Persevera. Perseverança. Carry on, dizem os brits. Continua. Jamais parar.
('Tá quietinho, não venhas para cima do meu caderno.)
(Raio do gato.)
(Ok, senta-te em cima do braço direito, pois, o que eu uso para escrever! Não me faz falta de momento nem nada...)
Estava no capítulo sétimo. E nada. Rien de rien. Talvez o mal esteja na falta de leitura. Não tenho lido nos últimos tempos. Falta de pachorra. Mas preciso. Se começo a encravar, a considerar a folha branca como um enorme campo de futebol, então é altura de regressar à leitura. E deixar a página em branco em paz, pronto. Amanhã vou à biblioteca.
E pago o sacana do parquímetro.
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Mudando de assunto.
Se alguma vez tiverem a proposta de publicação de uma editora a primeira coisa a fazer, neste país, é ir a CORRER INSCREVEREM-SE NA SPA. A Sociedade Portuguesa de Autores oferece uma protecção a que, sozinhos, nunca terão acesso. Ok, a jóia (quando me inscrevi) foi de 25 contos (au!). E depois ficam com uma percentagem do que cobrarem em vosso nome (dez por cento se não me engano). Mas ficarem com 90 por cento de alguma coisa é melhor do que ficarem com 100 por cento de NADA!
É pena não existir em Portugal a figura do agente literário, à imagem de outros países (civilizados). O agente literário contacta as editoras e vende a vossa obra em vosso nome. Faz a administração dos direitos, do carcanhol resultante. Ou seja, vai além da spa, que se limita a ir chatear os cornos aos editores e pedir o dinheiro a que os criadores têm direito.
Portanto, a reter (tatuem-no num sítio corporal de fácil acesso, de modo a não se esquecerem): a vossa obra (poesia, prosa, ect) é aceite por uma editora, vai ser publicada; acção seguinte - antes de assinarem porra alguma com a dita, inscrevam-se na SPA, que tomará as rédeas da coisa a partir dessa altura.
Got it? 'Tá tatuado? ´Tá memorizado?
Depois não digam que não avisei. Acreditem, falo por experiência.
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