Que esquisito. Quero escrever, mas não quero escrever aquilo que estou a escrever. E depois recordo: terminar. terminar um trabalho antes de iniciar outro; finalizar a narrativa, estória, ficção, antes de começar outra. O entusiasmo habita-me ao pensar a história, mas parece que se esvai quando enfim passo a escrevê-la, a concretizo, a materializo. Se calhar aprecio mais as ideias do que os actos (não sei, nunca pensei muito sobre isso). Porém, suponho que a dificuldade da escrita do que antes fora abstracto é comum a todos os autores.
Então não escrevo.
Apetece-me ler, mas não me apetece ler o que estou a ler. Tenho vários livros iniciados há... há demasiado tempo. Quero ler outros e não estes. Mas não há money, euricos, cascalho para os comprar. E não me apetece ir à biblioteca. Ando a evitá-la. O raio da GNR e afins andam sempre lá caídos, em controlos. Tenho os documentos em ordem, mas dá-me frio na espinha só de os ver.
Então não leio.
Regresso à ilha das ideias.
Com licença. Vou ali inventar uma filosofia.
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