quarta-feira, junho 18, 2003

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Even the Universe feels

De amor e de morte - não se morre.
Tem-se a má sorte de viver...
de amor e de morte.
Batalha afogante (navega-se à bolina),
sal e sangue e sal rebentam nos pulmões,
cessa-se assim, termina-se a vida.
Mas de amor e de morte não se morre.
(Vai-se fluindo de mansinho para
fora da avenida...)
Formigas somos.
Como contabiliza o Universo os anos de um insecto?
Carregando miragens e cruzes, perseguindo fantasmáticas
luzes que desaparecem nas margens (de além-mar,
do ultramar, de Sebastiões caídos, de destinos grandes
que nunca tornam a tornar).
Quissesse o Universo acabar-se de amor e de morte!
De amor e de morte não morre.
Vai-se extinguindo devagarinho para fora
dos negros buracos infinitos.

(Até o Tecto de Tudo sente...)

2/2000


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