Os mestres Zen são famosos por sua irreverência. Eles chamam um ao outro de "desmiolado", as sagradas escrituras de "papel inútil" e o Budismo de "uma doença". As pinturas Zen retratam grandes mestres como ridículos e cômicos. Desse modo eles previnem que seus alunos os idolatrem como seres iluminados e os ajudam a perceber que devem buscar a iluminação sendo eles mesmos.
"Frequentemente os mestres Zen referiam-se uns aos outros como 'sacos de arroz velhos' e outros termos descorteses; não por inveja, mas porque isso os distraía de pensar que fossem considerados, pelos padrões comuns, especialmente sagrados. Eles perceberam que tudo é sagrado, até potes de comida e folhas secas caídas levadas pelo vento, e não há nada particulamente venerável acerca deles mesmos." - Alan Watts
- Timothy Freke: "Zen Palavra Básica", p. 60
Giro, não é?
Tentem pensar da mesma forma em relação não só à escrita, mas também em relação aos Grandes Autores, aos Consagrados. A 'falta de respeito' talvez nos dê acesso ao verdadeiro Respeito.
A Tua Verdade é única. Não vás à procura da Verdade nos outros. Nos Consagrados. Nos Grandes Autores. Se ele/a escreveu de determinada maneira, tal não se transforma irrevogavelmente em dogma. Quebra os dogmas. Dos outros. E os teus.
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