda tenho de pensar mais sobre o assunto.

Fiz um banner menor para quem quiser:

http://img47.photobucket.com/albums/v145/dunyazade/ouvidos3.gif

Gravem-no e coloquem-no no vosso servidor.
Ouvido, algures em Portugal:

- O cabrão quer-se ir embora.
- E dar o lugar ao outro.
- Sem nos perguntar merda nenhuma.
- Filhos da puta.

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Ao Gajo

Sacana, vais por dinheiro
Foges com o rabo à seringa
Piras-te cá do pardieiro
Segues para maior poleiro
E safas-te à sardinha
E à petinga
Cabrão, largas as coisas a meio
E a malta que se coza
Espero que à chegada
Te ponham o freio nos dentes
E te montem
E te montem
E te fodam

26 Junho’04


[Ora vejam lá se adivinham a quem dedico o poema...]
[Naturalmente que, por não-haver-dinheiro-para-andar-a-pagar-processos, não vou admitir porra nenhuma.]

sexta-feira, junho 25, 2004

Site óptimo.
Vai já direitinho para os links.
Paul Auster é o autor das coincidências, não é?
Presumo-o pelas críticas lidas à sua obra.
Estou na primeira página do primeiro livro que dele leio: “O Livro das Ilusões”.
Fui à Biblioteca José Saramago onde habitualmente me abasteço da “substância controlada” (livros: não há guito para os comprar, pázinhos) e ia na ideia de requisitar um livro seu. Eis senão quando.
Ao lado.
Descubro.
O Meu livro.
LOL.
Em literatura estrangeira. Sorrio. Fazem sempre o mesmo. Ou melhor, faziam, quando ele foi para as livrarias. Arrependo-me de ter escolhido pseudónimo (A. Andaluz), mas enfim, está feito.
Pensei: vou dizer ao bibliotecário que me catalogaram mal o livro. Reconsiderei.
“Se calhar tem mais leitores ali, ao lado do Auster.”
Fui-me embora bem caladinha. Nem pio.

[Isto é um Hiatus a modos que movimentado...]
[Mas se digo que já não estou em Hiatus, então é que não escrevo nada aqui e na prática acaba por sê-lo.]
[Sou complicada.]




Ah.
Anteontem sonhei em russo (não sei uma palavra de russo); ontem sonhei em inglês.
E hoje? Mandarim?
Ultimamente ando a ter sonhos que mais parecem filmes, não são sonhos dentro do meu género habitual.

quarta-feira, junho 23, 2004

"123
A Irene ouve-me distraída.
- Estranha coisa - digo. - Se O Bosque Harmonioso datar do século XVI, consideramo-lo uma obra-prima. Escrito posteriormente, não. Que mistério este que faz com que a mesma obra possa ser ou não ser! Se se descobrisse que o Partenon, aquele mesmo Partenon, fora construído ontem, deixaria de ser o que é, deixaria de nos emocionar como nos emociona quando o sabemos construído no tempo de Fídeas? Se amanhã descobrirmos que os concertos de Vivaldi são uma invenção dos fabricantes de discos, Vivaldi acabou? Preciso de conhecer a data do Bosque para saber se devo ou não emocionar-me?
Ela diz:
- Vou deixar-te.
- Por causa do outro?
Tira a boquilha da carteira, dei-lha eu há dois meses, tira um cigarro, cuidadosamente encaixa o cigarro na boquilha.
- O outro desapareceu, ignoro onde está, vou esperar por ele.
- Deixou-te? Fugiu-te?
- Sim.
- Porque me deixas, se ele te deixou? Fica comigo, Irene, não posso viver sem ti. - Ela não responde. - Queres ouvir uma história de Cristovão Borralho? Não uma história profética, uma história de crítica social, avançada para época? Quase Swift?"


in O Bosque Harmonioso, de Augusto Abelaira (Editora: O Jornal.)




Sou má. Deixo-vos com dois mistérios: o mistério do outro e o mistério da tal história. E agora, como deslindar ambos? Suponho que este livro há muito não é editado. O único remédio é irem à Biblioteca da vossa zona. Ou a alfarrabistas, quiçá.


[Update: sacana do Google, a desmentir-me. Vejam isto.]
"100
Que é o desejo? A blusa transparente, os bicos escuros... Borralho desaparece do campo da minha consciência, desaparece a blusa da Irene, tiro-lhe a saia. Eis o bosque harmonioso, as aves cantam docemente."

in O Bosque Harmonioso, de Augusto Abelaira (Editora: O Jornal.)



[Era suposto estar em Hiatus, mas enfim.]
"81
A bicha para o pagamento do imposto do automóvel. Desisto, falta-me a paciência. Mas desistir significa adiar, não resolve problema nenhum. Posso desistir do amor, posso desistir da vida, não posso desistir do imposto.
Amanhã, amanhã..."

in O Bosque Harmonioso, de Augusto Abelaira (Editora: O Jornal.)

segunda-feira, junho 21, 2004

Fiquei com vontade de ler este livro.

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Visitem: O Meu Caderno.

«O hábito de ler torna o homem completo, o hábito de falar torna-o preparado, o hábito de escrever torna-o exacto. (Bacon)»

quinta-feira, junho 17, 2004

47
A Marília ficou altamente apreensiva quando lhe revelei o propósito de escrever um livro.
- Estás arrumado – disse. - Vais perder todo o interesse, passarás a investir a tua loucura no papel em vez de a investires na vida. Bastar-te-á imaginar situações em vez de vivê-las. – Abanava muito a cabeça, eu via-a pela primeira vez com brincos. – Vais, vais perder todo o interesse. – E acrescentou: - Sempre adivinhei em ti um grande medo da vida, um grande desejo de escondê-la atrás das palavras, a incapacidade de desperdiçares a tua energia, o desejo de a poupares, nunca percebi bem para quê. E às vezes ouvia-te contar, fingindo-as verdadeiras, certas histórias. Falsas. Em vez de vivê-las, preferias imaginá-las. E agora que vais escrever, pior: necessitarás de economizar todas as ideias, já nem poderás gastá-las conversando com os amigos. Economizá-las-ás não para viver, mas para as investires na escrita. Palavras de papel... Falsas, portanto. Estás arrumado.
Estarei?”

in O Bosque Harmonioso, de Augusto Abelaira (Editora: O Jornal.)

segunda-feira, junho 14, 2004

EU VOTEI.

Mais do que um dever ou um direito,
considero o direito ao voto um Privilégio.
Muitas mulheres morreram por mim, no passado,
para que eu pudesse votar.
Tenho tão poucos direitos enquanto mulher,
ia abdicar deste tão duramente conquistado?
Só se fosse parva.
Há formas mais inteligentes de protestar.

quinta-feira, junho 10, 2004

Anda há meses largos em busca de histórias com que ocupar o próximo livro. Procura histórias por serem mais fáceis de encontrar. As personagens são renitentes, esquivas. Como felinos, donas de si mesmas e de ninguém mais. Meses atrás inventara (tê-lo-ia?) certa personagem fascinante e não conseguia libertar-se dela nem tão-pouco encontrar outra à altura. Portanto seguia o caminho das histórias, como outros seguiam o caminho das situações, das ideias, do que fosse. O que era preciso era escrever. Algo, algo, por Deus. Qualquer coisa. E desta vez, jurou-se, desta vez reescreveria a narrativa as vezes que achasse necessárias. Como o Eça. Mas o Eça escrevia de pé, num frenesim apaixonado, e parece que não lhe incomodavam as interrupções. Ela escrevia sentada, odiava que a interrompessem porque a interrompiam sempre nas raras alturas em que o frenesim apaixonado da escrita finalmente se mostrava e a tocava no peito.

[Exemplo de reescrita]

Ando há largos meses buscando histórias com que ocupar o meu próximo livro. Procuro histórias por serem mais fáceis de descobrir. As personagens mostram renitência, esquivam-se. Escondem-se. Fogem como a areia entre dedos abertos. São felinas, proprietárias de si e de mais ninguém. Tempos atrás eu inventei (eu?) uma personagem fascinante e não consigo libertar-me dela nem tão-pouco encontrar outra à altura. Sigo, portanto, o caminho das histórias, como há quem se oriente pelas ideias ou prefira guiar-se pelas situações, cenas. É preciso que escreva. Algo. Qualquer coisa. Desta vez, juro, reescreverei a narrativa as vezes que forem necessárias. Como o Eça, mas ele escrevia de pé em apaixonado frenesim criativo e não lhe incomodavam as interrupções (ao que consta). Eu escrevo sentada, abomino que me interrompam porque me interrompem sempre nas alturas raras em que o frenesim apaixonado da escrita me visita e vem tocar-me no peito.

[E caio no lamentável erro de não ter acrescentado adjectivos, lamentável porque são eles que prendem a atenção do leitor.]



[Blog still on Hiatus.]

segunda-feira, junho 07, 2004

Não se esqueçam de votar.
A eleição dos deputados para o Parlamento Europeu é feita dia:

13 de JUNHO (Domingo).

[Mais informações aqui.]

domingo, junho 06, 2004


cafe_0001, originally uploaded by dunyazade.

Quero escrever, mas não tenho nada para dizer.
Não sei que se passa comigo... =/