domingo, abril 30, 2006
sábado, abril 29, 2006
sexta-feira, abril 28, 2006
consideracoes
quinta-feira, abril 27, 2006
Um dia.
Hoje escrevi! Sobre as irmãs (víboras) da heroína! Era para ter sido uma entrevista, mas acabou por ser outra coisa. Desconfio que vou levar muito, mas mesmo Muito tempo até o livro estar acabado.
quarta-feira, abril 26, 2006
Quem está seguro de si não precisa de se defender tanto.
[Back to hiatus... faz de conta.]
semana
terça-feira, abril 25, 2006
caranguejo
ascendente em cancer portugal
Cancer Ascendant from the Cosmo Natal Report:
"You appear gentle and soft, and you act rather reserved with others until you know them well and feel it is safe to be open with them. You have a strong need for emotional security and a sense of belonging, and are deeply attached to the past: your heritage, roots, family, cherished friends, familiar places, etc. Making radical changes or moves away from what is known and safe can be very painful and difficult for you. You tend to cling and hold on to people, memories, possessions of personal or sentimental significance. Having a home, a safe haven, is very important to you.
You approach life emotionally and subjectively and are sensitive to the emotional atmosphere, the subtle undercurrents of feeling in and around you. Instinctive and non-rational, you are often unable to give a clear, simple explanation for your actions. Something FEELS right, or it doesn't.
Your emotions and personal loyalties tend to color your thoughts and opinions. You view life from a very personal perspective and often cannot mentally detach yourself from your own personal bias and prejudices. You are apt to be concerned primarily with how something affects you and those dear and close to you, rather than with the principle or the broader social implications. For instance, you may be very patriotic and feel that whatever "my country" does is right without really knowing much about the other nations' policies or point of view. Put simply: if it is good for me and mine, it is good. If it is not good for me and mine, it is no good.
You are tenaciously loyal, protective, and supportive of those you care about, and have a very strong nurturing, motherly nature (regardless of your gender). You empathize with others and intuitively sense the feelings and needs of other people. Compassionate and sympathetic, you are easily moved by others' pain, and you are often the one others seek out when they need comfort, reassurance, or help.
Your moods fluctuate and change frequently and you are sometimes open, sometimes withdrawn emotionally. You communicate nonverbally and appreciate a person who can pick up subtle cues and hints, rather than having to make everything explicit.
You never forget either kindness or unkindness shown to you."
Acho que este ascendente para Portugal faz mais sentido do que o ascendente Peixes.
Technorati Tags : Portugal, asc, ascendente, astrology, astrologia
cancer
segunda-feira, abril 24, 2006
Ontem tive a felicidade de queimar na salamandra (negra e rectangular, oferecida pelos meus pais) trinta e sete cartas de recusas de editoras recebidas ao longo dos anos. Não todas. Desconfio que guardei algumas no sotão.
Porque me livrei delas? Porque tinha as gavetas cheias e tinha de arranjar espaço para novas recusas.
Up in smoke. Trinta e sete. Uau. No total não sei quantas recebi. Não me apetece ir ao sotão desenterrar as restantes e contá-las.
Hoje: não escrevi/revi/reescrevi nada.
Because I'm lazy.
Corrijo: não é preguiça, é preguiça activa. Uso-a para pensar.
[O raio do Blogger hoje não publica... faltou-lhe o gasóleo?]
20 de Abril
Estou no 3º capítulo. Há dez. A rever. A revisar. A corrigir. Vou demorar uma data de tempo com isto. No fim pôr o manuscrito de parte, a descansar, e tornar a olhar para ele daqui a uns meses. Dois? Mais? Menos? We’ll see.
Notas a reter. Tenho feito pesquisa sobre como fazer a reescrita da primeira versão. Naturalmente as fontes são todas americanas e inglesas. Nada como os americanos para partilhar os segredos da profissão. They are givers. We are keepers. Of secrets. Os portugueses não partilham nada com ninguém que não pertença à sua “tribo”, seja ela de sangue, política ou clubística. Eis o segredo do nosso insucesso. Guardamos tudo, não damos nada, logo, os outros fazem o mesmo. Ou, para ser clara, se não damos não podemos receber porque a porta não está aberta. E quando a porta está aberta circula-se em ambos os sentidos.
Isto não é evidente?
Esconder, esconder, guardar, guardar. Eis a alma lusitana.
Não há fontes em português, pelo menos no Google, de como fazer a rescrita de um livro. Dicas. Bom, para dizer a verdade, nem me incomodei a procurar. Mas vou fazê-lo. Talvez esteja enganada desde a última vez em que pesquisei.
Os escritores portugueses não partilham aquilo que sabem.
Guardam o conhecimento de como aprenderam a escrever, os segredos técnicos do ofício, como o avaro guarda o dinheiro velho e engelhado debaixo do colchão gasto e mofado.
O que estou a fazer no momento? A ler e a corrigir erros gramaticais, a ver quais os termos que se repetem, a ir ao dicionário em busca de outros, a ver quando, na prosa, as palavras rimam e a trocar um vocábulo por outro para evitar isso. Às vezes leio alto para sentir o ritmo, as repetições, etc. Os erros apanham-se mais depressa. Vejo as palavras que estão ali a mais. Corto. Tento ser sucinta. Com o menor número de palavras o leitor vê a mesma imagem? Sim? Óptimo, então corta-se.
Mas isso ainda não é reescrita.
Isto sou eu a evitar fazer a verdadeira revisão que consiste em cortar grandes partes do texto quando não estão ali a fazer nada; a escrever novos capítulos para tornar mais explícito o carácter das personagens (através das suas acções denunciadoras do verdadeiro feitio, ao contrário das palavras que não passam de sacos de vento que ruem em segundos. Querem conhecer um homem? Julguem-no, conheçam-no pelo que faz, como actua); a desenvolver capítulos curtos em cenas (de modo as mostrar as pessoas a agir, pondo as imagens, as acções na cabeça dos leitores).
Exemplo: em vez de afirmar “era um menino de borgas pouco dado ao estudo” posso antes mostrar Fulano a levantar-se tarde depois de uma noitada, a atender o telefonema de uma amiga, a dizer aos pais que vai “à escola”, a ir ter com a amiga, a drogar-se com ela, a dirigir-se ao fim da tarde a um bar e a repetir a cena do dia anterior.
É o célebre “show don’t tell” dos escritores de língua inglesa. É uma boa regra, mas para mim difícil de aplicar porque sempre fui do género tell, tell, tell, show little. Pode mostrar-se muito do carácter das personagens com cenas não muito extensas. Posso dizer que a Sicrana é uma mentirosa compulsiva, mas esse traço peculiar é melhor demonstrado se a puser a mentir a quatro pessoas, umas a seguir às outras, em dois minutos. Também se chama a isto dramatizar ou encenar. Tenho pouca prática e portanto em vez de me dedicar ao trabalho a sério, fazer a real rewriting, concentro-me em pequenas emendas de ortografia e gramática. Preguiça e medo.
Os escritores portugueses, ou pelo menos aqueles que leio (e de quem oiço falar, mesmo que não tenha lido nada deles), praticam o tell, tell, tell. Posso estar enganada, mas penso que a maioria não mostra a acção. Estou? Por favor, se estiver, corrijam-me e dêem exemplos.
Esta é a minha primeira reescrita. Supostamente devia concluí-la em dois meses. ‘Tá bem abelha. Veremos. Leio autores estrangeiros que fazem sete, treze reescritas e pergunto-me se alguma vez atingirei esse nível de pachorra. Gostar das personagens que se criou é essencial, porque se não gostarmos não vamos querer passar muito tempo na sua companhia. Há uma data de coisas que sei sobre as minhas, mas não tornei claro na primeira versão.
Bem... back to... rewriting.
21 de Abril
Também não consegui encontrar nada em sites brasileiros sobre reescrita. Pensava eu que estavam mais próximos do processo americano do que do nosso, mas ao que parece enganei-me.
Os americanos explicam a mecânica das coisas, como se vai do ponto A para o ponto B. Nós escondemos os factos, a mecânica da vida, os processos. Não mostramos nada. Não revelamos nada. Não partilhamos nada. Daí se explica a profusão de poetas neste país porque a poesia não se explica. É legítimo esconder no poema. O poema é um véu coberto por outros véus e qualquer pessoa que o leia pode atribuir-lhe significados diferentes dos de outro indivíduo, cobrir esse poema com o seu véu. Alguém me explica como se faz um poema? A mecânica da coisa? E uma ponte?
A poesia pode ter imensos significados e não tem de se explicar porque é etérea, porque é “poesia” (ao contrário de uma ponte. Para ser desenhada e construída tem de aprender-se a fazê-lo primeiro, requer anos de estudo trabalho árduo).
Quem é que faz poemas? Quando é que são feitos?
Os jovens.
Na adolescência.
Sabendo que Portugal é um país de Poetas, chego à seguinte conclusão - Portugal é um país adolescente. Ainda não amadureceu. Talvez date de quinhentos anos a sua adolescência (ou recusa terminante em crescer, evoluir - facing adulthood). Mas nós, enquanto nação, enquanto pátria, vamos ser obrigados a crescer um dia. E aí a quantidade de poetas diminuirá abruptamente. Talvez a quantidade de romancistas cresça.
Um poema é fácil de fazer. Quantos poemas ocupam quatrocentas páginas? Quantos poemas há em cem mil palavras? Cem mil palavras podem ser a inteira obra de um único poeta consagrado. Daqueles traduzidos lá fora. A sua inteira produção. As primeiras cem mil palavras de um novelista, há quem diga um milhão, são sempre porcaria. Sempre. Nem me atrevo a contabilizar as palavras que já escrevi até hoje, desde que comecei a escrever a sério aos vinte e um anos. Tenho medo de ainda não ter atingido o milhão de palavras - o que significa que o que fiz até agora não tem nenhum valor. O bom nisto é que se evolui sempre.
Um poema não exige o trabalho de um romance (ou novela) de cinquenta mil palavras. Ou oitenta. Ou cem. Um romance é um projecto a longo prazo. Por mais que uma série de poemas (que podem compor um todo conexo) seja reescrito, isso não implica nem de longe o mesmo trabalho que dá reescrever um romance inteiro. Várias vezes.
Por isso é que eu não encontro informação em português sobre a reescrita. E pouquíssima ou nenhuma sobre escrita. Sobre “como escrever”, o processo. A mecânica. Porque dá trabalho, implica o dispêndio de muito tempo. É tarefa de fôlego.
Permanecemos na adolescência, enquanto nação, não partilhamos o pouco que sabemos com os outros.
Vemos essa adolescência flagrante no comportamento dos nossos governantes. Deputados que, apanhados em falta, rejeitam as suas responsabilidades em vez de, honradamente, reconhecerem que se comportaram mal e devem ser punidos.
Quem é que faz isto? Os putos.
- Foi sem querer!
- O cão comeu o meu tpc!
- Doía-me a barriga!
Um verdadeiro adulto aceita as suas responsabilidades. Não dá desculpas.
E nós somos os mestres das desculpas, não é? O célebre “não há condições”.
Fraquíssimos níveis de auto-estima também têm o seu papel. O medo do falhanço. Público. Mas escrever um romance é falhar infinitamente aos olhos de toda a gente. Todos os romances são falhanços (li algures). O próximo vai melhor, we tell ourselves. Fail a little better li algures num site dedicado à escrita. Falhar um pouco melhor da próxima vez. Publicamente, porque não há outra maneira.
Os americanos são um imenso oceano, de correntes e contracorrentes, sempre vivo, a mexer-se, a renovar-se; os portugueses são como um lago estagnado.
[Hoje não revi nada.]
23 Abril
Estive a ler mais sobre escrita. Em blogs de escritores americanos, pois claro. Eles são muito lúcidos e extensivos nos seus pensamentos.
Li uma autora que me deu uma nova visão sobre o tema da encenação, sobre o “show, don’t tell”. Diz ela que tem de haver um equilíbrio. Que não é preciso mostrar tudo, que às vezes é melhor contar, para bem da narrativa.
Ah, isto faz sentido, pensei. Já não me sinto tão culpada por abusar no tell. É bom saber que não tenho de o eliminar.
Bom, vou ver um filme
[Escrever um romance é como participar numa maratona. Várias maratonas.]
[Escrever um poema é como participar numa corrida de cem metros.]
Prefiro as maratonas.
24 de Abril
Ontem não revi nada.
[BACK TO HIATUS]
come rain or sunshine
Senhor Bentley, tu hoje apareces em todo o lado!
- Sou ubíquo. E não me trates por tu que eu sou velhinho...
[teste teste]
being there
Senhor Bentley!!!!!! Como é que tu estás, pá?
- Muito enrabadinho.
Isso cura-se com aspirina.
- Não há do tamanho do meu olho do [censurado].
========
Já cá volto. Estou a terminar um texto para o postar aqui.
quinta-feira, abril 13, 2006
quarta-feira, abril 12, 2006
quotes
asking a lamp-post what it feels about dogs.
- John Osborne
DiaHistorico
DiaHistórico
Crise é tudo mentira, mercado aberto, abertíssimo, abertíssimo não seja parvo a culpa é vossa pergunta mais idiota claro que a culpa é de quem não produz nova rede direito ao crédito Bebamos chá e pensemos que a vida está aí ao lado a ladrar ordens imposições bem-estares A vida é porca A nora é uma velhaca vendida Não se dão ah pois é não se dão, os feitios são por demais os mesmos Achas? Ó, não acho eu outra coisa!
Coisas que aprendi ao longo dos anos de escrita (rufam os tambores) Rufam rufam Bom, sem cunhas não se faz nada e se não as têm estão lixados o nome é tudo basta ter sido gato-pingado na porra de um big brother qualquer e está feito o nome nome reconhecível
Breaking News
O Irão tem urânio enriquecido Idiota ditadorzinho idiota hoje 11 de Abril é um dia histórico para os ditadores imbecis do mundo burro todos os dias e mais o tipo tirou folgas time off e fez formação profissional pós-laboral para ganhar o Mestrado em Como Ser Ditador Estúpido em Dez Lições com brinde
[BBC World Live]
Bela desculpa os outros vão ter preocupam-me os pretextos e a direcção que o Irão toma vão bombardear-vos os cornos até não haver cornos para canhonear Lindo Bonito Sim senhor
Estava eu onde ah pois a escrita aprendizagem e tal O nome é importante porque vender livros é um negócio se não tiverem nomes ou cunhas sobra-vos the hard way: write like hell for years and years and hope for luck, sem sorte desconfio não se chega a parte nenhuma
Ah, mais uma bomba, mais uma explosão, Iraque, quantos morreram até agora?
Mais outra ditadurazinha em Itália Bonito Sim senhor Bonito
Eu sei que aprendi mais coisas mas de momento não recordo outras
Scusi Signora
[Free Writing Exercise for those among you whove just tuned in.]
O que eu gostava de saber e irei provavelmente perguntá-lo no fórum do Escreva! é: como querem que a vossa escrita evolua? Para onde querem que ela vá? Como gostariam que evoluísse? Whats your wildest dreams? Eu só quero ganhar o prémio Nobel, é isso e ter uma televisão com ecrã plasma Não peço muito só quero o mundo e depois as margens da galáxia e a posse das estrelas não quero muito portanto já que o nirvana me escapa desejo apenas o Resto
Hoje está um dia muito bonito e a bicicleta cantou já estou farta do 3 doors down ir à feira da ladra quiçá Sábado Domingo need new music vontade de ir roubar couves aos vizinhos mas era apanhada será que vendem? Se calhar não e devem ser mais caras inflacionários hehe couves alfaces cada casa sua horta ou bocados de terra-horta hip hip Turra
É verdade 11 de Abril é um dia histórico e o petróleo vai nos 69 dólares Quanto tempo até aos 100 dólares? Vai uma aposta ainda este ano, Novembro, Dezembro, anyone taking bets?
Mas hoje o céu está bonito e faz de conta que tudo vai bem no planeta e os glaciares não derretem.
Não derretem, os glaciares.
Dormem como nós.
segunda-feira, abril 10, 2006
msn
sábado, abril 08, 2006
lirios
- Quero uma caneca de terra - peço ao senhor Anselmo.
A andorinha, que falhou a migração, serve-me. Destruiram-lhe o ninho. Okupou o ninho das cegonhas (prevejo problemas com a lei, despejos lacrimejantes).
Dou vivas ao rei. Hi-hip. Turra.
Em casa durmo no tecto, sonho com cometas a viajarem no espaço. Sonho que sou um homem com três irmãos mais novos do que eu.
E de manhã o rádio desperta-me. Apronto-me.
No Metro a água está choca. Hoje a carruagem vai navegar lentamente e eu vou chegar atrasada.
Amanhã se me pagarem compro lírios para me aconchegar o pescoço.
faz de conta
Faz de conta que as árvores têm orelhas;
Faz de conta que o carro ruge como um elefante morto;
Faz de conta que os vícios são de ontem (faz de conta);
Faz de conta que nada disto é efémero e as paredes têm a eternidade do universo;
sexta-feira, abril 07, 2006
just for
done
quinta-feira, abril 06, 2006
quarta-feira, abril 05, 2006
Liquid Gold
Ou esperar talvez que as palavras me pesquem a mim.
E, por outro lado, hoje fui com o meu pai pescar aloé vera.
Não é a mesma coisa que salmão, mas em não havendo salmão...