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Vi a url no ‘Notícias Magazine’, tentei abrir, mas não consegui. Existirá sequer? O que me leva a:
O que é invisível não existe? O que não é visto não existe, não tem substância para os olhos e a mente dos outros?, é-lhes insubstancial?
(Reparem na virgulazinha logo depois do ponto de interrogação. Gosto tanto de juntá-los... ou, ao invés, o ponto de exclamação. É giro. É ‘cool’, porreiro, ‘à maneira’ – para usar uma expressão desactualizada. E sim, já vi outros autores fazerem o mesmo. Ó meus sacanas!, eu sei do que falo... hehe, não se ofendam – ó meus adoráveis, windos sacanas lol – Ponto e vírgula, fechar parêntesis.)
[Ao princípio tinha por hábito reparar no uso da pontuação gráfica, na disposição do texto, na frequência ou inexistência – Saramago, homem, exageras, pá, camarada! – de parágrafos. Vi que nem todos coincidiam. Tipo, se bem me lembro... o Milan Kundera (houve uma época em que comprei sucessivamente os livros deste gajo...), numa cadeia de perguntas, nunca punha o termo a seguir ao ponto de exclamação capitalizado. Eu esprico: “O quê? quem? porquê?...” Topam? Achei giro. Mais tarde vi que não era idiossincrasia do cavalheiro, outros autores faziam o mesmo. Mas, sei lá, não pôr letra grande depois de um ponto gráfico... isso não combinava comigo nem com o ensino gramatical que gramei na primária. Parecia-me errado. Lol! O tempo que se leva a aprender a desaprender tudo, santo deus... Bom, um dia vi em determinado livro outra forma de pontuar uma enfiada de questões. A vírgula vinha logo a seguir ao ponto de interrogação. Isto sim! Disto gosto!, pensei eu cá com os meus botões, hehehe... E tanto parlapiê para dizer que sim senhor, há regras, porém várias, imensas. Existem as da gramática, dama fina e nunca descomposta, com solução – por mais entediante – para tudo. E existem as regras de autores e/ou escritores que acabam por serem impostas ou generalizadas mercê do seu talento e, quiçá, divulgação... Não sou perita nisto. (Meus lindos sacaninhas, posso desdizer-me as vezes que bem entender, ok?) Só falo das dúvidas que tive/tenho/terei e como as resolvi. As minhas resoluções podem não ser necessariamente as suas/vossas. (Agora perdi-me: falava para ‘você’ ou ‘vós’?) Mas talvez sabendo o que fiz façam o exacto oposto (e isso é bom) ou, quiçá, a mesmíssima coisa (aspas idem). Repito: Não-Há-Regras! a primeira coisa a fazer nestas andanças é aprender as regras/praticá-las/apanhar-lhes raiva/ir à vacina/ficar livre delas/inventar as suas/praticá-las/apanhar-lhes raiva/ir à vacina/ter saudades das primeiras regras (ó menarcas da minha mocidade!)/etc. e tal.
Entendeu? Ou quer um retrato?
É bom sabermos bem aquilo que planeamos demolir/desmistificar/reconstruir.
Com caraças, perdi-me. Falava doutro assunto.]
Pessoasdesaparecidas.com
Uma pessoa desaparecida é um ser inexistente? Vi no site da polícia judiciária fotos de indivíduos desaparecidos.
O termo ‘desaparecido’ quase que diz, nos presta toda a informação. É meio termo entre ‘vivo’ e ‘morto’. Está desaparecido, logo, não é uma coisa nem outra. A ignorância, o não-saber, é o género de coisa que nos lixa a mioleira, provoca ansiedade que se fixa à pele, ao espírito da pessoa, misturando-se, juntando-se – dir-se-ia – ao seu DNA. Arrebenta-nos a alma este ‘não saber’, ‘não ver’, ‘não saber quando o saberá ou se um dia o saberá’.
Digamos que senti esta reflexão, embora só agora a traduza em palavras, enquanto ia clicando nos vários retratos.
Sabem, sabe (você/vós?, ai a porra, há que decidir-me!), os que escrevem, os escribas, os escritores (pronto, rendo-me) são vampiros. Alimentam-se das histórias, melhor, das pessoas que as geram, e que os rodeiam, desconhecidas ou íntimas, tanto lhes faz. (Pus aqui vírgulas em demasia...) O escritor não tem escrúpulos. Pode sentir vergonha e achar-se incapaz de tocar naquela história dolorosa, porém, lá no fundo da mente, ele arquitecta enredos e cenários, veste/despe/rearranja personagens. Bem lá no fundinho da mente... inda que não se atreva a pegar na caneta/teclado. Está sempre à espreita, atento a indícios.
Sabem a anedota... um tipo pergunta a um escritor o que ele faz e o escritor responde:
« D’après vous… ! »
(O senhor primeiro...!, este d’aprés vous mata-me...)
{Dúvida: aqui é vous ou vouz?}
Ok, ok, não tem lá muita piada e ouvi em francês e o meu francês já nem é sofrível, por isso dêem desconto.
O escritor é o “d’aprés vous”. Diga o cavalheiro primeiro a sua profissão. Os escritores são vampiros, para o bem e para o mal.
(Já perdi o fio à meada de novo, chiça!)
Ah! As pessoas de-que-não-se-sabe. Eu clicava, clicava e já ia congeminando, de forma abstracta, possíveis fins, destinos... cenários verosímeis não, porém o inverosímil achega-se incrivelmente à verdade. (Já vos/te disse para não usarem advérbios? Sim? Adverbs are evil! Por favor, ignorem/ignore o dito: usem/use advérbios, mas não à minha frente! E pontos de exclamação em demasia. Proibidos. Absolutamente proibidos. Sarna. Odeio. Detesto. Adiante.)
Aquele rapaz, uma muda de roupa, se calhar era porque... a mulher, foi morta de certeza porque... tão novinho, meu Deus, autista? Coitado, provavelmente... ou daí talvez não... amnésia? Hum, dava enredo à moda da Agatha Cristhie.
E sem a ponta de remorsos, percebem? Nem uma pontinha...
Perversa. (*suspiro*)
À laia de resumo: os ‘desaparecidos’ dos outros são os nossos ‘aparecidos’/’iluminados’.
Viventes. Vivos. Cá. Sem angústia. Sem ansiedade.
Ainda não terminei Unamuno. O homem não está a falar exactamente sobre o que no título se enuncia. Mas enfim, são prerrogativas.
Quero muito, muito, muito, muito, muito pôr o link do ‘desaparecidas.com’ ali ao lado. Se acaso o site existir. Se não, ver se desencanto alternativas.
(Eu devia masera ‘tar a marrar História de Portugal... vontaaaade... bendito blog, hehehe...)
Fui.
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