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domingo, outubro 30, 2005
Hoje escrevi durante 4h30.
(Três horas seguidas, intervalo alongado, e depois mais hora e meia.)
Mantendo a velocidade sou capaz de atingir as 50 mil palavras do nanowrimo em quinze dias, lol! (Não contando, evidentemente, com tudo o que já escrevi antes.)
(Três horas seguidas, intervalo alongado, e depois mais hora e meia.)
Mantendo a velocidade sou capaz de atingir as 50 mil palavras do nanowrimo em quinze dias, lol! (Não contando, evidentemente, com tudo o que já escrevi antes.)
sábado, outubro 29, 2005
Um Par de Horas
Ele usa óculos. tem de ser. pitosga, míope, defeito de fabrico. usa chapéus em dias chuvosos. tem internet de banda larga em casa. é bonito. ainda possui os dentes originais. é cliente de um banco qualquer e não gosta de pagar comissões (quem gosta?).
No trabalho dizem-lhe coisas lindíssimas: faz isto, o prazo 'tá a acabar, tens de falar com o cliente, podemos perder a conta, senhor doutor na segunda não posso vir, senhor doutor, a minha mãe está no hospital, doutor, doutor!, o doutor Rosado chamou-o. é urgente. é muito urgente. é demasiado urgente.
Tem um gato. um fabuloso felídio que se julga superior. naturalmente alimenta-o porque o esmaga tamanha superioridade, na verdade inveja-a. seria melhor pago, considera, se fosse tão arrogante.
É bonito, já disse.
Tem o dom da palavra.
Tem um ar intelectual.
Lê muitos livros.
De ficção científica, fantasia e horror.
Vai ao Fantas todos os anos.
Escreve sem erros ortográficos.
Matou a mãe in a freak accident (a polícia ilibou-o).
Teve a primeira namorada aos nove anos. gosta de se mascarar no Carnaval. é mesmo giro, já disse. não se casou ainda porque não calhou. se o pedissem em casamento encolheria os ombros e replicaria: porque não? aceita levemente as coisas, levemente o mundo, a vida levemente não lhe pesa.
Flutua.
Perdoa com facilidade, com facilidade esquece. os amigos lembram-se dele quando precisam de ajuda e isso não o incomoda (que estupidez! A mim incomoda-me!). conheci-o num curso de escrita criativa. estava, hesitante, à entrada, um pé dentro e outro fora, o cabelo mal-penteado e eu se fosse de amores fáceis apaixonar-me-ia no instante. o facto é que sou de amores difíceis e já não tenho onze anos, a Idade das Hormonas Pululantes (ou Saltadoras, escolham).
Segui-o um par de horas. viagem aborrecida. o tipo é chato.
Ele usa óculos. tem de ser. pitosga, míope, defeito de fabrico. usa chapéus em dias chuvosos. tem internet de banda larga em casa. é bonito. ainda possui os dentes originais. é cliente de um banco qualquer e não gosta de pagar comissões (quem gosta?).
No trabalho dizem-lhe coisas lindíssimas: faz isto, o prazo 'tá a acabar, tens de falar com o cliente, podemos perder a conta, senhor doutor na segunda não posso vir, senhor doutor, a minha mãe está no hospital, doutor, doutor!, o doutor Rosado chamou-o. é urgente. é muito urgente. é demasiado urgente.
Tem um gato. um fabuloso felídio que se julga superior. naturalmente alimenta-o porque o esmaga tamanha superioridade, na verdade inveja-a. seria melhor pago, considera, se fosse tão arrogante.
É bonito, já disse.
Tem o dom da palavra.
Tem um ar intelectual.
Lê muitos livros.
De ficção científica, fantasia e horror.
Vai ao Fantas todos os anos.
Escreve sem erros ortográficos.
Matou a mãe in a freak accident (a polícia ilibou-o).
Teve a primeira namorada aos nove anos. gosta de se mascarar no Carnaval. é mesmo giro, já disse. não se casou ainda porque não calhou. se o pedissem em casamento encolheria os ombros e replicaria: porque não? aceita levemente as coisas, levemente o mundo, a vida levemente não lhe pesa.
Flutua.
Perdoa com facilidade, com facilidade esquece. os amigos lembram-se dele quando precisam de ajuda e isso não o incomoda (que estupidez! A mim incomoda-me!). conheci-o num curso de escrita criativa. estava, hesitante, à entrada, um pé dentro e outro fora, o cabelo mal-penteado e eu se fosse de amores fáceis apaixonar-me-ia no instante. o facto é que sou de amores difíceis e já não tenho onze anos, a Idade das Hormonas Pululantes (ou Saltadoras, escolham).
Segui-o um par de horas. viagem aborrecida. o tipo é chato.
sexta-feira, outubro 28, 2005
quinta-feira, outubro 27, 2005
terça-feira, outubro 25, 2005
segunda-feira, outubro 24, 2005
Eu vou para o inferno dos Escritores Que Não Escrevem :|
De certezinha.
Castigo Merecidíssimo.
In unrelated news: preciso de uma template nova. 'Tou farta desta. Preguiça de procurar. Ou de aprender a fazer isto.
Pois! É agora! Sim! VOU ESCREVER, CATANO.
*sigh*
Ando cheia de ideias, porém pô-las em prática é outra história.
Exemplo: criar um blog (ou usar este) para escrever 100 histórias. Ou melhor: 50. 50 seriam públicas e 50 seriam minhas (ou seja: não as partilharia). 100 dias 100 histórias. De qualquer tamanho. 100 palavras. Mil. 5000 palavras, se estivesse num dia produtivo.
Só que. NumMaPetece...
De certezinha.
Castigo Merecidíssimo.
In unrelated news: preciso de uma template nova. 'Tou farta desta. Preguiça de procurar. Ou de aprender a fazer isto.
Pois! É agora! Sim! VOU ESCREVER, CATANO.
*sigh*
Ando cheia de ideias, porém pô-las em prática é outra história.
Exemplo: criar um blog (ou usar este) para escrever 100 histórias. Ou melhor: 50. 50 seriam públicas e 50 seriam minhas (ou seja: não as partilharia). 100 dias 100 histórias. De qualquer tamanho. 100 palavras. Mil. 5000 palavras, se estivesse num dia produtivo.
Só que. NumMaPetece...
domingo, outubro 23, 2005
Já não consigo postar fotos directamente do flickr.
Ao lado uma foto deste tipo.
[Mas esta merdinha agora é só com word verification que se pode postar?!?!?!]
Krakow in fog
Quero olhar lá para fora, ver esta paisagem, ver estátuas ganharem vida, pedirem um galão no café, ali aquele que fica ao pé do Júlio de Matos, conhecem-no?
sábado, outubro 22, 2005
quinta-feira, outubro 20, 2005
Na-No-Blog-Mo
Blogged novels from National Novel Writing Month, November 2004.
This is a listing of people who blogged their NaNoWriMo novels. You can use the massive listing here to pick titles at random, or browse through the archives to see the listings, which will include author names and (sometimes) descriptions.
Enjoy!
Meu Deus, Ena Taaaaaaantos! :D
Blogged novels from National Novel Writing Month, November 2004.
This is a listing of people who blogged their NaNoWriMo novels. You can use the massive listing here to pick titles at random, or browse through the archives to see the listings, which will include author names and (sometimes) descriptions.
Enjoy!
Meu Deus, Ena Taaaaaaantos! :D
quarta-feira, outubro 19, 2005
Oeste Bravio
Óptimo blog.
E a tipa do Matraquilhos, onde é que anda?
Continuo a achar uma Fo-lei-ri-ce apagar blogs.
Aposto que ela volta.
Óptimo blog.
E a tipa do Matraquilhos, onde é que anda?
Continuo a achar uma Fo-lei-ri-ce apagar blogs.
Aposto que ela volta.
segunda-feira, outubro 17, 2005
Alguém me consegue fornecer os detalhes da data de nascimento (local, dia e hora Exacta - muito importante -) destes senhores:
- Carlos Cruz; Jorge Ritto; Carlos Silvino; Ferreira Diniz; Manuel Abrantes; Ferro Rodrigues; Paulo Pedroso; Herman José e Hugo Marçal.
A quem conseguir, um muito obrigada.
Para que preciso disto? Tenho curiosidade em ver a carta natal astrológica destas pessoas. Apenas isso.
- Carlos Cruz; Jorge Ritto; Carlos Silvino; Ferreira Diniz; Manuel Abrantes; Ferro Rodrigues; Paulo Pedroso; Herman José e Hugo Marçal.
A quem conseguir, um muito obrigada.
Para que preciso disto? Tenho curiosidade em ver a carta natal astrológica destas pessoas. Apenas isso.
domingo, outubro 16, 2005
wasteland
Eu devo ter algum fetiche por árvores.
Ou talvez prefira as árvores às pessoas.
Elas mantêm a pose. As pessoas mexem-se.
As árvores esperam.
Hometown of mine
Adoro este tipo de ambiente. Gostava de lá estar agora. Não ver um palmo à frente do nariz. Cruzar-me com anjos cáídos, demónios belos.
sábado, outubro 15, 2005
Concordo em género, número e grau.
Quer-se dizer, quem não tem dinheiro, isto os julgamentos são rapidíssimos! É cá uma Rapidez! Louvaria se fosse de louvar, mas não é.
Enquanto que os gajos da Casa Pia é o que se sabe e vê. Chegamos a um Estado em que a República não tem ter vergonha de Não Ter Vergonha Publicamente.
Em baixo, o post, completo.
«A rapidez com que decorreu o julgamento foi exemplar em vários aspectos. Primeiro, defesa e acusação não se degladiaram [sic] em tribunal, evitando ambos protelar a produção da prova ou causar embaraços desnecessários. Depois, o colectivo de juízes também não permitiu desvios do essencial que estava em análise. Não se perdeu tempo em requerimentos, nem na discussão de assuntos paralelos. As perguntas restringiram-se aos factos em julgamento, o que evitou até a existência da tensão que habitualmente marca este tipo de processos. Relativamente à comunicação social e à informação disponibilizada ao público em geral, o tratamento voltou a ser exemplar. No final das sessões, senão mesmo nos intervalos, os magistrados nunca evitaram esclarecer as dúvidas motivadas pelas deficientes condições acústicas da sala de audiências. Também os jurados pareciam estar perfeitamente integrados no tribunal. E frequentemente eram motivados pela juiz-presidente a interpelar as testemunhas, o que faziam amiúde.»
É assim que no Público de hoje se comenta o desenrolar do julgamento do «caso Joana». Na edição online, esta «caixa» — Julgamento e tratamento exemplares — não vem assinada, mas deve ser da responsabilidade da jornalista que assina a peça principal, Tânia Laranjo. Que alguém, num país civilizado, possa considerar exemplar um julgamento que se esgota em três sessões, mesmo que ninguém saiba, de facto, o que está a ser julgado (homicídio, rapto ou venda de menor), eis o que eu não julgaria possível. Com tal «exemplo», a hipótese de emigrar para Cuba ou para a Coreia do Norte torna-se menos inquietante.
Quer-se dizer, quem não tem dinheiro, isto os julgamentos são rapidíssimos! É cá uma Rapidez! Louvaria se fosse de louvar, mas não é.
Enquanto que os gajos da Casa Pia é o que se sabe e vê. Chegamos a um Estado em que a República não tem ter vergonha de Não Ter Vergonha Publicamente.
Em baixo, o post, completo.
«A rapidez com que decorreu o julgamento foi exemplar em vários aspectos. Primeiro, defesa e acusação não se degladiaram [sic] em tribunal, evitando ambos protelar a produção da prova ou causar embaraços desnecessários. Depois, o colectivo de juízes também não permitiu desvios do essencial que estava em análise. Não se perdeu tempo em requerimentos, nem na discussão de assuntos paralelos. As perguntas restringiram-se aos factos em julgamento, o que evitou até a existência da tensão que habitualmente marca este tipo de processos. Relativamente à comunicação social e à informação disponibilizada ao público em geral, o tratamento voltou a ser exemplar. No final das sessões, senão mesmo nos intervalos, os magistrados nunca evitaram esclarecer as dúvidas motivadas pelas deficientes condições acústicas da sala de audiências. Também os jurados pareciam estar perfeitamente integrados no tribunal. E frequentemente eram motivados pela juiz-presidente a interpelar as testemunhas, o que faziam amiúde.»
É assim que no Público de hoje se comenta o desenrolar do julgamento do «caso Joana». Na edição online, esta «caixa» — Julgamento e tratamento exemplares — não vem assinada, mas deve ser da responsabilidade da jornalista que assina a peça principal, Tânia Laranjo. Que alguém, num país civilizado, possa considerar exemplar um julgamento que se esgota em três sessões, mesmo que ninguém saiba, de facto, o que está a ser julgado (homicídio, rapto ou venda de menor), eis o que eu não julgaria possível. Com tal «exemplo», a hipótese de emigrar para Cuba ou para a Coreia do Norte torna-se menos inquietante.
quinta-feira, outubro 13, 2005
Interior
Caminha na estrada rugosa, sem sentimentos. Sem movimento interior ou com todo o movimento interior possível. Atordoada. Hoje, a magia. Hoje a magia está na rua. A magia não lhe sai das mãos, há que buscá-la lá fora, na rua, escavá-la da terra, bebê-la da chuva, senti-la creeping in into her bones. O sono libertou-a durante a noite. Na vigília é necessário reconquistar tudo. Menos a vida. Vida há ali em abundância. A morte não existe e essa é a grande falha. Com a magia virão os sentimentos.
Caminha na estrada rugosa, sem sentimentos. Sem movimento interior ou com todo o movimento interior possível. Atordoada. Hoje, a magia. Hoje a magia está na rua. A magia não lhe sai das mãos, há que buscá-la lá fora, na rua, escavá-la da terra, bebê-la da chuva, senti-la creeping in into her bones. O sono libertou-a durante a noite. Na vigília é necessário reconquistar tudo. Menos a vida. Vida há ali em abundância. A morte não existe e essa é a grande falha. Com a magia virão os sentimentos.
Ela, a caminhante, tem uma alma venturosa e inveja o sangue martirizado dos outros; inveja o grito das gaivotas ao pé do mar porque sentem o cheiro da maresia. Gostava de ter janelas para poder ver o oceano. Talvez as construa com o movimento das mãos e a imaginação logo que recupere o que o sono libertou.
Ao fundo da rua, na grande poça de água deixada pela chuva, mergulha os braços e retira um molho feito de feixes entrecruzados, pedras e poeira e enfia-o na carne do ombro. Pronto, já está, pensa. Chateia ter de repetir o ritual todo o santo dia, mas não tem força para manter a magia durante a noite. É demasiado desprendida, urge-a o sentimento da liberdade adiada. Contempla palavras como “liberdade” e pergunta-se “Quando?”. É por isso que o feixe de pedras, paus e pó se vai embora: não encontra força na receptora para o manter fixo, costurado à carne.
quinta-feira, outubro 06, 2005
segunda-feira, outubro 03, 2005
(Texto que fiz para participar neste desafio do Escreva! Podem participar até 26/10/2005.)
O Gato
Sou o (nome ilegível por razões de segurança), mas chamem-me Gato. Ou Bichaninha, como a bípede que eu adoptei. Sou um agente secreto ao serviço da SIS. O meu trabalho é impedir que a Zulinha, periquita, alcance a dominação do mundo inteiro. É uma tarefa complicada. A gaiola está lá no alto e, mesmo se eu lá chegasse, não tenho polegares o que torna impossível abri-la. Já os encomendei ao Q, mas o gajo não se despacha. Só tem olhos para o Bond. Bem me roço nas suas pernas, mas não resulta. Ver se com unhadas e dentadas ele percebe a mensagem. A Zulinha planeia apoderar-se do mundo, derrubar todos os líderes planetários. Dá as suas ordens logo de manhãzinha ao seu exército crescente: as aves livres do exterior. O SIS encarregou-me da sua eliminação e eu nunca falhei num trabalho. Perguntem ao Bond – ele lixa sempre as coisas e têm de me chamar a mim para pôr tudo nos eixos. Ah, a bípede! Hum, peixe. Não é que eu não aprecie, mas não se arranja um cozido à portuguesa, hã? Acabo de comer e deixo que me faça algumas festas. Mio-lhe, condescendentemente. Ela não percebe, mas o que eu estou a dizer é: não esperes por mim, eu tenho de salvar o mundo. E sigo, de cauda erguida, elegante, calmo. Afinal tenho estilo e as coisas não precisam de ser feitas a correr. Primeiro: dormir uma sesta. Não se pode salvar o mundo sem a digestão feita.
O Gato
Sou o (nome ilegível por razões de segurança), mas chamem-me Gato. Ou Bichaninha, como a bípede que eu adoptei. Sou um agente secreto ao serviço da SIS. O meu trabalho é impedir que a Zulinha, periquita, alcance a dominação do mundo inteiro. É uma tarefa complicada. A gaiola está lá no alto e, mesmo se eu lá chegasse, não tenho polegares o que torna impossível abri-la. Já os encomendei ao Q, mas o gajo não se despacha. Só tem olhos para o Bond. Bem me roço nas suas pernas, mas não resulta. Ver se com unhadas e dentadas ele percebe a mensagem. A Zulinha planeia apoderar-se do mundo, derrubar todos os líderes planetários. Dá as suas ordens logo de manhãzinha ao seu exército crescente: as aves livres do exterior. O SIS encarregou-me da sua eliminação e eu nunca falhei num trabalho. Perguntem ao Bond – ele lixa sempre as coisas e têm de me chamar a mim para pôr tudo nos eixos. Ah, a bípede! Hum, peixe. Não é que eu não aprecie, mas não se arranja um cozido à portuguesa, hã? Acabo de comer e deixo que me faça algumas festas. Mio-lhe, condescendentemente. Ela não percebe, mas o que eu estou a dizer é: não esperes por mim, eu tenho de salvar o mundo. E sigo, de cauda erguida, elegante, calmo. Afinal tenho estilo e as coisas não precisam de ser feitas a correr. Primeiro: dormir uma sesta. Não se pode salvar o mundo sem a digestão feita.
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