SemDestino
"Tu és dôtor de verdade
O empregado da limpeza andava a rondar muito o meu gabinete. Normalmente, quando tal acontecia, assim como o dizer muitas vezes bom dia, era prenúncio de que tarde ou cedo pediria alguma coisa. Assim foi, mais uma vez.
- Sim, diga.
- Dô...Dô...Dôtor e...e...e...eu pre...pre...preci...preci...precisava de fa...fa...fa...fa...falar com o o Dô...o Dô...o Dôtor. - dizia o Luís P. no meio de muitas caretas enquanto gaguejava e se sentava na cadeira à minha frente com a maior das naturalidades.
- Sim, sim. Então diga lá. - disse-lhe com ar sério, sabendo já o que iria dizer a seguir.(cont.)"