terça-feira, março 31, 2009
Re-Post: poema
Evil
O que é a maldade?
É a flor negra A flor podre
A água viva estagnada
n'alma de quem vivo estando - morre
E sendo morto mata a
frágil flor branca da bondade
Fá-la minguar Estarrecer
ante a incompreensível iniquidade
O mal no seio de nós nasce
Entre nós cresce
Além de si lança raízes
e nos faz apodrecer
Flor preta Obscura
Maléfica Venenosa
Mentirosa Impura
Se a vires florir ante ti
esmaga-a na indiferença
E a descrença há-de matá-la, pôr-lhe fim
3/12/01
O que é a maldade?
É a flor negra A flor podre
A água viva estagnada
n'alma de quem vivo estando - morre
E sendo morto mata a
frágil flor branca da bondade
Fá-la minguar Estarrecer
ante a incompreensível iniquidade
O mal no seio de nós nasce
Entre nós cresce
Além de si lança raízes
e nos faz apodrecer
Flor preta Obscura
Maléfica Venenosa
Mentirosa Impura
Se a vires florir ante ti
esmaga-a na indiferença
E a descrença há-de matá-la, pôr-lhe fim
3/12/01
Re-Post: mais um poema
::Não sejas parvo, rapaz::
Para quê (para quê, para quê) tudo isto
se ando a ler Somerset Maugham e
compreendo tudo, tudo?
(O anavalhado livro está no fio...)
(Que óptima ideia - a biblioteca!)
Não sejas parvo, rapaz, há mais coisas além do céu, tantas que nem
Shakespeare (o que abana a espada) soube contar (enumerar, discriminar).
Ontem, perto do sopé da montanha, desceu-me um duende ao ouvido e disse:
"Ás vezes sei de coisas que nem sei como soube delas."
Espantei-me magnificamente. Os duendes nascem do céu! E têm questões filosóficas consigo! Os duendes, por Deus, os duendes!
E, por aqui, como vão as gentes absolutamente terrealizadas?
Vão desrealizando desrealizando-se na vida que se vive vivida.
O soberano e muy acumulado bom senso reina.
(Acumulamos coisas, não nos acumulamos a nós próprios, já repararam?)
Não sejas parvo, rapaz, não sejas parvo.
Há que realizar a total desrealização, proferem.
(Doce, doce inanidade...)
(Ando a ler o enchanted Heyst do Conrad... interessante, gosto.)
Gosto.
(O tipo é um barão sueco cavalheiro até à medula.)
(E depois há o Schomberg, a singular besta.)
Enfim, não se fale mais de mim.
Cale-se cale-se no morno mar a histeria do fim.
Que imbecilidade rapaz, a ler Conrad?!
O duende trambolhou montanha abaixo - um género de desporto radical - e num discreto sussurro disse:
"Às vezes sei de palavras que nem sei como soube delas.
Vêm-me, etéreas, poisar nas mãos porque as conservo
nuas, vazias e limpas."
(E 'tás praí especado a observar a folha branca e não compreendes que já acabou?)
(Vai-te embora. É fecho de emissão.)
Fechou.
1/2000
Para quê (para quê, para quê) tudo isto
se ando a ler Somerset Maugham e
compreendo tudo, tudo?
(O anavalhado livro está no fio...)
(Que óptima ideia - a biblioteca!)
Não sejas parvo, rapaz, há mais coisas além do céu, tantas que nem
Shakespeare (o que abana a espada) soube contar (enumerar, discriminar).
Ontem, perto do sopé da montanha, desceu-me um duende ao ouvido e disse:
"Ás vezes sei de coisas que nem sei como soube delas."
Espantei-me magnificamente. Os duendes nascem do céu! E têm questões filosóficas consigo! Os duendes, por Deus, os duendes!
E, por aqui, como vão as gentes absolutamente terrealizadas?
Vão desrealizando desrealizando-se na vida que se vive vivida.
O soberano e muy acumulado bom senso reina.
(Acumulamos coisas, não nos acumulamos a nós próprios, já repararam?)
Não sejas parvo, rapaz, não sejas parvo.
Há que realizar a total desrealização, proferem.
(Doce, doce inanidade...)
(Ando a ler o enchanted Heyst do Conrad... interessante, gosto.)
Gosto.
(O tipo é um barão sueco cavalheiro até à medula.)
(E depois há o Schomberg, a singular besta.)
Enfim, não se fale mais de mim.
Cale-se cale-se no morno mar a histeria do fim.
Que imbecilidade rapaz, a ler Conrad?!
O duende trambolhou montanha abaixo - um género de desporto radical - e num discreto sussurro disse:
"Às vezes sei de palavras que nem sei como soube delas.
Vêm-me, etéreas, poisar nas mãos porque as conservo
nuas, vazias e limpas."
(E 'tás praí especado a observar a folha branca e não compreendes que já acabou?)
(Vai-te embora. É fecho de emissão.)
Fechou.
1/2000
segunda-feira, março 30, 2009
Re-Post: uma série de poemas
NÃO ME APETECE ESCREVER
Não me apetece escrever, hoje.
Não, hoje não me apetece Nada escrever.
Por isso não vou escrever, pronto.
Não escrevo, pronto.
Já disse, não escrevo!
Ninguém me poderá obrigar a escrever,
se eu não quero. Muito menos a caneta
com que escrevo as palavras que não
quero escrever - compreendem?
Está tudo dito - não escreverei!
*
Já disse, hoje não escrevo!
Que maçada...Não! Odeio ter de me repetir.
Quantas vezes terei de dizer que hoje, hoje,
hoje, Não Escrevo?!?
4/96
IT RAINS NOT
(Tenho saudades da chuva.)
"Tenho saudades de ti a ter saudades da chuva."
(Tenho medo que a chuva parta para donde
não sinta as saudades que sinto dela.)
Encostamos os dois a cara e
enleamos os cabelos na mão de cada um...
e eu digo:
"Tenho medo que um dia esqueças as saudades
que eu tive de ti a ter saudades da chuva;
que me esqueças o temor que senti por ti,
temendo a partida da chuva para lá do sítio
onde as saudades inda se sentem."
E depois o silêncio sobreveio a tudo,
até ao barulho das águas a cair sobre o telhado.
3/99
ACHA
Vem de mim a espada
Vem de mim o tecto, o iludido luto
Da dor funesta que findou
Na mentira do outro
Vem a mim a certeza
Acesa
Da perene canalhice
Macha
Amor é foda
Não é afecto de espírito
Não é comunhão em dois
Amor é a roda rodando do Rito
É o que nunca vem depois
da findada paixão a acha.
MEU AMOR
Se houvesse coisa que eu quisesse
que fosse amor meu que ma desse
Se eu, acaso, gostasse de cortinas de folhos
que meu amante para mim as tecesse
São verdes, seus belos olhos
e por eles me perdia, se ele me tentasse
Mas é meu amor que, por mim, se perde
e me deseja todos os sonhos
a que eu tentado
esteja
ou sonhasse
1/96
Não me apetece escrever, hoje.
Não, hoje não me apetece Nada escrever.
Por isso não vou escrever, pronto.
Não escrevo, pronto.
Já disse, não escrevo!
Ninguém me poderá obrigar a escrever,
se eu não quero. Muito menos a caneta
com que escrevo as palavras que não
quero escrever - compreendem?
Está tudo dito - não escreverei!
*
Já disse, hoje não escrevo!
Que maçada...Não! Odeio ter de me repetir.
Quantas vezes terei de dizer que hoje, hoje,
hoje, Não Escrevo?!?
4/96
IT RAINS NOT
(Tenho saudades da chuva.)
"Tenho saudades de ti a ter saudades da chuva."
(Tenho medo que a chuva parta para donde
não sinta as saudades que sinto dela.)
Encostamos os dois a cara e
enleamos os cabelos na mão de cada um...
e eu digo:
"Tenho medo que um dia esqueças as saudades
que eu tive de ti a ter saudades da chuva;
que me esqueças o temor que senti por ti,
temendo a partida da chuva para lá do sítio
onde as saudades inda se sentem."
E depois o silêncio sobreveio a tudo,
até ao barulho das águas a cair sobre o telhado.
3/99
ACHA
Vem de mim a espada
Vem de mim o tecto, o iludido luto
Da dor funesta que findou
Na mentira do outro
Vem a mim a certeza
Acesa
Da perene canalhice
Macha
Amor é foda
Não é afecto de espírito
Não é comunhão em dois
Amor é a roda rodando do Rito
É o que nunca vem depois
da findada paixão a acha.
MEU AMOR
Se houvesse coisa que eu quisesse
que fosse amor meu que ma desse
Se eu, acaso, gostasse de cortinas de folhos
que meu amante para mim as tecesse
São verdes, seus belos olhos
e por eles me perdia, se ele me tentasse
Mas é meu amor que, por mim, se perde
e me deseja todos os sonhos
a que eu tentado
esteja
ou sonhasse
1/96
Carta do Dia: 10 de espadas
10 de Espadas
Momento decisivo!
O 10 de Espadas emerge como arcano de conselho neste momento de sua vida, Agata, sugerindo que é chegada a hora de agir de maneira decisiva, ainda que cortante e antipática, para resolver as confusões e solucionar as questões. A oportunidade para colocar um ponto final nas questões que tanto lhe incomodam surgirá. Não a desperdice “tendo pena” dos outros. Faça o que deve ser feito e assim evitará dores maiores, não apenas para si, como também para os outros. Nesse momento, quando mais você se preocupar em ter uma imagem boazinha, pior será para todos. A despeito do que pregam as disciplinas esotéricas, muitas vezes é fundamental agir de uma forma cortante, a fim de que os problemas não piorem.
Conselho: Um pouco de impiedade pode ser o bisturi que faz a diferença numa cirurgia em que um problema é extirpado.
Estranho: eu hoje sonhei com 3 cartas - a Morte, outra que não me lembro (cavaleiro de alguma coisa) e o 12 de espadas. Ora o 12 de espadas em tarot não existe. Essa carta mostrava uma cidade a ser bombardeada por meteoritos ou algo parecido.
Re-post: Conto
(Publicado originalmente a 19.10.02)
Há quem os pare?
Qu’isto no parir não há ajuda que valhe ou deixe de valer. Salete, parturiente em final de estação, semeou descendência Lisboa abaixo, com a força de um tsunami japonês. Começou a desovar na Avenida da República, antes de conseguir entrar no Metro. Empurraram-na, aos gritos, para um táxi de cor creme e condutor moreno, o bigode russo devido ao tabaco. A mulher tentou refrear-se, mas o puto sai a mil à hora seguido de cinco dezenas de irmãos. O taxista pôs-se a milhas e a mulher seguiu parindo Avenida da Liberdade adiante, os filhos, que num alvoroço de membros, placenta e sangue iam aos atropelos derrubando viaturas, árvores, pessoas, cães vadios, pombos, gaivotas e semáforos.
No Rossio Salete arremeteu a deusa Eileithya, deidade maternal descida do Olimpo cujo frustrado propósito era prestar auxílio à puérpera. A parição extrema foi qual terramoto, derribando Lisboa até atingir o Carmo e a Trindade. Centenas de recém-nascidos submergiram a Brasileira e levaram de enxurrada o poeta Camões.
Na investida apocalíptica um transeunte, espavorido, pôs-se aos berros:
- Pare! Pare! Pare!
- Calem-me este gajo! – guinchou outro, devorado no aluvião de bebézinhos esperneantes, cobertos em placenta e sangue e a chorar como almas perdidas.
Salete, quando cai ao Tejo, aos revoluteios colina abaixo em imortal trabalho de parto, interroga-se como é que o cornudo do marido lhe fez um disparate destes.
Logo o marido.
Não podia ter sido antes o corno do amante?
(Já lá dizia o sábio da minha terra, copofone com as cotas em dia, depois de uma berzundela em cima: “No que toca a parir não há quem nos pare!”)
[Um conto que foi recusado por uma revista. Publico-o aqui.]
Há quem os pare?
Qu’isto no parir não há ajuda que valhe ou deixe de valer. Salete, parturiente em final de estação, semeou descendência Lisboa abaixo, com a força de um tsunami japonês. Começou a desovar na Avenida da República, antes de conseguir entrar no Metro. Empurraram-na, aos gritos, para um táxi de cor creme e condutor moreno, o bigode russo devido ao tabaco. A mulher tentou refrear-se, mas o puto sai a mil à hora seguido de cinco dezenas de irmãos. O taxista pôs-se a milhas e a mulher seguiu parindo Avenida da Liberdade adiante, os filhos, que num alvoroço de membros, placenta e sangue iam aos atropelos derrubando viaturas, árvores, pessoas, cães vadios, pombos, gaivotas e semáforos.
No Rossio Salete arremeteu a deusa Eileithya, deidade maternal descida do Olimpo cujo frustrado propósito era prestar auxílio à puérpera. A parição extrema foi qual terramoto, derribando Lisboa até atingir o Carmo e a Trindade. Centenas de recém-nascidos submergiram a Brasileira e levaram de enxurrada o poeta Camões.
Na investida apocalíptica um transeunte, espavorido, pôs-se aos berros:
- Pare! Pare! Pare!
- Calem-me este gajo! – guinchou outro, devorado no aluvião de bebézinhos esperneantes, cobertos em placenta e sangue e a chorar como almas perdidas.
Salete, quando cai ao Tejo, aos revoluteios colina abaixo em imortal trabalho de parto, interroga-se como é que o cornudo do marido lhe fez um disparate destes.
Logo o marido.
Não podia ter sido antes o corno do amante?
(Já lá dizia o sábio da minha terra, copofone com as cotas em dia, depois de uma berzundela em cima: “No que toca a parir não há quem nos pare!”)
[Um conto que foi recusado por uma revista. Publico-o aqui.]
domingo, março 29, 2009
Re-Post: Conselhos...
(Originalmente publicado a 24.07.02)
:: Conselhos para quem quer escrever ::
Leia. Leia. Leia. Escreva. Escreva. Escreva. Leia. Escreva. Escreva. Leia. Faça amor. Faça empadão no forno. Faça amizades. Faça amores. Perfeitos. Escreva. Leia. Rasgue livros. Coma livros. Escreva. Escreva. Faça caldeirada (uma camada de batatas, outra de cebolas, outra de peixe, pimentos, tomate, repita). Faça um disparate. Roube as histórias da família e amigos, descaradamente. (“Como tiveste a coragem de contar o que eu te disse só a ti em confidência?!”) Leia. Leia. Leia. Escreva. Perca amigos. Ganhe úlceras. Dê-lhe nomes, como Josefina. Escreva. Perca amizades. Faça amor. Escreva. Ganhe solidão. Ganhe o martírio da escrita. Leia. Leia. Leia. Faça pudim de ovos. Torta de laranja. Um bolo de anos. E leia e escreva e leia. Minta. Verseje. Narre. Relate. Fabule. Invente. Enamore-se. Fall out of love (cair fora de amor… expressão singela). Não escreva de pijama. Roube um cego. Engane um sério. Leia Henry Miller (mas pare antes de enjoar). Escreva de pijama. Um dia ainda hei-de escrever nua. Agora escrevo de pé. Leia. Leia. Escreva. Escreva. Start a fire. Start a game. Ponha fim à conversa para ir escrever. Faça mousse. Engorde. Devore livros. Mande à merda os que consideram, têm por ab-so-lu-to que escrever não é trabalho nem emprego, “é hobbie de fim-de-semana de quem não tem nada para fazer”. E leia. LEIA. L E I A! Mas escreva. Escreva mais, escreva menos, escreva acima de tudo. Ao fim de tudo. Até ao Entrudo... escreva, narre, relate, chicoteie, minta. Omita, misture, retire, embrulhe. A estória. Às fatias. (Escreva de bermudas às bolinhas amarelas.) E escreva. Faça chá de cidreira. Chateie-se, aborreça-se, enerve-se. EU ESTOU A ESCREVER!, grite ao energúmeno que lhe pede “5 minutinhos do seu tempo”. Tal gentinha não percebe que cinco minutos perdidos de escrita são cinco séculos ganhos no inferno. Mas mesmo que lá vá parar, lembre-se: escreva. Livros é que lá hão de haver com fartura.
P.S.: Ignore tudo acima, excepto Escrever.
P.S2: Coma farturas. Nhamm!
:: Conselhos para quem quer escrever ::
Leia. Leia. Leia. Escreva. Escreva. Escreva. Leia. Escreva. Escreva. Leia. Faça amor. Faça empadão no forno. Faça amizades. Faça amores. Perfeitos. Escreva. Leia. Rasgue livros. Coma livros. Escreva. Escreva. Faça caldeirada (uma camada de batatas, outra de cebolas, outra de peixe, pimentos, tomate, repita). Faça um disparate. Roube as histórias da família e amigos, descaradamente. (“Como tiveste a coragem de contar o que eu te disse só a ti em confidência?!”) Leia. Leia. Leia. Escreva. Perca amigos. Ganhe úlceras. Dê-lhe nomes, como Josefina. Escreva. Perca amizades. Faça amor. Escreva. Ganhe solidão. Ganhe o martírio da escrita. Leia. Leia. Leia. Faça pudim de ovos. Torta de laranja. Um bolo de anos. E leia e escreva e leia. Minta. Verseje. Narre. Relate. Fabule. Invente. Enamore-se. Fall out of love (cair fora de amor… expressão singela). Não escreva de pijama. Roube um cego. Engane um sério. Leia Henry Miller (mas pare antes de enjoar). Escreva de pijama. Um dia ainda hei-de escrever nua. Agora escrevo de pé. Leia. Leia. Escreva. Escreva. Start a fire. Start a game. Ponha fim à conversa para ir escrever. Faça mousse. Engorde. Devore livros. Mande à merda os que consideram, têm por ab-so-lu-to que escrever não é trabalho nem emprego, “é hobbie de fim-de-semana de quem não tem nada para fazer”. E leia. LEIA. L E I A! Mas escreva. Escreva mais, escreva menos, escreva acima de tudo. Ao fim de tudo. Até ao Entrudo... escreva, narre, relate, chicoteie, minta. Omita, misture, retire, embrulhe. A estória. Às fatias. (Escreva de bermudas às bolinhas amarelas.) E escreva. Faça chá de cidreira. Chateie-se, aborreça-se, enerve-se. EU ESTOU A ESCREVER!, grite ao energúmeno que lhe pede “5 minutinhos do seu tempo”. Tal gentinha não percebe que cinco minutos perdidos de escrita são cinco séculos ganhos no inferno. Mas mesmo que lá vá parar, lembre-se: escreva. Livros é que lá hão de haver com fartura.
P.S.: Ignore tudo acima, excepto Escrever.
P.S2: Coma farturas. Nhamm!
sexta-feira, março 27, 2009
Re-Post: Candidato a Escritor
Outro texto revisitado.
(Originalmente publicado em Dezembro de 2005.)
O Candidato a Escritor
O candidato a escritor procura o guru que vive no cimo de uma alta montanha. O candidato, rapazote dos seus vinte e sete anos, vai ao topo em busca de conselho.
Como Ser Um Escritor.
O guru já está mais farto destes gajos, só os que não são escritores é que o procuram, os escritores mêmo à séria já sabem aquilo e não vão ter com ele de modo que não tem a companhia de semelhantes, mas de rapazotes de bibe, bebés de fralda e chupeta a dar a dar. Merdinha de vida.
- Como ser um escritor? - pergunta o rapazote e senta-se de pernas cruzadas à frente do velho de túnica encardida e barbas brancas labirínticas a atiçar o fogo.
“Lá vem outro cabrãozinho foder-me o juízo.”
- Simples - diz erguendo-se e andando à volta do lume e do rapazola, certamente gestor de uma merda qualquer, uma Empresa de renome cujo trabalho lhe ocupa dez, doze horas diárias, contando idas e voltas, e escreve “umas coisas” nos “tempos livres” ou, pior, nos “tempos mortos”.
- Pára de olhar para os outros. Começa a olhar para ti. Eu repito, Pára De Olhar Para Os Outros e olha para ti, para dentro de ti, para o interior, mesmo o centro da tua divina chama. A chama desperdiçada por deus ao dar-ta.
- Mas... - diz o rapaz, timidamente.
E depois embarca num longo discurso, com grandes gestos de mãos para acentuar a grandeza do que diz, melhor: para se associar à grandeza dos Antigos e Presentes, que cita. A voz altera-se, tem um vozear de quase homem quando fala nos Grandes Escritores da História, os gestos são de político de bancada. É isso mesmo o que ele é: político de bancada que se confina às palavras alheias e não passa ao acto de construir as suas. E o guru sabe porquê: por sabê-las menores, não merecem estar lado a lado com os Grandes Escritores da História (Antigos e Presentes, Antigos e Presentes). A sua menoridade insultaria a grandiosidade dos outros.
- A única coisa que insulta seja o que for, mas que primeiramente te insulta a ti é a falta de colhões, a falta de coragem - proclama o guru, os punhos atrás das costas, recordando os passos de bailado do último combate de pugilismo a que assistiu pela tv cabo.
- Mas os Grandes, os Grandes! Como escrever depois deles! Como escapar à sua sombra! - objecta o moço, sorrindo com entusiasmo. “Estás mesmo com vontadinha de lhes escapar à sombra, nota-se.”
- Simples: não há sombra. Não há sombra - diz o guru ao baixar-se.
- Não seria melhor esperar - diz o rapaz, confuso e deixando de sorrir - que eu cresça e viva mais? Não terei de Viver e Aprender mais?
- Uma criança pode tornar-se escritor porque já experimentou um leque dilatado de emoções humanas – explica. - Concentra-te nos sentimentos, toca a alma dos leitores como se tocasses um violino, manipula-os, fá-los chorar e rir, odiar e amar, ter pena, compaixão, inveja, ciúme. São barro nas tuas mãos.
- Mas... - começa o rapazote, todavia cala-se e olha as pedras, os gestos grandiloquentes mortos, as mãos, mudas e pálidas, moribundas no colo. São longas e brancas, de tocar piano. Um desses rapazotes que, à beira dos trinta, têm ainda vivas as certezas adolescentes só nas coisas erradas. Apuraram-nas. Têm grandes discussões sobre os Grandes Autores da Actualidade, de Portugal, do Mundo, sentem-se menos do que os Outros, perguntam-se como poderão alguma vez escrever se os Outros já escreveram Tudo? São Medíocres, absolutamente medíocres, Thot, o deus da escrita egípcio, devia erradicá-los da terra cada vez que tentam construir a frase perfeita. O melhor é esperar mais um tempo, viver mais, ser Maduro, aguardar a Inspiração a meio da noite, sim, ou de manhã quando o despertador os acorda a meio de um sonho. Esperar, esperar, sobretudo não escrever nesse interregno de espera. Um Escritor faz-se nas Esperas da Não Escrita, pensam os rapazolas com pretensões literárias. E depois, na pausa sabática que lhes durará a inteira vida, fazem o corte e a costura dos Outros, os Menores, os que se Atreveram a Escrever Apesar de Medíocres! Como podem conspurcar a terra com tais livros? Eu só leio os clássicos, anunciam num trejeito de desprezo e talvez tentem fumar o charuto enquanto o dizem porque há uma aura literata no fumo abençoado do charuto. E com auras, ambientes de certo tipo, tudo passa, tudo passa. Como pode alguém ter a coragem de ser medíocre?!, perguntam-se, atarantados, numa confusão mental de formigas sem antenas, e um pouco ressentidos.
- A mediocridade conduz à excelência, meu estafermo - explica o guru num sorriso de quase ternura, mas o que ele quer é morder-lhe, morder-lhe o pescoço até escorrer sangue e a seguir gritar: Dói? Escreve sobre isso! Ler-lhe-à os pensamentos?, espanta-se o rapazote. Talvez leia, quem sabe.
Do esgoto nasce a flor. É o rancor, a inveja que os leva a criticar? Como te atreves Tu a ter coragem?! Logo Tu, um Irrelevante! A coragem é reservada a corajosos! (Como a água e o ar são reservados aos melhores? Como os direitos são reservados só a alguns?) Não sentimos todos? Não temos todos a necessidade de nos expressar de modo criativo? Se apenas os Melhores pudessem fazê-lo então não haveria nada, não haveria Arte, não existiriam no mundo livros, quadros, esculturas, música, dança, cinema que nos elevassem a alma, nos elevassem a alma até ao Panteão Divino, o sítio escondido que murcha na labuta da vida quotidiana, trabalho-casa-trabalho, escola-casa-escola, escola-casa-trabalho-casa. E devemos essa elevação aos Medíocres! Porque se atreveram, porque se atrevem, porque arrogantemente se atrevem. Uma estátua aos medíocres já.
- Mas... - contrapõe e leva logo um murro nos queixos.
- Queres saber a Verdade, cabrãozinho? - diz o guru num sorriso cínico a mostrar os dentes e a acariciar os nós dos punhos como as meninas acariciam o cabelo das bonecas. - E logo tu a queres conhecer! Como Te Atreves A Querer Saber A Verdade?! - a voz ribomba como a de um deus fodidinho de todo, alguém lhe cortou a vez na bicha ou furou-lhe os pneus. - Não há verdade a não ser a tua! - revela a tremer as bochechas escondidas nas barbas sujas e emaranhadas. - Como é que eu te posso dizer a verdade se só tu a podes descobrir?! Duques, só me saem duques! Idiotas que me questionam sobre maçãs quando só tenho pêras para oferecer! Queres que te facilite a vidinha, é? Que te desvende a verdade quando essa é a tua missão. A tua verdade é a tua verdade, a tua verdade não é a dos outros; a tua escrita, o modo como se desenrola, o modo como se desprende da ponta do lápis, o modo como se evola, é a tua escrita e Não Tem Nada A Ver Com A Escrita Alheia.
(Entretanto dois chapadões na cara do fedelho, fedelho de vinte e sete anos é certo, mas tomemos em atenção que apenas fedelhos colocam tais questões imbecis. Merece os dois chapadões. Para acordar. Para ouvir.)
- Deus só quer a tua verdade, está-se a lixar para a dos outros, ele já a tem, quer a tua, não entendes? A tua verdade pode ser pequena, medíocre, risível, isso não importa. Os medíocres de hoje são os excelentes de amanhã. Vós, rapazolas ignorantes, que tanto admiram os grandes actuais admirariam a sua vulgaridade antiga? - ri-se. - Então não. São magníficos porque persistiram na loucura, na mediocridade, na mediania, na sua escassa excelência. Porque se voltaram e olharam para dentro, para a chama, e tentaram expressá-la, torná-la visível ao exterior, partilhá-la com os demais. E os outros por vezes são como tu: críticos ambulantes. Críticos que exigem hoje a excelência em todas as ocasiões, atribuíssemos nós o poder aos críticos e exigiriam de crianças a impecável escrita de novo “Guerra e Paz”, de outro “O Nome da Rosa”. A bem da mediocridade há que ignorar os outros. A bem da literatura há que ignorá-los de todas as formas possíveis, a cada dia inventar nova forma de não lhes passar cartucho.
- Mas... - e leva um murro no estômago. O jovenzeco dobra-se, agarrado à barriga de dentes cerrados, toca com a testa no chão. O guru (quer ver a Fórmula 1 e despachar isto) segura nas lapelas do casaco e levanta-o.
- Sujei-te o fatinho, foi? Fica de pé, não te sentes.
O guru inicia uma dança à volta dele e da fogueira enquanto diz:
- Segue o teu caminho que fazes caminhando. O teu caminho é feito por ti. A cada passo abres nova brecha da estrada que antes não existia. Tu és o teu caminho, não olhes para os outros, segue-te a ti, a Arte resolve-se a ela própria e sempre no futuro. a Arte nunca se resolve no presente. O teu trabalho é expressares o fogo que tens dentro. Só isso. Sobretudo trabalhar muito e com tremendo entusiasmo porque esse entusiasmo É o fogo.
O guru pára, arregala os olhos e grita:
- Trabalhar bastante e com grande entusiasmo! Segue entusiasticamente a chama que tens dentro. - Acalma-se, baixa a cabeça, tem pouco tempo para estas merdas, a fogueira está quase a apagar-se e ele sem cavacas ali à mão. - Escreve aquilo que te incendeia, segue as personagens que te magnetizam, o que farão elas a seguir?, segue-as com fascínio e admiração. Segue-as de tal modo que ao fim de um mês a escrever desenvolvas uma tendinite. Se não conseguires ficar longe delas e as folhas voarem à tua frente, então, meu menino, tens um livro. E congratulo-te. Permite que o teu entusiasmo te consuma, te conduza, te inflame, essa paixão vai guiar-te para além da mediocridade, para o sucesso, mas sucesso, olarilas, sucesso aos teus olhos. O sucesso que sentes ao pegar no teu livro, feito terminado, revisto, e pensar de olhos luminosos: sim, eu compraria este livro! E é verdade. Fogo. O fogo, a paixão e muito muito trabalho. Trabalho perene, constante, rotineiro. O trabalho está para a escrita como a pressão da terra para o carvão: um conduz à literatura, outro ao diamante.
Dá-lhe um pontapé no rabo, o jovem aceita submisso. Desfere-lhe murraças na cara que apara com os braços erguidos. O nariz incha e o sangue suja o fato.
- Trabalha com este pensamento: que se foda a qualidade. Primeiro serei medíocre! Serei absolutamente medíocre e regozijarei com isso. Trabalha com este pensamento: vou ser verdadeiro, despir-me à frente do público, mas isso não é o que te assusta, pois não? O que vos assusta a todos é despirem-se, ficarem nus à frente de vós mesmos! Terem de lidar com a vossa verdade e os vossos sentimentos! Irás também magoar os outros. É necessário que magoes os outros.
«Lembra-te: dilacera os outros, paspalho! Quê, desejas ser escritor de sucesso, ou mero escritor, Sem solidão?! Não se faz, meu menino, a casa não gasta disso. Ah, queres ser amado... logo vi que eras desses... amado... visita as putas e paga o privilégio. Não serás amado enquanto escritor. Não é isso que importa. Não é esse o fim último. Custa-te estar só e escrever? Também a mim me custa muita coisa, custa-me levantar cedo de manhã e receber carrada atrás de carrada de meninos de bibe como tu, que discutem Política, Cultura, Arte e Cinema como adultos, mas não têm sequer a coragem das crianças, a coragem e a curiosidade que as leva a experimentar coisas inéditas. Inimagináveis. Tens medo dos outros? Ainda?! Há bom remédio: escreve e esconde. Isso é bom. Escreve e mostra, isso também é bom. Não há diferença final entre uma e outra escrita, só diferença de método. Método de agir após a escrita. Não duvides: há por aí muito escritor que não sente necessidade de revelar a sua obra, escreve para si, esconde, retorna a antigos livros feitos, relê-os, gosta, detesta, corrige, não corrige, tem uma arca cheia de livros, eu não duvido da sua existência. Estes escritores existem. O resto, o que vem depois não lhes interessa para nada. Podem até queimar as obras antes da morte e, descendo o caixão à terra, serão cadáveres felizes por apenas eles terem lido esses livros desconhecidos. Ignorados. Invisíveis. Ah, existem sim, mas infelizmente nunca me procuram. São ariscos como gatos no escuro da noite, corremos no seu encalço e deparamo-nos com sombras. Tu, óbvio, não és um deles.
- Mas... a... a Arte Superior... - murmura em vozinha de rato de ombros encolhidos e rosto desviado.
O guru agarra-lhe o cabelo com força e puxa-o, puxa-o. Exclama, furioso:
- Que se coza a arte superior! Puta que a pariu! A arte resolve-se a ela mesma e nunca no presente, já to disse, porra!
Arremete-o contra a parede de rocha e o corpo mole escorrega para o chão.
- Chazinho, chazinho de camomila é do que eu preciso, para os nervos - diz, a bufar pelo nariz.
O rapazinho remete-se à posição fetal. Tem o fato rasgado. O guru fica longos momentos em silêncio, de olhos cerrados. Depois enche os pulmões e repete:
- O que os outros vão pensar, a qualidade, a arte, ficar para a história, ser imortal, não ser medíocre, tudo isso é insignificante. Não tens nada a ver com os outros, escreve para ti primariamente, unicamente, se há leitor a que tens de satisfazer primeiro esse leitor és tu, o teu entusiasmo e gosto vão-se comunicar aos outros. Não podes fingir. Nota-se. Não mintas. Vê-se.
Mas ele vê que há ideias remanescentes naquela cabecinha de amendoim. E os prémios? Então e os prémios.
- Ai, ai... - o guru abana a cabeça. Tem a fúria de um fole esvaziado. - Sucesso é um livro continuar a ser lido daqui a cem anos, não para o nome do autor viver, mas para que os seus sentimentos sejam revividos pelo leitor, como se olhasse para uma foto e as pessoas saíssem do interior. O pior de todos os prémios é o Nobel. É maneira de dizer “Podes parar de escrever”. Dizer isso a um escritor é pedir a um peixe que deixe de usar as guelras para respirar. Os verdadeiros escritores têm pesadelos tenebrosos com o Nobel. Não o querem receber. Agora vai-te lá embora.
- Mas...
- Tu é que explicas a escrita a ti próprio, ninguém o faz por ti. Burro, burro. E com isto as corridas de carros vão a meio.
O candidato a escritor desce atabalhoadamente a encosta. No caminho cruza-se com outro, sorridente, de fato e gravata e com um corte de cabelo assim à foda-se.
(Originalmente publicado em Dezembro de 2005.)
O Candidato a Escritor
O candidato a escritor procura o guru que vive no cimo de uma alta montanha. O candidato, rapazote dos seus vinte e sete anos, vai ao topo em busca de conselho.
Como Ser Um Escritor.
O guru já está mais farto destes gajos, só os que não são escritores é que o procuram, os escritores mêmo à séria já sabem aquilo e não vão ter com ele de modo que não tem a companhia de semelhantes, mas de rapazotes de bibe, bebés de fralda e chupeta a dar a dar. Merdinha de vida.
- Como ser um escritor? - pergunta o rapazote e senta-se de pernas cruzadas à frente do velho de túnica encardida e barbas brancas labirínticas a atiçar o fogo.
“Lá vem outro cabrãozinho foder-me o juízo.”
- Simples - diz erguendo-se e andando à volta do lume e do rapazola, certamente gestor de uma merda qualquer, uma Empresa de renome cujo trabalho lhe ocupa dez, doze horas diárias, contando idas e voltas, e escreve “umas coisas” nos “tempos livres” ou, pior, nos “tempos mortos”.
- Pára de olhar para os outros. Começa a olhar para ti. Eu repito, Pára De Olhar Para Os Outros e olha para ti, para dentro de ti, para o interior, mesmo o centro da tua divina chama. A chama desperdiçada por deus ao dar-ta.
- Mas... - diz o rapaz, timidamente.
E depois embarca num longo discurso, com grandes gestos de mãos para acentuar a grandeza do que diz, melhor: para se associar à grandeza dos Antigos e Presentes, que cita. A voz altera-se, tem um vozear de quase homem quando fala nos Grandes Escritores da História, os gestos são de político de bancada. É isso mesmo o que ele é: político de bancada que se confina às palavras alheias e não passa ao acto de construir as suas. E o guru sabe porquê: por sabê-las menores, não merecem estar lado a lado com os Grandes Escritores da História (Antigos e Presentes, Antigos e Presentes). A sua menoridade insultaria a grandiosidade dos outros.
- A única coisa que insulta seja o que for, mas que primeiramente te insulta a ti é a falta de colhões, a falta de coragem - proclama o guru, os punhos atrás das costas, recordando os passos de bailado do último combate de pugilismo a que assistiu pela tv cabo.
- Mas os Grandes, os Grandes! Como escrever depois deles! Como escapar à sua sombra! - objecta o moço, sorrindo com entusiasmo. “Estás mesmo com vontadinha de lhes escapar à sombra, nota-se.”
- Simples: não há sombra. Não há sombra - diz o guru ao baixar-se.
- Não seria melhor esperar - diz o rapaz, confuso e deixando de sorrir - que eu cresça e viva mais? Não terei de Viver e Aprender mais?
- Uma criança pode tornar-se escritor porque já experimentou um leque dilatado de emoções humanas – explica. - Concentra-te nos sentimentos, toca a alma dos leitores como se tocasses um violino, manipula-os, fá-los chorar e rir, odiar e amar, ter pena, compaixão, inveja, ciúme. São barro nas tuas mãos.
- Mas... - começa o rapazote, todavia cala-se e olha as pedras, os gestos grandiloquentes mortos, as mãos, mudas e pálidas, moribundas no colo. São longas e brancas, de tocar piano. Um desses rapazotes que, à beira dos trinta, têm ainda vivas as certezas adolescentes só nas coisas erradas. Apuraram-nas. Têm grandes discussões sobre os Grandes Autores da Actualidade, de Portugal, do Mundo, sentem-se menos do que os Outros, perguntam-se como poderão alguma vez escrever se os Outros já escreveram Tudo? São Medíocres, absolutamente medíocres, Thot, o deus da escrita egípcio, devia erradicá-los da terra cada vez que tentam construir a frase perfeita. O melhor é esperar mais um tempo, viver mais, ser Maduro, aguardar a Inspiração a meio da noite, sim, ou de manhã quando o despertador os acorda a meio de um sonho. Esperar, esperar, sobretudo não escrever nesse interregno de espera. Um Escritor faz-se nas Esperas da Não Escrita, pensam os rapazolas com pretensões literárias. E depois, na pausa sabática que lhes durará a inteira vida, fazem o corte e a costura dos Outros, os Menores, os que se Atreveram a Escrever Apesar de Medíocres! Como podem conspurcar a terra com tais livros? Eu só leio os clássicos, anunciam num trejeito de desprezo e talvez tentem fumar o charuto enquanto o dizem porque há uma aura literata no fumo abençoado do charuto. E com auras, ambientes de certo tipo, tudo passa, tudo passa. Como pode alguém ter a coragem de ser medíocre?!, perguntam-se, atarantados, numa confusão mental de formigas sem antenas, e um pouco ressentidos.
- A mediocridade conduz à excelência, meu estafermo - explica o guru num sorriso de quase ternura, mas o que ele quer é morder-lhe, morder-lhe o pescoço até escorrer sangue e a seguir gritar: Dói? Escreve sobre isso! Ler-lhe-à os pensamentos?, espanta-se o rapazote. Talvez leia, quem sabe.
Do esgoto nasce a flor. É o rancor, a inveja que os leva a criticar? Como te atreves Tu a ter coragem?! Logo Tu, um Irrelevante! A coragem é reservada a corajosos! (Como a água e o ar são reservados aos melhores? Como os direitos são reservados só a alguns?) Não sentimos todos? Não temos todos a necessidade de nos expressar de modo criativo? Se apenas os Melhores pudessem fazê-lo então não haveria nada, não haveria Arte, não existiriam no mundo livros, quadros, esculturas, música, dança, cinema que nos elevassem a alma, nos elevassem a alma até ao Panteão Divino, o sítio escondido que murcha na labuta da vida quotidiana, trabalho-casa-trabalho, escola-casa-escola, escola-casa-trabalho-casa. E devemos essa elevação aos Medíocres! Porque se atreveram, porque se atrevem, porque arrogantemente se atrevem. Uma estátua aos medíocres já.
- Mas... - contrapõe e leva logo um murro nos queixos.
- Queres saber a Verdade, cabrãozinho? - diz o guru num sorriso cínico a mostrar os dentes e a acariciar os nós dos punhos como as meninas acariciam o cabelo das bonecas. - E logo tu a queres conhecer! Como Te Atreves A Querer Saber A Verdade?! - a voz ribomba como a de um deus fodidinho de todo, alguém lhe cortou a vez na bicha ou furou-lhe os pneus. - Não há verdade a não ser a tua! - revela a tremer as bochechas escondidas nas barbas sujas e emaranhadas. - Como é que eu te posso dizer a verdade se só tu a podes descobrir?! Duques, só me saem duques! Idiotas que me questionam sobre maçãs quando só tenho pêras para oferecer! Queres que te facilite a vidinha, é? Que te desvende a verdade quando essa é a tua missão. A tua verdade é a tua verdade, a tua verdade não é a dos outros; a tua escrita, o modo como se desenrola, o modo como se desprende da ponta do lápis, o modo como se evola, é a tua escrita e Não Tem Nada A Ver Com A Escrita Alheia.
(Entretanto dois chapadões na cara do fedelho, fedelho de vinte e sete anos é certo, mas tomemos em atenção que apenas fedelhos colocam tais questões imbecis. Merece os dois chapadões. Para acordar. Para ouvir.)
- Deus só quer a tua verdade, está-se a lixar para a dos outros, ele já a tem, quer a tua, não entendes? A tua verdade pode ser pequena, medíocre, risível, isso não importa. Os medíocres de hoje são os excelentes de amanhã. Vós, rapazolas ignorantes, que tanto admiram os grandes actuais admirariam a sua vulgaridade antiga? - ri-se. - Então não. São magníficos porque persistiram na loucura, na mediocridade, na mediania, na sua escassa excelência. Porque se voltaram e olharam para dentro, para a chama, e tentaram expressá-la, torná-la visível ao exterior, partilhá-la com os demais. E os outros por vezes são como tu: críticos ambulantes. Críticos que exigem hoje a excelência em todas as ocasiões, atribuíssemos nós o poder aos críticos e exigiriam de crianças a impecável escrita de novo “Guerra e Paz”, de outro “O Nome da Rosa”. A bem da mediocridade há que ignorar os outros. A bem da literatura há que ignorá-los de todas as formas possíveis, a cada dia inventar nova forma de não lhes passar cartucho.
- Mas... - e leva um murro no estômago. O jovenzeco dobra-se, agarrado à barriga de dentes cerrados, toca com a testa no chão. O guru (quer ver a Fórmula 1 e despachar isto) segura nas lapelas do casaco e levanta-o.
- Sujei-te o fatinho, foi? Fica de pé, não te sentes.
O guru inicia uma dança à volta dele e da fogueira enquanto diz:
- Segue o teu caminho que fazes caminhando. O teu caminho é feito por ti. A cada passo abres nova brecha da estrada que antes não existia. Tu és o teu caminho, não olhes para os outros, segue-te a ti, a Arte resolve-se a ela própria e sempre no futuro. a Arte nunca se resolve no presente. O teu trabalho é expressares o fogo que tens dentro. Só isso. Sobretudo trabalhar muito e com tremendo entusiasmo porque esse entusiasmo É o fogo.
O guru pára, arregala os olhos e grita:
- Trabalhar bastante e com grande entusiasmo! Segue entusiasticamente a chama que tens dentro. - Acalma-se, baixa a cabeça, tem pouco tempo para estas merdas, a fogueira está quase a apagar-se e ele sem cavacas ali à mão. - Escreve aquilo que te incendeia, segue as personagens que te magnetizam, o que farão elas a seguir?, segue-as com fascínio e admiração. Segue-as de tal modo que ao fim de um mês a escrever desenvolvas uma tendinite. Se não conseguires ficar longe delas e as folhas voarem à tua frente, então, meu menino, tens um livro. E congratulo-te. Permite que o teu entusiasmo te consuma, te conduza, te inflame, essa paixão vai guiar-te para além da mediocridade, para o sucesso, mas sucesso, olarilas, sucesso aos teus olhos. O sucesso que sentes ao pegar no teu livro, feito terminado, revisto, e pensar de olhos luminosos: sim, eu compraria este livro! E é verdade. Fogo. O fogo, a paixão e muito muito trabalho. Trabalho perene, constante, rotineiro. O trabalho está para a escrita como a pressão da terra para o carvão: um conduz à literatura, outro ao diamante.
Dá-lhe um pontapé no rabo, o jovem aceita submisso. Desfere-lhe murraças na cara que apara com os braços erguidos. O nariz incha e o sangue suja o fato.
- Trabalha com este pensamento: que se foda a qualidade. Primeiro serei medíocre! Serei absolutamente medíocre e regozijarei com isso. Trabalha com este pensamento: vou ser verdadeiro, despir-me à frente do público, mas isso não é o que te assusta, pois não? O que vos assusta a todos é despirem-se, ficarem nus à frente de vós mesmos! Terem de lidar com a vossa verdade e os vossos sentimentos! Irás também magoar os outros. É necessário que magoes os outros.
«Lembra-te: dilacera os outros, paspalho! Quê, desejas ser escritor de sucesso, ou mero escritor, Sem solidão?! Não se faz, meu menino, a casa não gasta disso. Ah, queres ser amado... logo vi que eras desses... amado... visita as putas e paga o privilégio. Não serás amado enquanto escritor. Não é isso que importa. Não é esse o fim último. Custa-te estar só e escrever? Também a mim me custa muita coisa, custa-me levantar cedo de manhã e receber carrada atrás de carrada de meninos de bibe como tu, que discutem Política, Cultura, Arte e Cinema como adultos, mas não têm sequer a coragem das crianças, a coragem e a curiosidade que as leva a experimentar coisas inéditas. Inimagináveis. Tens medo dos outros? Ainda?! Há bom remédio: escreve e esconde. Isso é bom. Escreve e mostra, isso também é bom. Não há diferença final entre uma e outra escrita, só diferença de método. Método de agir após a escrita. Não duvides: há por aí muito escritor que não sente necessidade de revelar a sua obra, escreve para si, esconde, retorna a antigos livros feitos, relê-os, gosta, detesta, corrige, não corrige, tem uma arca cheia de livros, eu não duvido da sua existência. Estes escritores existem. O resto, o que vem depois não lhes interessa para nada. Podem até queimar as obras antes da morte e, descendo o caixão à terra, serão cadáveres felizes por apenas eles terem lido esses livros desconhecidos. Ignorados. Invisíveis. Ah, existem sim, mas infelizmente nunca me procuram. São ariscos como gatos no escuro da noite, corremos no seu encalço e deparamo-nos com sombras. Tu, óbvio, não és um deles.
- Mas... a... a Arte Superior... - murmura em vozinha de rato de ombros encolhidos e rosto desviado.
O guru agarra-lhe o cabelo com força e puxa-o, puxa-o. Exclama, furioso:
- Que se coza a arte superior! Puta que a pariu! A arte resolve-se a ela mesma e nunca no presente, já to disse, porra!
Arremete-o contra a parede de rocha e o corpo mole escorrega para o chão.
- Chazinho, chazinho de camomila é do que eu preciso, para os nervos - diz, a bufar pelo nariz.
O rapazinho remete-se à posição fetal. Tem o fato rasgado. O guru fica longos momentos em silêncio, de olhos cerrados. Depois enche os pulmões e repete:
- O que os outros vão pensar, a qualidade, a arte, ficar para a história, ser imortal, não ser medíocre, tudo isso é insignificante. Não tens nada a ver com os outros, escreve para ti primariamente, unicamente, se há leitor a que tens de satisfazer primeiro esse leitor és tu, o teu entusiasmo e gosto vão-se comunicar aos outros. Não podes fingir. Nota-se. Não mintas. Vê-se.
Mas ele vê que há ideias remanescentes naquela cabecinha de amendoim. E os prémios? Então e os prémios.
- Ai, ai... - o guru abana a cabeça. Tem a fúria de um fole esvaziado. - Sucesso é um livro continuar a ser lido daqui a cem anos, não para o nome do autor viver, mas para que os seus sentimentos sejam revividos pelo leitor, como se olhasse para uma foto e as pessoas saíssem do interior. O pior de todos os prémios é o Nobel. É maneira de dizer “Podes parar de escrever”. Dizer isso a um escritor é pedir a um peixe que deixe de usar as guelras para respirar. Os verdadeiros escritores têm pesadelos tenebrosos com o Nobel. Não o querem receber. Agora vai-te lá embora.
- Mas...
- Tu é que explicas a escrita a ti próprio, ninguém o faz por ti. Burro, burro. E com isto as corridas de carros vão a meio.
O candidato a escritor desce atabalhoadamente a encosta. No caminho cruza-se com outro, sorridente, de fato e gravata e com um corte de cabelo assim à foda-se.
quinta-feira, março 26, 2009
Outro poema revisitado: Alice
(Originalmente publicado a 6.06.08.)
Não Acordes
Não acordes, Alice, esse coelho da cartola que ele pode beliscar-te e roubar os flamingos à Rainha. E ela corta-te a cabeça se não jogar croquet.
A rainha e o gato às vezes riem, mas de maneira diferente. O riso da rainha não é invisível e o gato pode dispensar o corpo inteiro quando sorri.
Não acordes, Alice, o jogo e lentamente adormece e lentamente adormece ao som da minha voz doce, cálida e lânguida. Terna como a chávena de chá quente.
Eu quero descobrir o que há debaixo desses folhos, Alice. Bebe o chá, Alice, e faz de conta que a mão que te amarinha perna acima é um navio a navegar o mar preguiçoso cheio de Sol.
6.06.08
Não Acordes
Não acordes, Alice, esse coelho da cartola que ele pode beliscar-te e roubar os flamingos à Rainha. E ela corta-te a cabeça se não jogar croquet.
A rainha e o gato às vezes riem, mas de maneira diferente. O riso da rainha não é invisível e o gato pode dispensar o corpo inteiro quando sorri.
Não acordes, Alice, o jogo e lentamente adormece e lentamente adormece ao som da minha voz doce, cálida e lânguida. Terna como a chávena de chá quente.
Eu quero descobrir o que há debaixo desses folhos, Alice. Bebe o chá, Alice, e faz de conta que a mão que te amarinha perna acima é um navio a navegar o mar preguiçoso cheio de Sol.
6.06.08
Poema Revisitado
Pode não parecer, mas é um poema
Pudesse eu ser tudo aquilo que não sou, ser da matéria das marés, dos bosques; pudesse eternamente entreter-me nos bosques como um sátiro, um delicioso sátiro, com pés de sátiro, corpo de sátiro e tronco humano; um sátiro a beber as flores do caminho, a esmagar as flores amarelas nas mãos, a comê-las às colheradas; um sátiro a fazer amor com as árvores e elas, envergonhadas, a gemerem baixinho, baixinho para não incomodar as ervas, o sono das ervas, o nobre sono das ervas; um sátiro com pés de cabra, pés de cavalo, pés de besta; um gordo sátiro a espumar de resina no ventre cavalar; um sátiro sem esperma porque os sátiros, procriando, fazem-no com o hálito, os olhos, as mãos (os meus sim).
Pudesse eu ser da matéria de um mar seco, engelhado, velho, absolutamente gasto, idoso, mau, rosnento, ladrando insultos aos rios; um mar que cobriu a terra e depois a terra expulsou-o para longe, muito longe, longe longe.
Pudesse a juventude dos bosques pertencer-me como pertence aos sátiros e a velhice de oceanos secos ser minha, minha, minha.
Pudesse eu ser jovem e tudo e ser velha e nada; quero um ódio imenso a escapar-me das unhas e um amor a quebrar-me a pele. À marretada.
Quero embrulhar-me num novelo de tudo e espremer, burilar a essência do homem do mundo do tempo do ser.
27 Janeiro’06
Pudesse eu ser tudo aquilo que não sou, ser da matéria das marés, dos bosques; pudesse eternamente entreter-me nos bosques como um sátiro, um delicioso sátiro, com pés de sátiro, corpo de sátiro e tronco humano; um sátiro a beber as flores do caminho, a esmagar as flores amarelas nas mãos, a comê-las às colheradas; um sátiro a fazer amor com as árvores e elas, envergonhadas, a gemerem baixinho, baixinho para não incomodar as ervas, o sono das ervas, o nobre sono das ervas; um sátiro com pés de cabra, pés de cavalo, pés de besta; um gordo sátiro a espumar de resina no ventre cavalar; um sátiro sem esperma porque os sátiros, procriando, fazem-no com o hálito, os olhos, as mãos (os meus sim).
Pudesse eu ser da matéria de um mar seco, engelhado, velho, absolutamente gasto, idoso, mau, rosnento, ladrando insultos aos rios; um mar que cobriu a terra e depois a terra expulsou-o para longe, muito longe, longe longe.
Pudesse a juventude dos bosques pertencer-me como pertence aos sátiros e a velhice de oceanos secos ser minha, minha, minha.
Pudesse eu ser jovem e tudo e ser velha e nada; quero um ódio imenso a escapar-me das unhas e um amor a quebrar-me a pele. À marretada.
Quero embrulhar-me num novelo de tudo e espremer, burilar a essência do homem do mundo do tempo do ser.
27 Janeiro’06
quarta-feira, março 25, 2009
dreams dreams dreams
No outro dia sonhei com o meu primo C. No meu sonho ele estava bem.
Ultimamente também ando a ter uns sonhos um pouco estranhos: um em que via nuvens ameaçadoras no horizonte, muito negras, uma tempestade aproximava-se; e outro, hoje, em que havia inundações.
Ultimamente também ando a ter uns sonhos um pouco estranhos: um em que via nuvens ameaçadoras no horizonte, muito negras, uma tempestade aproximava-se; e outro, hoje, em que havia inundações.
domingo, março 22, 2009
sábado, março 21, 2009
Júpiter Retrógado -2-
Jupiter Retrograde
* has doubts about what they deserve and so ...
* finds it easy to settle for crumbs
* feels superior in some way inside
* abundance is felt on the inside
* looks inside for answers to religious questions
Jupiter represents the principles of expansion, gambling, speculation, luck, opportunities, optimism, abundance, travel, higher education, teaching, religion and philosophy. Approximately four months a year, this planet slips into retrograde. When it does, you are likely to see its influence roll through your life and society around you. Plans have a tendency to implode. Jupiter retrograde influences us internally to look within to seek new meanings. You may find you can best use these opportunities to revaluate your life and reach new levels of awareness and understanding.
If Jupiter is retrograde in your natal chart, you have a very rich internal life. You actually make your own luck. Abundance is felt within as you search the world looking to discover truth and develop a broader philosophy of life and living. At the same time, you may feel hesitant about involving yourself to deeply in others affairs or sharing your views out of a concern for being thought so different that you may be cast out by public opinion. Speculations may not bring you all the external rewards you seek, but each time you take a chance, your adventures allow you to gain from a wide variety of experiences. You must remain open and honest with yourself in order to expand your spirituality and allow your inner voice to guide you.
Mais retrógados aqui:
http://www.skyviewzone.com/astrology/retrogradeplanets.htm#toprx
Neptuno
Tenho-o natalmente em quadratura com o MC (carreira). Fiz pesquisa na net e o significado:
Júpiter, também retrógado como este Neptuno, por seu lado rege a casa 2, a do dinheirinho... estou a tentar compôr uma imagem mental disto: é como se estes dois planetas retrógados fossem fundamentais para o correcto desenvolvimento das minhas ambições terrenas, que terão de ter algo a ver com o mundo espiritual. Não posso ter um trabalho só para fazer dinheiro e me manter (o meu caso presente - há sempre aquela necessidade premente de Comer Todos os Dias e tal :-/ ).
É engraçado - Neptuno rege também a casa 5 (a da criatividade, da nossa expressão criativa): a minha auto-expressão criativa estará de algum modo associada à carreira, mas terá de ser ao serviço de algo maior do que as minhas ambições a nível terreno? (Tipo: escrever e vender milhões de livros worldwide, lol. Ai, era bom.) Escrita ao serviço dos outros? Escrita "espiritual" de algum modo?
Estou a "desnudar-me", lol. E para que essa carreira, ou essa mudança de trabalho ocorra, primeiro terá de haver um grande trabalho interno meu, a nível de valores morais e espirituais? Primeiro tenho de descobrir quem eu sou (moralmente, socialmente, espiritualmente) e só depois é que... a minha carreira muda de algum modo, mais de acordo com o meu ser interno?
(Se calhar devia começar mesmo a meditar todos os dias.)
Bom, estou a usar-me como um exemplo. Se alguém tem outros pode colocá-los no guestbook.
Indecision and confusion over your ambitions or direction
in life may hold you back from achieving anything solid,
especially in your early life. You're very much a dreamer and
your interests and inclinations may not translate very readily
into concrete goals. Personal glory or accomplishment can never
be your sole motivation or drive in life. Ministering to others
in some way may be your calling, however. Or you could use your
dreamy, imaginative energies in creative ways -- the arts, music
or entertainment field.
Júpiter, também retrógado como este Neptuno, por seu lado rege a casa 2, a do dinheirinho... estou a tentar compôr uma imagem mental disto: é como se estes dois planetas retrógados fossem fundamentais para o correcto desenvolvimento das minhas ambições terrenas, que terão de ter algo a ver com o mundo espiritual. Não posso ter um trabalho só para fazer dinheiro e me manter (o meu caso presente - há sempre aquela necessidade premente de Comer Todos os Dias e tal :-/ ).
É engraçado - Neptuno rege também a casa 5 (a da criatividade, da nossa expressão criativa): a minha auto-expressão criativa estará de algum modo associada à carreira, mas terá de ser ao serviço de algo maior do que as minhas ambições a nível terreno? (Tipo: escrever e vender milhões de livros worldwide, lol. Ai, era bom.) Escrita ao serviço dos outros? Escrita "espiritual" de algum modo?
Estou a "desnudar-me", lol. E para que essa carreira, ou essa mudança de trabalho ocorra, primeiro terá de haver um grande trabalho interno meu, a nível de valores morais e espirituais? Primeiro tenho de descobrir quem eu sou (moralmente, socialmente, espiritualmente) e só depois é que... a minha carreira muda de algum modo, mais de acordo com o meu ser interno?
(Se calhar devia começar mesmo a meditar todos os dias.)
Bom, estou a usar-me como um exemplo. Se alguém tem outros pode colocá-los no guestbook.
Júpiter Retrógado
Já percebi, mais ou menos, o meu, o seu significado. Júpiter directo tem a ver com interacção social. Como o tenho retrógado já entendi porque é que nunca gostei de grandes reuniões sociais, de festas, de "estabelecer ligações sociais" com o intuito de usá-las mais tarde em benefício próprio. Acho isso hipócrita, falso, e não tem nada a ver com os meus valores mais internos. A minha ética é outra: eu vou estar com pessoas que me interessam por si próprias e não com outras que me podem fazer avançar de algum modo a carreira. Não sou uma "borboleta social" (Balança). Detesto isso.
E é por isso que o Sr. Bentley nem chegou aos 600 exemplares vendidos - porque eu não tinha essas ligações, nunca me dei ao trabalho de as construir. (Júpiter na casa 3, a da escrita.)
Também tenho a minha ética muito própria e sei instintivamente o que é certo e o que é errado - é quase como que uma "moral instintiva", diria. Sei o que é moralmente certo - através do instinto, espero estar a fazer-me entender.
Outra coisa: tenho Neptuno retrógado. Será que a função dele é ajudar-me a encontrar Deus, o Divino, o transcendental, Dentro de mim? Daí o meu percurso até ao momento actual em termos de crenças: crente-ateia-agnóstica.
Continuo agnóstica e intensamente em busca do divino, do que está além. Essa é a minha grande missão nesta vida.
Acho engraçado o facto da missão de alguns ser a de, por exemplo, procurar o amor (em termos românticos, a "alma gémea"), na forma de outro ser individual. Eu, por meu lado, estou à procura de Deus. (Agora pareci um pouco presunçosa, lol. Desculpem :p)
Tenho de passar a ir a mais palestras de astrologia.
E é por isso que o Sr. Bentley nem chegou aos 600 exemplares vendidos - porque eu não tinha essas ligações, nunca me dei ao trabalho de as construir. (Júpiter na casa 3, a da escrita.)
Também tenho a minha ética muito própria e sei instintivamente o que é certo e o que é errado - é quase como que uma "moral instintiva", diria. Sei o que é moralmente certo - através do instinto, espero estar a fazer-me entender.
Outra coisa: tenho Neptuno retrógado. Será que a função dele é ajudar-me a encontrar Deus, o Divino, o transcendental, Dentro de mim? Daí o meu percurso até ao momento actual em termos de crenças: crente-ateia-agnóstica.
Continuo agnóstica e intensamente em busca do divino, do que está além. Essa é a minha grande missão nesta vida.
Acho engraçado o facto da missão de alguns ser a de, por exemplo, procurar o amor (em termos românticos, a "alma gémea"), na forma de outro ser individual. Eu, por meu lado, estou à procura de Deus. (Agora pareci um pouco presunçosa, lol. Desculpem :p)
Tenho de passar a ir a mais palestras de astrologia.
Ontem
Ontem fui a uma palestra de astrologia sobre planetas retrógados. Gostei. Tirei de lá algumas pérolas, coisas que não sabia e que, no momento em que as ouvi, fizeram todo o sentido para mim.
Havia montes de gente, a maioria mulheres. Foi no Quíron, que fica na Baixa.
Aliás, eu nem sabia que as Livrarias (pelo menos a Bertrand) estavam abertas às 21h30! Às 23h, quando aquilo acabou, ou muito me engano ou outra livraria perto estava ainda aberta!
Montes de gente na rua, montes de turistas. Imensos espanhóis (a gente tem que se pôr a pau, eles estão a preprarar alguma :p, lol).
Havia montes de gente, a maioria mulheres. Foi no Quíron, que fica na Baixa.
Aliás, eu nem sabia que as Livrarias (pelo menos a Bertrand) estavam abertas às 21h30! Às 23h, quando aquilo acabou, ou muito me engano ou outra livraria perto estava ainda aberta!
Montes de gente na rua, montes de turistas. Imensos espanhóis (a gente tem que se pôr a pau, eles estão a preprarar alguma :p, lol).
sexta-feira, março 20, 2009
lâmpadas economizadoras
Parece que fazem mal à saúde 0_O
Oh cum caraças, pá, o que é eu uso então?!
'Tão a acabar com as outras!
http://www.emfsolutions.ca/compact_flourescent_bulbs_are_dangerous.htm
Oh cum caraças, pá, o que é eu uso então?!
'Tão a acabar com as outras!
http://www.emfsolutions.ca/compact_flourescent_bulbs_are_dangerous.htm
Isto é MUITO interessante!
Uma das minhas ETERNAS perguntas:
A resposta aqui:
http://www.introtomeditation.com/oneness.html
Mais perguntas e respostas da mesma natureza aqui:
http://www.introtomeditation.com/resources.html
(E mais outro link: http://ambafrance-do.org/meditation/54716.php)
How can I believe in evolution if I have always been here and always will be here? Deep down a voice whispers 'What's the point?', which I don't want to hear. Evolution and Infinity seem to cancel each other out.
If everything exists all the time how can evolution move 'forward'?
A resposta aqui:
http://www.introtomeditation.com/oneness.html
Mais perguntas e respostas da mesma natureza aqui:
http://www.introtomeditation.com/resources.html
(E mais outro link: http://ambafrance-do.org/meditation/54716.php)
Uma série de coisas
- No outro dia acordei com um melro em casa, tinha eu todas as janelas e portas fechadas, o pássaro só podia ter caído pela chaminé (eu oiço-os às vezes no ninho). Era adulto. Deixei-o sair para a rua. Estava um pouco atrapalhado e com medo.
- Hoje foi giro no job: lá para as 4h e tal começa o alarme de incêndio a tocar que nem doido e... FICOU TODA A GENTE SENTADA E NINGUÉM SAIU.
Ok, ouviram-me? Fui perguntar à chefe - não se passa nada; perguntei ao colega de apoio - isto aqui é normal.
Pois, normalíssimo. Podíamos morrer todos que nem frangos no churrasco que NÃO SE PASSA NADA, CARALHO.
É que não se passa mesmo.
Uma colega, que já lá está há 7 anos, disse-me que a última vez em que foram todos evacuados foi quando a C****, uma empresa ao lado, recebeu uma ameaça de bomba.
Eu própria lembro-me que, no início, em 2007, houve outra ameaça de bomba, mas desta vez mesmo para a nossa empresa e, claro, NINGUÉM SAIU.
Aquilo ali trabalha-se sempre, catano.
(Essa mesma colega, e isto já não tem nada a ver com estas coisas de trabalho, disse-me, quando lhe perguntei sobre o marido, o seguinte: mandei-o pastar. Achei a expressão o máximo.)
Agora fáxavor - vá vocemessê pastar, lol.
Ou: Vá Vosacelência Pastar!
Com o alarme em pano de fundo eu recusei-me a atender. Era uma barulheira desenfreada, pá, nem dava para ouvir os clientes. Além do mais: estava com cagunfa (é assim que se diz?). Enfim: medinho. Então aquela merda toca e NINGUÉM SE PÕE NA ALHETA?!?!?!?!?!
Devem 'tar masé a gozar com a nossa cara.
Ainda work related:
- há muito pouco trabalho ultimamente, menos chamadas. Já ando a apanhar avarias quando praticamente só as apanhava aos Domingos. Avarias é fácil, são chamadas muito rápidas, que se despacham.
Um colega, vejam lá, Proposeram-lhe que ficasse um dia em casa! Ele tinha "horas a haver" e juntas, perfaziam um dia - de modo que vai ter (ele e outros na mesma situação) um fim-de-semana com 3 dias. Epázes, fiquei roída de inBeja! :p (Uma coisa muito feia.)
É que as minhas horas trabalhadas a mais são sempre todas a pagar. Porque, geralmente, se tenho "horas a haver" não tenho muita certeza se as posso usar quando eu preciso delas, percebem.
Eish, acabei de assinar contrato como efectiva, ainda me põem no olho da rua por estar a contar aqui tudo isto. I hope not.
Não há chamadas porque... o tempo quente chegou e 'tá toda a malta na praia a gozar o solinho? Também há mais malta a atender. Mesmo assim. Epá, não percebo mesmo porque é diminuíram em volume. Teorias aceitam-se.
Bom, c'est tout.
- Hoje foi giro no job: lá para as 4h e tal começa o alarme de incêndio a tocar que nem doido e... FICOU TODA A GENTE SENTADA E NINGUÉM SAIU.
Ok, ouviram-me? Fui perguntar à chefe - não se passa nada; perguntei ao colega de apoio - isto aqui é normal.
Pois, normalíssimo. Podíamos morrer todos que nem frangos no churrasco que NÃO SE PASSA NADA, CARALHO.
É que não se passa mesmo.
Uma colega, que já lá está há 7 anos, disse-me que a última vez em que foram todos evacuados foi quando a C****, uma empresa ao lado, recebeu uma ameaça de bomba.
Eu própria lembro-me que, no início, em 2007, houve outra ameaça de bomba, mas desta vez mesmo para a nossa empresa e, claro, NINGUÉM SAIU.
Aquilo ali trabalha-se sempre, catano.
(Essa mesma colega, e isto já não tem nada a ver com estas coisas de trabalho, disse-me, quando lhe perguntei sobre o marido, o seguinte: mandei-o pastar. Achei a expressão o máximo.)
Agora fáxavor - vá vocemessê pastar, lol.
Ou: Vá Vosacelência Pastar!
Com o alarme em pano de fundo eu recusei-me a atender. Era uma barulheira desenfreada, pá, nem dava para ouvir os clientes. Além do mais: estava com cagunfa (é assim que se diz?). Enfim: medinho. Então aquela merda toca e NINGUÉM SE PÕE NA ALHETA?!?!?!?!?!
Devem 'tar masé a gozar com a nossa cara.
Ainda work related:
- há muito pouco trabalho ultimamente, menos chamadas. Já ando a apanhar avarias quando praticamente só as apanhava aos Domingos. Avarias é fácil, são chamadas muito rápidas, que se despacham.
Um colega, vejam lá, Proposeram-lhe que ficasse um dia em casa! Ele tinha "horas a haver" e juntas, perfaziam um dia - de modo que vai ter (ele e outros na mesma situação) um fim-de-semana com 3 dias. Epázes, fiquei roída de inBeja! :p (Uma coisa muito feia.)
É que as minhas horas trabalhadas a mais são sempre todas a pagar. Porque, geralmente, se tenho "horas a haver" não tenho muita certeza se as posso usar quando eu preciso delas, percebem.
Eish, acabei de assinar contrato como efectiva, ainda me põem no olho da rua por estar a contar aqui tudo isto. I hope not.
Não há chamadas porque... o tempo quente chegou e 'tá toda a malta na praia a gozar o solinho? Também há mais malta a atender. Mesmo assim. Epá, não percebo mesmo porque é diminuíram em volume. Teorias aceitam-se.
Bom, c'est tout.
quinta-feira, março 19, 2009
mais links
Sobre meditação. Porque estou OBCECADA.
http://www.meditationdna.com/blog/meditation/34/11-reasons-to-meditate-daily/
http://vitaljourney.org/2008/11/08/using-self-hypnosis-to-meditate-better/
http://web-us.com/brainwavesfunction.htm
(Sobre as ondas cerebrais, descrição.)
http://www.smh.com.au/news/People/Why-chilling-out-is-the-new-cool/2004/12/07/1102182289636.html
http://www.dailyom.com/
http://www.meditationtruth.com/creating-a-daily-meditation-practice/?navcat=7
http://www.meditationdna.com/blog/meditation/34/11-reasons-to-meditate-daily/
http://vitaljourney.org/2008/11/08/using-self-hypnosis-to-meditate-better/
http://web-us.com/brainwavesfunction.htm
(Sobre as ondas cerebrais, descrição.)
http://www.smh.com.au/news/People/Why-chilling-out-is-the-new-cool/2004/12/07/1102182289636.html
http://www.dailyom.com/
http://www.meditationtruth.com/creating-a-daily-meditation-practice/?navcat=7
quarta-feira, março 18, 2009
Se calhar...
... devia voltar a escrever. Se calhar devia fazer isto:
http://www.scriptfrenzy.org/
Não sei, logo se vê.
http://www.scriptfrenzy.org/
Não sei, logo se vê.
segunda-feira, março 16, 2009
sábado, março 14, 2009
sexta-feira, março 13, 2009
quinta-feira, março 12, 2009
O Senhor Etecetera
Olá kiduchos.
Bom, já não escrevo nada para o blog, assim, à séria, há demasiado tempo.
Deixo aqui um pequeno texto que já tinha escrito em Dezembro de 2008 e que é baseado num sonho que tive... já não me lembro quando, mas muito antes disso.
O SENHOR ETECETERA
Sonha com o senhor Etecetera, rapaz novo e aprumado, de cabelo negro de azeviche com risco ao lado. Usa suspensórios e camisa branca. Tem um sorriso jovem, aberto e cativante. No sorriso mostra toda a juventude e jovial alegria. É um rapaz com os seus vinte e poucos anos. É o senhor Etecetera que, sentado à secretária, a recebe sorrindo, dentro daquele quarto (será dele? Será dela?) e aponta para a máquina de escrever colocada em cima da secretária, num convite para começar a escrever de novo. Será um anjo, um espirito-guardião, um guia, este senhor Etecetera, que a recebe tão bem e a convida a retomar a escrita?
Ele olha directamente para ela e, ao seu lado, em cima da secretária, está a antiquada máquina de escrever, muito parecida com a primeira que teve, anos atrás. Era o oitavo ano e na altura servia para fazer trabalhos escolares. O senhor Etecetera é tão simpático, não força nada, não impõe – convida com uma jovial alegria. E de repente lembra-se de Júpiter, o Soberano Principal, o rei dos deuses.
Nunca mais tornou a sonhar com o senhor Etecetera, com os seus suspensórios e camisa branca, com o seu sorriso de inspiração e com a sua juventude, mas nunca mais esqueceu este senhor. Gostaria de voltar a sonhar com ele, mas se calhar os guias, ou deuses, só avisam uma vez do caminho a ser trilhado ou (re)tomado. Só uma vez os deuses nos visitam.
Bom, já não escrevo nada para o blog, assim, à séria, há demasiado tempo.
Deixo aqui um pequeno texto que já tinha escrito em Dezembro de 2008 e que é baseado num sonho que tive... já não me lembro quando, mas muito antes disso.
O SENHOR ETECETERA
Sonha com o senhor Etecetera, rapaz novo e aprumado, de cabelo negro de azeviche com risco ao lado. Usa suspensórios e camisa branca. Tem um sorriso jovem, aberto e cativante. No sorriso mostra toda a juventude e jovial alegria. É um rapaz com os seus vinte e poucos anos. É o senhor Etecetera que, sentado à secretária, a recebe sorrindo, dentro daquele quarto (será dele? Será dela?) e aponta para a máquina de escrever colocada em cima da secretária, num convite para começar a escrever de novo. Será um anjo, um espirito-guardião, um guia, este senhor Etecetera, que a recebe tão bem e a convida a retomar a escrita?
Ele olha directamente para ela e, ao seu lado, em cima da secretária, está a antiquada máquina de escrever, muito parecida com a primeira que teve, anos atrás. Era o oitavo ano e na altura servia para fazer trabalhos escolares. O senhor Etecetera é tão simpático, não força nada, não impõe – convida com uma jovial alegria. E de repente lembra-se de Júpiter, o Soberano Principal, o rei dos deuses.
Nunca mais tornou a sonhar com o senhor Etecetera, com os seus suspensórios e camisa branca, com o seu sorriso de inspiração e com a sua juventude, mas nunca mais esqueceu este senhor. Gostaria de voltar a sonhar com ele, mas se calhar os guias, ou deuses, só avisam uma vez do caminho a ser trilhado ou (re)tomado. Só uma vez os deuses nos visitam.
quarta-feira, março 11, 2009
sábado, março 07, 2009
E mais links
«This 108 day challenge offers an opportunity to look (yes, to simply look) at where we are in our desire to create the daily meditation habit. If we are ready to take action, it provides an opportunity (and a deadline) to do so.»
http://zenundertheskin.typepad.com/108days/
http://www.artofliving.org/intl/
http://zenundertheskin.typepad.com/108days/
http://www.artofliving.org/intl/
Meditação
Link interessante:
http://www.scribd.com/doc/9497062/Meditation-Gives-Brain-a-Charge
(Aparentemente a meditação modifica a própria estrutura física do cérebro.)
http://www.scribd.com/doc/9497062/Meditation-Gives-Brain-a-Charge
(Aparentemente a meditação modifica a própria estrutura física do cérebro.)
DANÇA
Every child has known God,
Not the God of names,
Not the God of don’ts,
Not the God who ever does
Anything weird,
But the God who knows only 4 words
And keeps repeating them, saying:
“Come Dance with Me.”
Come Dance.
—Hafiz (1320-1389)
(Sufi poetry)
Not the God of names,
Not the God of don’ts,
Not the God who ever does
Anything weird,
But the God who knows only 4 words
And keeps repeating them, saying:
“Come Dance with Me.”
Come Dance.
—Hafiz (1320-1389)
(Sufi poetry)
sexta-feira, março 06, 2009
Escrita e Meditação
http://www.gmu.edu/org/gmreview/guest.html
Este senhor escreveu algo que me parece interessante, mas não consigo encontrar o link específico para o texto/livro:
"Wait and the Writing Will Come: Meditation and the Composing Process," in Presence of Mind: Writing and the Domain Beyond the Cognitive, Boyton/Cook, Heinemann
[Adenda: encontrei!]
http://www.amazon.com/Presence-Mind-Writing-Domain-Cognitive/dp/0867093366
E um site que pode ser interessante:
http://www.nwp.org/
Este senhor escreveu algo que me parece interessante, mas não consigo encontrar o link específico para o texto/livro:
"Wait and the Writing Will Come: Meditation and the Composing Process," in Presence of Mind: Writing and the Domain Beyond the Cognitive, Boyton/Cook, Heinemann
[Adenda: encontrei!]
http://www.amazon.com/Presence-Mind-Writing-Domain-Cognitive/dp/0867093366
E um site que pode ser interessante:
http://www.nwp.org/
Júpiter Oposição Sol: Um momento de decisão
De meados de março 2009 até o início de novembro 2009: Este pode ser, e geralmente é, um trânsito muito positivo. O que ele vai representar ao fim vai depender de sua forma de abordá-lo. Em muitos aspectos ele representa um período de culminância em sua vida, incentivando-a a expandir-se para além dos limites do razoável. Não há dúvida que agora você terá uma boa chance de sucesso em diversos setores e, dentro de certos parâmetros, deve tentar obtê-lo. Entretanto, deveria não se ater apenas ao crescimento físico e material. Mesmo que não possua todos os bens materiais que deseja, deveria prestar um pouco mais de atenção em suas necessidades interiores e espirituais. Em última análise, nada satisfaz tanto quanto a própria satisfação. Os bens e objetos que adquire, o dinheiro e até o prestígio social são apenas artifícios que lhe dão a sensação de satisfação. Em si, eles não são a própria satisfação. São seus problemas íntimos que fazem de sua vida menos do que poderia ser, mesmo que tenha problemas correspondentes no universo material. Você deve procurar as soluções dentro de si mesma, e este trânsito representa um momento de decisão, quando você deve começar a procurar respostas.
Sob esta influência, a tendência é ir em busca de tudo que materialmente se quer sem pensar muito em quem está no caminho. A palavra de ordem é a irrestrição, tanto nas aquisições quanto nos prazeres. Então, à medida em que o trânsito vai chegando ao fim, as pessoas sentem que seus atos não deram em nada e que suas vidas estão tão vazias quanto antes. Na primeira metade deste ciclo, seu crescimento foi material.
Não seja arrogante nem presuma que está sempre com a razão. Através de contatos significativos com as pessoas, principalmente nos relacionamentos mais íntimos, você poderá descobrir qual o caminho a seguir agora. Trabalhe ao lado dos outros e pense em termos de crescimento recíproco. Ao tentar atingir metas traçadas a dois e agir como numa verdadeira parceria, ambos se tornarão mais conscientes do que são enquanto indivíduos. Se reconhecer o verdadeiro significado deste trânsito em termos de sua própria vida, este poderá ser um período bastante produtivo e benéfico para seu crescimento, um período que sempre terá sentido e importância para você.
quarta-feira, março 04, 2009
Histórias de sucesso
Meditação.
(Para eu ver depois do trabalho.)
http://www.anmolmehta.com/blog/2007/11/27/true-success-stories-of-the-enormous-health-benefits-of-kundalini-yoga-meditation-practice/
http://meditationsuccess.weebly.com/
http://www.tmcityandeastlondon.com/indiv/allpeople.shtml
http://www.calm.com.au/success_stories.php?category_sel=33
http://www.project-meditation.org/community/project-meditation-success-stories/
(Para eu ver depois do trabalho.)
http://www.anmolmehta.com/blog/2007/11/27/true-success-stories-of-the-enormous-health-benefits-of-kundalini-yoga-meditation-practice/
http://meditationsuccess.weebly.com/
http://www.tmcityandeastlondon.com/indiv/allpeople.shtml
http://www.calm.com.au/success_stories.php?category_sel=33
http://www.project-meditation.org/community/project-meditation-success-stories/
Mais benefícios da meditação
Aqui (100):
http://www.ineedmotivation.com/blog/2008/05/100-benefits-of-meditation/
Eu devia fazer isto, mas já quero fazer uma quantidade de coisas, lol.
http://www.ineedmotivation.com/blog/2008/05/100-benefits-of-meditation/
Eu devia fazer isto, mas já quero fazer uma quantidade de coisas, lol.
Meditação
Vários links/recursos:
http://meditationiseasy.com/
E para uma lista no google ver:
http://www.google.pt/search?hl=pt-PT&safe=off&q=benefits+of+meditation&meta=
»»»»»«««««
http://www.abc-of-meditation.com/
http://www.spiritualnow.com/articles/73/1/7-Benefits-of-Meditation/Page1.html
http://www.lorinroche.com/page4/page4.html
http://meditationiseasy.com/
E para uma lista no google ver:
http://www.google.pt/search?hl=pt-PT&safe=off&q=benefits+of+meditation&meta=
»»»»»«««««
http://www.abc-of-meditation.com/
http://www.spiritualnow.com/articles/73/1/7-Benefits-of-Meditation/Page1.html
http://www.lorinroche.com/page4/page4.html
Osho
http://oshoteachings.blogspot.com/
E isto também me parece interessante (meditação):
http://cristaldecura.com/cursos.php?c=150
E isto também me parece interessante (meditação):
http://cristaldecura.com/cursos.php?c=150
Escrita
Criei este blog com a intenção de escrever sobre... o que é escrever.
Sobre a escrita.
Mas há já muito que não coloco aqui nada relacionado com isso. Às vezes sinto-me culpada, mas não muito e passa-me rapidamente :p
As coisas mudam. Este blog faz 7 anos este Mês. O que será que abordarei, primordialmente, daqui a outros 7 anos? Logo se vê.
Sobre a escrita.
Mas há já muito que não coloco aqui nada relacionado com isso. Às vezes sinto-me culpada, mas não muito e passa-me rapidamente :p
As coisas mudam. Este blog faz 7 anos este Mês. O que será que abordarei, primordialmente, daqui a outros 7 anos? Logo se vê.
Efectiva
Ontem assinei contrato como efectiva no sítio onde estou, eu e uma data deles. Parece que há benefícios em termos de impostos (se não me engano têm de pagar menos de segurança social) para as empresas que o façam. Supostamente só seria - se fosse! - daqui a um ano quando acabasse o meu actual (que já não é actual) contrato.
Não era bem bem isto o que eu queria. Mas enfim. Agora se por acaso também aumentassem o salário... isso é que era giro!
Apesar de efectiva - não me sinto segura. Podem mandar-me não sei para onde se houver "necessidadae". Podem isto, podem aquilo. Não vejo para o que é que serve isso de ser-se efectivo. Não vejo segurança nenhuma. E nem a Sinto.
Enfim. Trânsitos para ontem:
- Sol a 12º Peixes (em trígono ao meu ASc. a 13º Escorpião)
- Lua a 25º Touro (em quadratura ao meu MC a 27º Leão)
- Mercúrio a 21º Aquário (em trígono Partil ao meu Urano progredido a 21º Balança e em quincôncio ao meu Sol progredido a 21º Virgem)
- Marte a 20º Aquário, repetindo o padrão de Mercúrio
- Júpiter a 13º Aquário (LOGO em quadratura exacta com o meu ascendente a 13º Escorpião)
- Saturno a 18º Virgem (em partil com a minha Vénus natal)
- Urano a 22º Peixes (mesmo em cima da minha Roda da Fortuna)
- Plutão a 3º Capricórnio (em quadratura exacta com o meu Plutão progredido a 3º Balança e em quadratura também com o o meu Plutão natal a 2º Balança)
- Nódulo Norte a 8º Aquário (em semi-sextil com o meu N. Norte natal a 7º Capricórnio; nódulo norte em trânsito também em sextil a um grau com a minha Lua progredida a 9º Carneiro e, também este nódulo, em quadratura com o meu Marte progredido a 9º Touro)
- Saturno e Plutão progredidos estão agora numa quadratura exacta
- Lilith está a 6º Capricórnio (a 40´ de uma conjunção exacta com o N. Norte natal)
- Também notei que Juno, em trânsito, está a 16º Aquário (directamente oposto ao meu Sol natal a 16º Leão)
- Vesta a 15º Touro (em quadratura com este mesmo Sol)
- Plutão em trânsito está em oposição exacta ao meu Saturno progredido e está também a um grau de uma conjunção exacta com o meu N. Norte progredido
- Neptuno está a 24º Aquário (o meu MC é a 27 Leão... humm, não sei...)
Bom, pus tudo e mais alguma coisa. Não sei exactamente qual destes trânsitos será o mais relevante, talvez: o de Júpiter, Saturno, Urano e Plutão. Neptuno não parece estar muito activo (mas nem vi os Pontos Médios, por isso...)
Outra coisa que me tinha esquecido:
- Mercúrio progredido acabou de entrar em Balança
- MC progredido a 4º Balança, em quadratura exacta ao meu Nódulo Norte progredido a 4º Capricórnio e a um grau com o Plutão em trânsito
ARCOS SOLARES
- Lua a 0º Aquário (logo em trígono com o Mercúrio progredido em Balança)
- Vénus a 22º Balança (quincôncio com a minha Roda da Fortuna Natal e com Urano em trânsito)
- Neptuno a 9º Capricórnio (em quadratura com a Lua Progredida a 9º Carneiro e em trígono com Marte progredido a 9º Touro)
- Quíron a 25º Touro (hummmm....)
E depois:
- Mercúrio a 2º Virgem
- Marte a 2 Gémeos
- MC em AS está a 1º Balança
- AC a 17º Sagitário (a um grau do meu Sol natal)
Por onde é que eu começo, no meio destes trânsitos todos...?
Tenho de estudar muito. Seja como for, isto fica aqui para futura referência.
««««««««««« PONTOS MÉDIOS OU MIDPOINTS »»»»»»»»»»»»»»»»»»
O grau 21 está muito activo, parece-me.
Pois bem - o Ponto Médio entre Sol/Lua é 21º Balança - ponto que foi atingido várias vezes.
O Ponto Médio entre Sol/Urano é 18º Virgem - onde está Vénus e onde está agora Saturno em trânsito. "Que se dane a liberdade! É tempo de Trabalhar Seriamente" diz Saturno (penso eu de que...)
Ponto Médio de Sol/Vénus - a 2º Virgem - a ser atingido pelo Mercúrio em Arco Solar.
Ok: Sol rege a casa 10 (Carreira), Vénus rege a casa 7 (relações profissionais) e Mercúrio rege a casa 8 (contratos).
Ponto Médio Vénus/Urano: 4º Libra - junto ao MC progredido... (hummmm.)
Vénus rege a casa 7 (e 12, a do sofrimento entre outras coisas, mas não vamos por aí, not yet), Urano rege a casa 4 (a do Lar) e o MC tem a ver com Carreira - será que me mandam para cascos de rolha agora que assinei o contrato?! Logo se vê.
Ponto Médio Marte/Nódulo Norte a 2º Peixes - em oposição a Mercúrio em AS e em quadratura com Marte em AS - a imagem que eu estou a ver aqui é algum tipo de "sacrifício" relacionado com grandes grupos (Nódulo Norte) e com trabalho (Marte na casa 6) e comunicação.
Bem, vou deixar as paranóias de parte.
Não era bem bem isto o que eu queria. Mas enfim. Agora se por acaso também aumentassem o salário... isso é que era giro!
Apesar de efectiva - não me sinto segura. Podem mandar-me não sei para onde se houver "necessidadae". Podem isto, podem aquilo. Não vejo para o que é que serve isso de ser-se efectivo. Não vejo segurança nenhuma. E nem a Sinto.
Enfim. Trânsitos para ontem:
- Sol a 12º Peixes (em trígono ao meu ASc. a 13º Escorpião)
- Lua a 25º Touro (em quadratura ao meu MC a 27º Leão)
- Mercúrio a 21º Aquário (em trígono Partil ao meu Urano progredido a 21º Balança e em quincôncio ao meu Sol progredido a 21º Virgem)
- Marte a 20º Aquário, repetindo o padrão de Mercúrio
- Júpiter a 13º Aquário (LOGO em quadratura exacta com o meu ascendente a 13º Escorpião)
- Saturno a 18º Virgem (em partil com a minha Vénus natal)
- Urano a 22º Peixes (mesmo em cima da minha Roda da Fortuna)
- Plutão a 3º Capricórnio (em quadratura exacta com o meu Plutão progredido a 3º Balança e em quadratura também com o o meu Plutão natal a 2º Balança)
- Nódulo Norte a 8º Aquário (em semi-sextil com o meu N. Norte natal a 7º Capricórnio; nódulo norte em trânsito também em sextil a um grau com a minha Lua progredida a 9º Carneiro e, também este nódulo, em quadratura com o meu Marte progredido a 9º Touro)
- Saturno e Plutão progredidos estão agora numa quadratura exacta
- Lilith está a 6º Capricórnio (a 40´ de uma conjunção exacta com o N. Norte natal)
- Também notei que Juno, em trânsito, está a 16º Aquário (directamente oposto ao meu Sol natal a 16º Leão)
- Vesta a 15º Touro (em quadratura com este mesmo Sol)
- Plutão em trânsito está em oposição exacta ao meu Saturno progredido e está também a um grau de uma conjunção exacta com o meu N. Norte progredido
- Neptuno está a 24º Aquário (o meu MC é a 27 Leão... humm, não sei...)
Bom, pus tudo e mais alguma coisa. Não sei exactamente qual destes trânsitos será o mais relevante, talvez: o de Júpiter, Saturno, Urano e Plutão. Neptuno não parece estar muito activo (mas nem vi os Pontos Médios, por isso...)
Outra coisa que me tinha esquecido:
- Mercúrio progredido acabou de entrar em Balança
- MC progredido a 4º Balança, em quadratura exacta ao meu Nódulo Norte progredido a 4º Capricórnio e a um grau com o Plutão em trânsito
ARCOS SOLARES
- Lua a 0º Aquário (logo em trígono com o Mercúrio progredido em Balança)
- Vénus a 22º Balança (quincôncio com a minha Roda da Fortuna Natal e com Urano em trânsito)
- Neptuno a 9º Capricórnio (em quadratura com a Lua Progredida a 9º Carneiro e em trígono com Marte progredido a 9º Touro)
- Quíron a 25º Touro (hummmm....)
E depois:
- Mercúrio a 2º Virgem
- Marte a 2 Gémeos
- MC em AS está a 1º Balança
- AC a 17º Sagitário (a um grau do meu Sol natal)
Por onde é que eu começo, no meio destes trânsitos todos...?
Tenho de estudar muito. Seja como for, isto fica aqui para futura referência.
««««««««««« PONTOS MÉDIOS OU MIDPOINTS »»»»»»»»»»»»»»»»»»
O grau 21 está muito activo, parece-me.
Pois bem - o Ponto Médio entre Sol/Lua é 21º Balança - ponto que foi atingido várias vezes.
O Ponto Médio entre Sol/Urano é 18º Virgem - onde está Vénus e onde está agora Saturno em trânsito. "Que se dane a liberdade! É tempo de Trabalhar Seriamente" diz Saturno (penso eu de que...)
Ponto Médio de Sol/Vénus - a 2º Virgem - a ser atingido pelo Mercúrio em Arco Solar.
Ok: Sol rege a casa 10 (Carreira), Vénus rege a casa 7 (relações profissionais) e Mercúrio rege a casa 8 (contratos).
Ponto Médio Vénus/Urano: 4º Libra - junto ao MC progredido... (hummmm.)
Vénus rege a casa 7 (e 12, a do sofrimento entre outras coisas, mas não vamos por aí, not yet), Urano rege a casa 4 (a do Lar) e o MC tem a ver com Carreira - será que me mandam para cascos de rolha agora que assinei o contrato?! Logo se vê.
Ponto Médio Marte/Nódulo Norte a 2º Peixes - em oposição a Mercúrio em AS e em quadratura com Marte em AS - a imagem que eu estou a ver aqui é algum tipo de "sacrifício" relacionado com grandes grupos (Nódulo Norte) e com trabalho (Marte na casa 6) e comunicação.
Bem, vou deixar as paranóias de parte.
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