sexta-feira, maio 11, 2007

O País de Salazar

E lá vem o segredo de justiça. Esta coisa que protege a investigação, o bom nome do arguido, do juiz, do procurador, etc. O caso da criança Madeleine no Algarve e os esclarecimentos públicos que têm sido prestado deveriam deixar-nos orgulhosos do nosso País e do segredo de justiça.

Mas quem são aqueles jornalistas bifes para virem ao País do Choque Tecnógico, da Transparência da Admitração Pública, no fundo, à Filândia do Mediterrâneo exigir informação? Mas aquela cambada de esponjas alcoólicas não sabe que em Portugal temos o segredo de justiça?

Qualquer pessoa no mundo civilizado sabe que em Portugal existe o segredo de justiça. E que, portanto, mesmo que se tenham 180 inspectores no terreno, um embaixador no Algarve, polícias ingleses a aterrarem cá, dois países atentos ao desenrolar de uma situação – nada pode ser dito por obediência ao segredo de justiça.

Infelizmente, as pessoas só ficam a perceber o que é o ridículo do segredo de justiça com o desaparecimento de uma criança.

Que, por azar, é inglesa. E que, também por azar, mobilizou a comunicação social de lá. Que, por ignorância completa, está a transmitir o que de pior havia no Portugal de Salazar: Um Portugal fechado, onde as instituições não têm por hábito prestar esclarecimentos públicos, um País bolorento, na era medieval, enquanto o mundo inteiro já abraçou a sociedade da comunicação. Um País com o segredo de justiça. I Love Portugal!


Fonte: Grande Loja do Queijo Limiano.

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