sábado, março 20, 2004

Por aí

Não, não venhas por aí
que por aí o caminho é rude e cai-se muito.

Lê cartas de amor de autores mortos.

Não venhas por aí, cai-se tanto.
Redondamente no chão, de trombas.
E dói.

Lê livros de autores que nunca escreveram cartas de amor.
(Pois sabiam que o encantamento passageiro não traz imortalidade.)

(À boca de cena o mito morre.)

Mas já que vieste, já que chegaste, vê se me alteras o mundo
ou ao menos uma pedra no mundo.

10/2000

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