terça-feira, agosto 26, 2003

Escrevi uma wishlist completamente marada e que permanecerá secreta, sigilosa, minha. A sério. Quem a lesse ia temer-me. Só um exemplozito: desejo que os editores se desunhem por mim.
Já disse que sou fútil. Talvez devesse desejar antes que os leitores se desunhassem por mim ou que a Imortalidade se desunhasse por mim ou ou ou. Ou sei lá. Sou cada vez mais materialista. Do tipo: o que importa é viver bem Agora. Nesta vida. Estar contente, satisfeito. Ralo-me lá que me leiam após e somente a minha morte! Estou-me a lixar para isso. Aliás, irrita! Cada vez me irrita mais! Juro, se isso me acontecer, e se eu puder - regresso. Como fantasma, espírito vingativo. Vou às fuças dos académicos que me "ensinem" nas aulas. Despenteio qualquer filho da mãe que faça uma tese sobre a minha obra. A meio da noite. Com o vento a uivar lá fora. E lixo os discos rígidos todos aos gajos. G'anda convencida que sou, né! Pensar que. No futuro. Distante, próximo, tanto faz. Pensar que no futuro serei lida. E estimada e respeitada (não eu, mas a obra) e essas merdas todas. Às vezes parece-me que Portugal faz de propósito. Deve haver uma lei secreta do género: todos os filhos dilectos da Pátria só serão reconhecidos quando a sua carne estiver apodrecida na terra e os ossos transformados em pó!

[Juro que não sou convencida.]

[Não muito...]


[Mood: a ver Marte, o Deus da Guerra! E. Planeta. Também conhecido por Ares.]



Já se aperceberam que esta é uma oportunidade ímpar? Nunca mais na nossa vida Marte andará tão perto da Terra. Porra, que pequenininhos somos.

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