quarta-feira, novembro 30, 2005

[Da série: expressões de que eu gosto.]
Cabelinho assim à foda-se.
[Agrada-me. É gira.]

Era uma vez um país que, a não existir, teria de ser inventado. De facto foi-o por um gajo com o cabelinho assim à foda-se de nome Eça. A sério, o Eça inventou esta merda toda. E o bigodinho, fáxavor, bem bonito. O singelo bigodudo inventou um país onde a censura se faz pelo bolso, tendo-o largo, fundo e cheio a malta, inocente ou culpada, safa-se ao justo ou injusto castigo. O gajo do cabelinho assim à foda-se esmerou-se, concedamos. A censura pelo bolso limita o aparecimento de ovelhas negras e tresmalhadas, ou melhor, sejamos precisos, caneco, impede que tais ovinos fujam e formem um rebanho só seu e que esse, pouco a pouco, incorpore os mé-més do apático rebanho original. (Não sabemos se nos fazemos entender, esperamos que sim.)
No tal país inventado (cujo nome no momento nos escapa, ai, o queijinho, o queijinho) acordou certo dia um gajo morto. Não moribundo, não comatoso, mas morto, tão defunto, tão cadavericamente passado como um ovo cozido. Porém via e ouvia e sentia e movia-se ainda. Não entraremos em suposições cósmicas nem científicas. Estava morto, mas vivia e era tudo.
O chato, pensou o morto defunto caminhando vivo em direcção ao Chiado, lá em cima onde há pombos e turistas e igrejas, é que te amava antes de te conhecer e de cair morto e talvez seja isso que me impeça a morte plena porque te amo ainda, gosto de ti, gosto gosto muito de ti, nunca to disse, caminho, fétido, fedorento, malcheiroso porque me anima o corpo a missão incompleta do amor.

(O morto por esta altura do relato merecia nome, simplesmente não o descobrimos - o ficheiro foi mal arquivado. Agradecemos sugestões. Ele tem considerações que de facto a nada conduzem, que importa a razão porque, morto, caminha? Conjecturará mil hipóteses e, independentemente da sua justeza ou não, elas carecem de importância.)

Talvez também o seu caso esteja mal arquivado nos computadores do São Pedro que, é provável, usa o Windows; talvez deus e o demónio estejam a jogar aos dados, competindo pela sua alma e um jogo destes dura milénios, no mínimo; talvez esteja destinado a salvar o mundo antes que esta merda vá toda para o galheiro. São, no todo, considerações que não nos merecem atenção.

Vou ao médico, às urgências, terão sentença para o meu caso, pensou. Pois. Que vá, que vá às urgências do São José. O certo é encontrar um aumento nas taxas moderadoras que farão muitos utentes comer massa com massa durante uma semana. Ele não, é gajo de bom salário e tem economias.

(Talvez fosse castigo, praga, mau-olhado, mas não debateremos tais possibilidades. Ele que conjecture por aí à vontade.)

Apresentamos Sua Alteza Sereníssima - o Senhor Bentley!
Bom, na verdade não. É só em Janeiro. Trata-se de um mero exercício. it’s a practice drill, fear not. Mr. Bentley is not in the building, I repeat, not in the building.

[Escrito antes de 23 de Novembro´05. Talvez a dia 20.]

É um homem estranho de tão normal. Foi casado. Divorciou-se. A mãe joga canasta, é hiper-chata, crítica, nunca elogia, vê tão-somente os defeitos. De manhã sai da cama, calça as peúgas e não posso continuar o raio da história, o sacana do gato não pára de tentar morder a caneta bic de tampa vermelha. À pouco cheirou-me o caderno e ´tá sempre com a patinha (patona) a levar a caneta à boca. Agora morde-me o caderno. Eu desvio caneta e caderno.
Curiosidade de gato, suponho. (Pára.) Cheira e trinca a ponta do caderno A4 espiralado.
Os meus olhos. Update: esta merda não cura. Dia 23 de Novembro nova consulta (Pára. Não mordas.), já ando tão farta daquilo, pingos e lavar os olhos duas vezes ao dia com champô Johnson e mais pingos. Por vezes esqueço-me, não faço. O olho direito parece ter regredido, uma das manchas alargou e sinto uma impressão no interior, choro do outro, dói-me na parte de fora, ao canto. Raio. Vou ter de cuidar desta porcaria o resto da minha vida? É como se tivesse diabetes ou outra doença crónica, irrita pá.
[Update de 30 de Novembro: melhorou consideravelmente. A razão dos problemas com os olhos prende-se, aparentemente, com o facto de eu ter caspa. Nas sobrancelhas. Pois, também fiquei parva. E lavá-las com champô Johnson resulta. As manchinhas estão a desaparecer. Um tratamento tão simples... e para o ter tive de marcar consulta com um especialista da córnea. Enfim.]
In other news. Nanowrimo. Soa bem, não soa? It rolls down the tongue. (El gatarron dorme com a patarrona em cima do caderno, gato literário o gajo.) Feitas 35 mil palavras. Faltam as restantes. Quero produzir, no total, 100 mil. Já tinha começado a escrever antes, estas 35 referem-se só à contagem do nanowrimo que começou a 1 de Novembro. Penso que metade das 100 mil vão para o lixo, aquilo terá de levar uma volta muito grande, mas ao menos inventei outras personagens de que gosto muito e que poderei voltar a utilizar. (A Igreja Católica fuzila-me, mas adiante, lol.) O livro vai servir como desafio: aprender a reescrever. Quantas reescritas serei capaz (Pára) de fazer? Li autores que clamam para os seus livros (Pára) sete revisões, treze revisões. Chiça. Eu chateio-me depressa e quero mas é avançar para o próximo. Sou demasiado impulsiva. Too many fire signs. Vou tentar combater essa tendência em mim.
(Chove. Gosto quando chove e estou cá dentro, segura e quente perto do aquecedor. O Prémio Nobel para quem inventou o aquecedor. Já.)

terça-feira, novembro 29, 2005



Ganhei :D






GanheiGanheiGanhei!

50 mil palavras num mês. O livro tem mais, comecei-o antes do nanowrimo, e ainda me falta terminá-lo. No total deve ficar à volta das 100 mil palavras. Depois the real work starts: cortar, cortar, cortar.

No próximo ano concorram: www.nanowrimo.org. Penso que para o ano de 2006 escreverei a computador.

segunda-feira, novembro 28, 2005

Total do nanonovel: 47400 palavras.

TouQuaseTouQuase.
Acabei de assistir na Cabo a uma entrevista a António Borges.

Gostei de ouvir o homem: claro, conciso.

Directo.

domingo, novembro 27, 2005

[My Day My Way]
- Escrito numa gloriosa Sexta -


Ai que frio do caraças, catano. O almoço está a ser feito. Adoro as sextas-feiras, são o meu dia favorito. Adivinhem porquê, hehe. Se não fossem pelas sextas uma pessoa definhava. Bom, não pelas sextas elas mesmas, mas pela antecipação do que representam: o fim-de-semana, olé! O fim-de-semana só dura dois dias, o que é pena (lacrimejo). Sniff. Devia durar três, pelo menos. O Parlamento que me reveja a Lei.

De manhã levantei-me às sete horas, oh joy, com o frio fora da cama a enregelar-me os ossitos, gostava que o sol viesse acordar-me e sentar-me ao colo, assim não tinha de acender o aquecedor a óleo, era tão bom pois era mas não é. Azar.

Faço ioga. Meia hora, praí. Ósdespois faço chá e vou escrever durante três horas, das oito às onze horas, com interrupções. Se aquilo me correr bem, a história avançar e eu for de caneta em punho atrás das minhas personagens, entusiasmada com as suas aventuras e patifarias várias, consigo fazer mais do que três folhas A4,

se correr mal e estar ali a arrancar o texto a ferros - faço duas mil palavras, ou seja, duas folhas A4 (em papel quadriculado). Há mais de um mês comecei a seguir este plano. Quero mantê-lo. Às vezes a preguiça, sobretudo em dias em que não trabalho e não tenho de me levantar cedo, impõe-se. Seguidamente vejo mails e lá pelo meio-dia faço o almoço (antes alimento o gato para lhe prevenir uma síncope de tanto miar, porra, ´tá gordo que nem um abade obeso mórbido, chiça, só sabe pedir comida). À tarde saio, vou trabalhar, chego a casa antes das onze, janto e vou dormir. Ver televisão é mentira. Não posso. Senão de manhã é o levantas. (Mas só dá porcaria, não perco muito.) O que eu gostava mesmo mesmo mesmo era viver ao pé da praia,

talvez em França, ao sul, ou em Barcelona, acordar com o som das ondas a rebentar no exterior, a praia deserta, toda só para mim, o grito, o uivo das gaivotas a ecoar no exterior enquanto eu aqueço as mãos, o corpo o rosto, na lareira acesa e depois me estabeleço quietamente à mesa e começo a escrever. Disso é que eu gostava.

Não tenho lareira, mas um aquecedor a óleo. Em vez do mar vejo, só do sótão, uma nesga do Tejo ao fundo; praia é mentira e as gaivotas aparecem por aqui quando a tempestade as açoita e elas procuram refúgio nas Augi.

Ó, como eu queria ser podre de rica, não ter de trabalhar, mas, se não trabalhasse escreveria? O pior é que sei a resposta: sim, embora menos. Porém eu queria (quero) só escrever, escrever, escrever, ao pé do mar, olho para fora e depois de uma curta extensão de areia livre e minha observo o furioso rebentar das águas e espuma, o mar em revolta, o uivo da chuva e do vento, as nuvens pesadas, negras, espessas como puré com molho de couve-roxa, a largar trovões e relâmpagos, e eu acoitada perto do calor da lareira, a ver as janelas lacrimejantes, a escutar o ressonar do gato e a escrever, feliz da vida.
Talvez um dia o meu sonho se cumpra. Ó, quiçá.

Ver do almoço.
[Mote: http://www.correiodamanha.pt/noticia.asp?id=182349&idselect=10&idCanal=10&p=94]


[E Viseu Aqui Tão Perto]


A Verli que infectou os homens. Pensei, sem ver os pássaros (ao correr da pena, ao correr da pena escrevo) a arrulharem lá fora, se é que arrulham, não há pombos aqui, só melros, gaivotas e falcões, Os homens são tão idiotas. Matam-se por sexo, matam por sexo. Deus me perdoe (peraí - sou agnóstica) por me atrever a julgar, mas julgo julgo julgo. Burros. Cretinos. Não penso, Merecem-no, porque passam a sua morte incógnita às companheiras insuspeitas. Para isto acabar a merda do preservativo devia vir de nascença, lá, logo no posto à saída do parto. De outro modo a congénita cretinice macha (que não afecta toda a espécie masculina, sejamos justos) continuará a matar, a suicidar sem saber, a assassinar na sombra, guiada por instintos que não podem ser controlados, nem limitados, mas esses instintos têm consequências fodidas e essas sim têm de ser prevenidas. BurrosBurrosBurros.

A linda, bela, eu sei lá, italiana: ó mulher, se há um inferno tu pelo menos vais fazer por lá uma paragenzita. Ai vais. Não acredito em infernos eternos, a havê-lo será uma coisa temporária, mas justiça em vida ou na morte tem de ser feita. Vingança. ´Tá bem... as mulheres mereciam a morte silenciosa e traiçoeira que lhes destes? As esposas e namoradas (ou namorados) destes palermas mereciam-na? Percebo, por este caso, mas já o sabia antes, trata-se antes de uma confirmação, porque é que a vingança é má:

porque tem consequências fora do nosso controlo, é impossível balizá-la, ferir apenas uma pessoa, deixar de fora quem não nos merece a ira, afectam-se indivíduos que nada têm a ver com o assunto, a vingança espalha-se

exponencialmente, como as ondas num rio sem margens, sem margens nenhumas, e continuam a replicar-se para além do horizonte e tempo vistos, para outros rios e outros mares.

Perdoar ou pelo menos Não Fazer Mal, Seguir Em Frente, Getting The Fuck Over It, resolve isto. Impede a propagação das vagas, deste mal que se espalha e multiplica. E agora e agora e agora? Agora está tudo fodido, não é? Proponho que acessorizem logo à nascença o pénis do bebezinho berrante com um preservativo que crescerá com ele. De outro modo não vejo maneira para evitar situações destas.

A não ser que a prevenção contra a sida no nosso país hipócrita comece a ser levada a sério. A partir dos cinco aninhos as criancinhas deviam ser ensinadas sobre o que é o preservativo, o que evita, como deve ser usado e em que situações deve ser usado.

Era giro, não era? Eu acho que sim, era giro. Mas, vá lá, o Papa e os papistas ainda mandam nesta merda toda.

(A Lola não está cá, foi para uma manifestação qualquer, passou dias a fazer os cartazes, por isso I ranted for her.)

sábado, novembro 26, 2005

Have compassion for yourself when you write. There is no failure – just a big field to wander in.
- Natalie Goldberg


If you don’t like what you’re writing, lower your standards. – William Stafford (lol)
Never disturb a writer as his craft. He will turn and bite to the bone, not knowing what he does.
- Robert A Heinlein

Writing is a legal way of avoiding work that without actually stealing and one that doesn't take any talent or training.
- Robert A. Heinlein


True.
ante mare, undae

Muito bom.

sexta-feira, novembro 25, 2005

http://www.correiodamanha.pt/noticia.asp?id=182349&idselect=10&idCanal=10&p=94

Deus. Do. Céu.

0_0

Deus me perdoe por ter sido esta a primeira coisa em que eu pensei: os homens são tão idiotas.
E quantas esposas, namoradas e mulheres eles não contaminaram sem o saber?
Hoje levei 3 horas (com várias interrupções) para escrever duas mil palavras. Chiiiiça!
Estou nas 43 mil palavras. Falta pouco.

quarta-feira, novembro 23, 2005

the dragon's lair


the dragon's lair, originally uploaded by helveticaneue.

Hoje não vou poder escrever, tenho uma consulta no médico às 9h e depois o resto do dia ocupado, mas estou nas 39 mil palavras, portanto, falta pouco para acabar. Em menos de 7 dias planeio terminar de escrever as 50 mil palavras.

Bom, tenho de ir.

segunda-feira, novembro 21, 2005

sábado, novembro 19, 2005

Ando a ler António Lobo Antunes.

É bom.


Mas não é nenhum Camilo Castelo Branco.
2 mil palavras hoje. Passei das 33 mil palavras. Já não falta tudo.

Gotta. Keep. Writing.

segunda-feira, novembro 14, 2005

Hoje é o 3º dia que El Gatarron não dá as caras. Está demasiado frio para andar à caça de gatas (suponho eu). Onde raio é que o gajo anda?

domingo, novembro 13, 2005

[Voltei ao layout anterior. O outro estava a fazer-me o carregamento da página demasiado lento. Apesar de bonito.]
Reparei que no Opera a barra aparece do lado esquerdo. Tirei a imagem porque pensei que estava a atrasar o download do blog, mas pelos vistos não estava.

In other news: tenho, no total, 26 mil palavras. Só me faltam 24 mil. Já não falta tudo.
E o carregamento da página está lento para caraças, não está?
Alguém me explica porque diabo não consigo pôr a barra que está lá em baixo do lado direito aqui - no lado esquerdo?!?!?! E não em baixo, mas mesmo Ao Lado.

Que raiva, não percebo nada disto.


(Someone. H E L P)
Esta tipa diz Tudo![link]

"Julia Cameron: We are ecosystems. Creativity is an
ecosystem. If we want to be creative, we fish from the well of the ecosystem.
It's as though you have an inner trout run and when you strive for creativity
you're fishing out of it. Then you need to replenish it, restock it.
When
you walk, a couple of things happen. One is that you have an image-flow moving
at you. You see and notice things. You see a tiny little bird skittering under a
pine branch. You see a homeless person if you're in the city. You note the
image, and the image goes into the well. The well is part of the heart, and
that's where your art comes from.
Walking also moves you across the bridge
into a larger realm of ideas. It allows you to listen to a different frequency.
I experience it as a sort of click in the back of my head. I begin to have
insights and inspirations which seem to be of a simpler and higher order. There
is something enormously powerful about visualizing and moving at the same time.
It may just be because we have more energy to deal with, but it really helps
things to clarify, and once something clarifies it begins to be able to
manifest.
I call it crossing into the imagination. When we make things they
begin as thought forms, as spiritual blueprints, and when we are walking and we
visualize something, we're actually drawing it into form. As a writer, if I have
a tangled plot line, I go for a walk. I'm not thinking particularly about my
plot; I'm thinking about the little wren that I saw, I'm thinking about the
mallards, if I'm in New York maybe I'm thinking about the antique velvet rope
that I saw in the shop window. And as I'm thinking about these things, "Oh!
That's what I can do with my plot" emerges. Creativity is sort of Zen: as you
focus north, solutions emerge south. It's not linear."


Hoje só consegui escrever, até agora, 600 palavras. E foram arrancadas a ferro. Ver se consigo escrever pelo menos mais mil palavras.

sexta-feira, novembro 11, 2005

From Cliff, Little Doom, CA


From Cliff, Little Doom, CA, originally uploaded by imagebysp.


, originally uploaded by Ed Karjala.

Ferry


Ferry, originally uploaded by brianchapman.

grim #2


grim #2, originally uploaded by Buttersweet.

house on peter


house on peter, originally uploaded by wvs.

Forsaken by Society


Lindo.


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"THE RICH MUST LIVE MORE SIMPLY SO THAT THE POOR MAY SIMPLY LIVE." - Mahatma Gandhi


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If you are having difficulty with a book, try the element of surprise: attack it at an hour when it isn’t expecting it. ~H.G.Wells~


Done today: 2800 palavras.

quinta-feira, novembro 10, 2005

blue morning


blue morning, originally uploaded by aliasgrace.

And now for something Blue.

Ou: tenho o jantar ao lume.

(E hoje escrevi o total de 1h20, 1770 palavras.)

O pior de tudo é: tenho de arranjar a outra metade da história. Podia ir aos dares, mas não me apetece pôr lá pelo meio um ninja que desate a matar as personagens.

*sigh*

Sunset in the clouds


Sunset in the clouds, originally uploaded by Roger Smith.

[Da série: Isto Não É Meu, Mas, Ó, Quem Me Dera Que Fosse!]

UMA CONCHA A CAMINHO DE LIVRO?

Esta concha vinda de longe, concha com uma estranha roupa, talvez uma roupa de festa, talvez uma roupa de núpcias, esta concha, talvez, possa um dia tornar-se livro, vestir-se de livro, entrar dentro de um livro. Três pinceladas de tinta acrílica ela recebeu em certa manhã de maio. E agora, agora que maio termina, ela é uma concha outra, não mais a concha do mar, mas concha que paira no centro de um mínimo universo, beiradas de um buraco negro, beiradas de um minúsculo planeta, na rota de uma mínima estrela. Que concha é esta então a caminho de ser a página de um livro? Que concha é esta solta no ar, aeroplana concha, concha agora em duas luas convertida, com suas duas luas que são as abas de suas duas páginas calcáreas?(Paulinho Assunção)

The Monarch Reigns On


The Monarch Reigns On, originally uploaded by BombDog.

terça-feira, novembro 08, 2005

In other news.

À data os participantes do nanowrimo já escreveram:

174,110,586.

Palavras.

Uau!

Eu, por minha parte, contribuí com umas modestas 15 mil palavras (provavelmente mais).

Hoje não trabalho. Fixe.
Ao ilustre visitante que me visitou a partir de Saint-Jean-sur-Richelieu um grande OLÁ.


(Gosto do nome da terreola. Gosto.)

segunda-feira, novembro 07, 2005

Arriving


Arriving, originally uploaded by angelocesare.

Oh, quero lá ir.

Dream #4


Dream #4, originally uploaded by angelocesare.

Belas cores. Estranhas.

Only leaves


Only leaves, originally uploaded by angelocesare.

Tenho tanta coisa para dizer e eu aqui sem palavras.
[Isto Não É Meu.]


Então Doutor, foi exatamente naquele momento que eu descobri o quanto sou apaixonado por ela- aquela mania de bocejar na minha boca, depois levantar com um sorriso e sair andando puxando a calcinha da bunda- eu adorava este processo de acordar que era só dela. Tê-la dessa maneira, na minha cama. Seria nosso retorno feliz, mas ela sempre surge com questões que eu não sei responder, malditas questões. Não sei o que acontece, essa mulher me cala a boca e os movimentos. É tudo, desde anestesiar meu tesão até bloquear minha mente. Saiu batendo porta com aquela cara emburrada de última vez- toda vez é uma última, e não tem fim. Mas talvez dessa específica vez tenha sido a última. Eu fui com ela caminhando pela orla, e ela já não dizia nada. Olhava o chão sem expressão alguma, peguei na mão dela, e seguimos um largo pedaço assim, de mãos dadas, ela olhando a pista, os carros, sei lá o que. Eu tinha muito o que dizer, juro que tinha, mas não consegui formular nada, absolutamente nada. Dizer o que? Olha, eu te amo, volta pra minha vida? Ela diria que isso é um clichê barato, uma fuga desesperada inconsciente. Porque era assim, e um mês depois outra briga, e outra. E agora caminhávamos como dois estranhos, como duas pessoas isoladas numa cama. O sexo era incrível, eu fui pensando no corpo dela, no quanto me faria falta, no cheiro, no gosto, no jeito que ela me tocava. Chegamos ao ponto, ela pegou um taxi e não me deixou abraçar, foi a última vez que a vi , há 9 meses atrás. Eu ainda deixo algumas coisas da casa do jeito que ela fazia- a pilha das latas de condimentos, as toalhas no banheiro, a posição dos porta retratos- acho que é aquele fio de esperança de que ela volte. Durante esse período saí com algumas mulheres, bebida, sexo, cigarros demais. É, eu voltei a fumar. Eu assumo esse processo de degradação pessoal. Nada me satisfaz. E não é dependência sentimental por ela, é paixão, amor, sei lá que nome posso dar a isso que eu sinto. O Senhor acha que eu deveria ter dito que sinto essas coisas todas por ela antes do taxi ter partido?

Camila Mendonça

domingo, novembro 06, 2005

Scheherazade No. 0011


Scheherazade No. 0011, originally uploaded by mynona.

sábado, novembro 05, 2005

sophia aleah


sophia aleah, originally uploaded by SaintAlia.


, originally uploaded by o MUNDO pelos MEUS olhos.

Pescadores


Pescadores, originally uploaded by jlvelazquez.


, originally uploaded by f.mandarino.

Lindo.

sexta-feira, novembro 04, 2005

Castillo infernal.


Castillo infernal., originally uploaded by xip.

Ó, que bonito, o inferno.

Já levei El Gatarron ao vet.
Agora só para o ano!

(Se ele se deixar agarrar...)

Tanta malta que lá havia...
Hoje tenho de levar o gato (El Gatarron, porra, 'tá mais gordo do que um abade) ao veterinário.
Ainda não o alimentei, quero que coma com tamanha sofreguidão que nem note o sabor esquisito da comida (comprimidinho - para ficar tratável às mãos do vet - desfeito em pó e misturado no chop-chop). O sacana agora deu em baptizar a roupa lavada, o quarto, enfim. Começo a contemplar com grave seriedade castrá-lo. Tenho muita pena, meu lindo, mas a minha casa não tem religião conhecida, não precisa de ser borrifada. Vai lá marcar o território para outra freguesia. Ou, no caso - não. Sinto-me culpada. 'Tadinho do gato, castrá-lo, pá. Eh pá, não sei. Pergunto ao vet hoje se a ânsia de baptizar tudo que encontra se mantém após a castração.

In other news.

Hoje escrevi três horas. Wow, go me. Não tenho plano nenhum, história de nenhum tipo, resquício ou a leve sombra de fio condutor que ligue a desconexa narrativa - mas que se lixe. A continuar a este ritmo espero terminar o mês com um total de, pelo menos, cem folhas A4 cheias de tudo e de coisa nenhuma. É esse, aliás, o objectivo. Eu costumo pensar Antes (de escrever), agora vou pensar Depois.
Ensaio novo método. Ver se entro no espírito da reescrita de cabeça, como se mergulhasse no gélido oceano. Posso gostar - ou apanhar uma pneumonia. Logo se verá.

Tenho, à data, cerca de 9700 palavras desde o início do nanowrimo.

Hoje, ao fim de 40 folhas escritas, é que construí o esqueleto de uma sinopse, lol.

Mas está a ir bem. Não posso é falar da história senão, vup, ela "vai-se embora". Parte, para outras paragens. Parte não, porque as histórias somos nós que as fazemos, elas não existem já construídas e perfeitas nalguma parte do universo, esperando que alguém as materialize na escrita.

, originally uploaded by honeyisland.

lonely beach color

quinta-feira, novembro 03, 2005

«Doentes mentais regressam à família


Jorge Godinho

O Hospital Miguel Bombarda pode vir a ser substituído por serviços do Ministério da Saúde
O ministro da Saúde, Correia de Campos, pode vir a encerrar alguns hospitais psiquiátricos de Lisboa, Coimbra e Porto. O objectivo é reduzir o internamento hospitalar e devolver os doentes mentais às suas famílias. Mas só àquelas que se mostrem favoráveis ao seu acolhimento.»


Filhos da puta >:[


E, adivinho, SEM ACOMPANHAMENTO MÉDICO POSTERIOR.

Cabrões dos gajos do Governo. Não devem ter familiares doentes mentais. Não sabem, não conhecem, não imaginam o sofrimento dos familiares.
E se imaginam estão-se magnificamente a Foder para o seu sofrimento.

Merda de país. Merda de governantes. Fechar Hospitais Psiquiátricos!

Bestas, Bestas, Refinadíssimas Bestas! Que Deus vos presenteie com um filho esquzofrénico, ou mãe, ou pai, ou neto, ou esposa! Para saber como elas mordem!


RaivaRaivaRaiva.

NÓS NÃO MERECEMOS ESTES FILHOS DA PUTA A GOVERNAREM-NOS A VIDA!
Recebi ontem as provas do Senhor Bentley, o Enraba-Passarinhos. Corrigi alguns, poucos, erros.

Tou contentiiiiiiiiiii! :D

Cada vez gosto mais deste livro.

Ah, e tem ilustrações.

É pena não sair na altura do Natal. Seria um magnífico presente!

A sério, quando o lerem, vão adorar este livro.


/a puxar a brasa à minha sardinha :p
Tive de retirar a caixa dos comentários. Estavam a atrasar o carregamento da página.

quarta-feira, novembro 02, 2005

Auroral*


Auroral*, originally uploaded by imapix.

River Walk


River Walk, originally uploaded by BombDog.

Anthropomorphic Roots


Anthropomorphic Roots, originally uploaded by *Mike D.

A participar pela terceira vez.
No primeiro ano ganhei.
No ano seguinte devo ter chegado às 20k, 30 mil palavras se tanto.
O ano passado não participei.
E neste quero sair vencedora :)


Doing nano, nano, Nano!

Três horas hoje. À mão. Porque prefiro e gosto e quero.