Morcheeba - Otherwise.
Adoro o início. Ah!, se eu soubesse música poria a pauta aqui. As colcheias e semicolcheias são, hoje, parte de uma língua ignorada a cujos segredos me permitiram acesso apenas por dois anos. Depois acabou. Não percebo porque acabaram com a música (Educação Musical? Já nem me lembro do nome da disciplina...) e mantiveram as aulas de matemática...
(Porra para a lógica economo-materialista.)
Passemos à escrita.
Escrever à mão ou a computador? Qual o método preferencial?
Adopte aquele em que se sinta mais à vontade. Confortável. Agora, por exemplo, escrevo à mão. Depois deixo ficar o texto 'de molho'. Não lhe toco por um bocado. Daqui a umas horas ou dias passo-o a computador, aproveitando o maravilhoso recurso do Word: o corrector, hehe... A seguir copio-o e coloco-o na área de edição do Blogger. Copy & Paste, fazer dois ou três cliques e voilá!
/me in awe
Prefiro escrever à mão porque escrevo melhor assim. Noto. Outros escreverão um português sem falhas, escorreito, ao teclado do Pc. Óptimo. Ainda bem. Não sendo esse o meu caso, prefiro o método manual ao mecanográfico, embora seja (comparando) lento.
Mas dá-me espaço para reflectir. Por vezes no início da frase penso no fim da mesma quando, dois parágrafos antes, não teria a mínima pista, percebem? É um processo lento, mas com resultados razoáveis, eficazes, seguros. E regulares.
Para mim, sejamos claros.
Já escrevi livros a computador. São sempre os piores, embora um tenha sido publicado. A diferença reside no entusiasmo, na rapidez. Ao teclado eu vejo as imagens que se formam no cérebro e tento descrevê-las o mais rápido possível, antes que se esfumem e desapareçam. No teclado consigo apanhá-las todas . O que não me acontece quando escrevo à mão já que as imagens mudam, transformam-se. A+B não é igual a C. À mão é do género: A+ 322 a dividir por redondas cornucópias menos sabão e cinco pijamas é igual a iguanas transexuais. No computador consigo acompanhar toda a sequência de pensamentos antes que se convertam noutra coisa, topam?
Dantes fazia dois tipos de livros: o livro 'a sério', escrito à mão. Pensado, meditado; e o livro 'para me divertir' era feito a computador. Era o livro para eu brincar. Divertir-me. Gozar. (Nota para eventuais brasileiros que cheguem ao blog por engano/proposta irrecusável dum gajo italiano: este termo aqui em Portugal tem outro significado, ok! Lol.) Eram construídos sem plano, nem mesmo básico. O máximo que fazia era anotar uma cena gira que surgisse (mesmo tendo só duas linhas) e ir escrevendo a partir dela o que me viesse à cabeça.
Já não faço livros desses. Já não escrevo a computador tais livros. Há imenso tempo que não escrevo um livro todo maluco só por pura diversão. O facto não me causa sentimentos negativos. É que prefiro escrever manualmente, dedicar-me a sério a uma obra de cada vez. Pensá-la.
Ah. Ia-me esquecendo.
Escrever a teclado. Rescrever tudo à mão. Tornar a passar a computador (modificando aqui e além algumas coisas). Fiz isto com 'A Fada dos Sonhos'. Deu um trabalho do Ca-Ra-Ças! Mesmo assim, não sou muito apologista das 'duas versões'. Escrever a primeira versão e depois escrever a segunda versão da obra. Comigo o método não funciona. Acho uma perda de tempo e, agora, não o aplicaria com tanto afinco como o apliquei n' "A Fada dos Sonhos". Não tenho pachorra. Prefiro 'gastar' o tempo de outra maneira: a pensar. A pensar na ligação entre os capítulos 8 e 9, por exemplo.
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