domingo, janeiro 08, 2006

UMA SÉRIE DE PENSAMENTOS DESCONEXOS PORQUE ESCREVI ISTO AO CORRER DA PENA E AGORA MESMO, POR EXEMPLO, ESTOU COM VONTADE DE FAZER UM TÍTULO GRANDE, DAQUELES À SÉCULO DEZOITO

Escrever assim, para onde a caneta me levar, ainda falta, ainda falta muito, demasiado, demasiado tempo até o livro sair. Ó, daqui até dia 25, ó, por Deus, um martírio de espera. Uma espera inteira de martírio. Uma ausência de tempo em martírio (coisa que não faz sentido, mas que se lixe). In other news: gostaria de ter dinheiro suficiente para comprar um salmão inteiro. Andar a comer salmão toda a semana. Fresco, do fresco. A abanar a cauda. Daquele deliciosamente cor de laranja e perfumado, o macio e, hum, tão gostoso - obrigado Deus por teres criado o salmão. Tivesse eu conhecido o salmão a vida inteira! Alguém por aí conhece pescadores que vendam salmão a preços não tão exorbitantes? É que tudo custa, tudo custa os olhos da cara (e um braço e uma perna e o filhodaputa de um rim) e a carteira é magra, anoréxica, um pauzinho na verdade. Um minúsculo pauzito só de pano, sem músculo, sem gordura. Saquito que um cordel fecha nem sei para quê, nem vale a pena, não há nada para encerrar excepto ar. E o ar quem o rouba?

Ó, por Deus, Senhor Doutor Ladrão, pela sua saudinha, leve-me tudo, leve-me tudo!, mas não me leve o ar. É ar simultaneamente lisboeta e suburbano, admito não ter a categoria de ar parisiense, porém é valiosíssimo! Tenho por ele grande estima emocional! O Senhor Doutor Ladrão não me quer pôr no divã do psiquiatra, espero! É que eu não tenho dinheiro para o pagar - nem divã nem psiquiatra.
Nem psiquiatra sem divã, ali de pé, veja lá, nem dinheiro para isso eu tenho.
Pescadores com salmão excedentário (e que vendam a peça a cinquenta cêntimos o quilo), alguém conhece, hum?
Agradecia.
Serei eternamente a vossa saudável amiga.
Porque, já repararam, se comermos merda (salvo seja), sai-nos mais barato? É mais barato comer coisas baratuchas que nos fodem a saúde pouco a pouco.
Comer comida decente é caro.

Às vezes, sendo como sou paranóica indefectível, absolutamente paranóica, gloriosamente paranóica, às vezes suponho: haverá uma grande conspiração para nos manter doentes? De modo a melhor nos controlar enquanto trabalhadores? De maneira a nos manterem ovelhinhas que balem anestesiadas e não se revoltam?
Um corpo mal alimentado conduz a um cérebro mal alimentado, que conduz a um espírito doente, medíocre, frágil.
Mas estas são paranóias minhas, não liguem, este sacana do ascendente em escorpião tem a mania de ver conspirações em tudo! Pior: de as ansiar!

O que eu queria mesmo, sabem, era um popó novo com direcção assistida. Sobretudo direcção assistida. Ok, que se lixe o carro, basta a direcção assistida.
O do meu pai tem.
É como guiar uma faca em brasa por entre manteiga.
Quanto custa uma direcção assistida?
Dá para trocar por salmão.
Congelado?
(Não aconselho - não tem sabor nenhum, parece cartão.)
Um computador novo também quero. No meu já não consigo ouvir música. Fiz não sei o quê e agora já não funciona o WMP. Nem nenhum outro sound device.
E quero ter um podcast. Coisa que, devido às presentes dificuldades técnicas, está obviamente fora de questão.
E não queria mesmo mesmo nadinha... o trânsito de Plutão em conjunção com a Lua natal.
Algo que me durará quase até ao fim de 2007. Foda-se.
Um... estripar (ai, bolas) lento das minhas emoções? Já li a descrição explicativa do trânsito e fiquei na mesma. Plutão tira o excesso, deixa o essencial. Mas... retirar ainda mais das minhas emoções?! Isso não faz sentido. Ou talvez faça. Às vezes sinto que sou um pouco fria. Mas não raro escondo o que sinto, viro o turbilhão emocional para dentro, coisa pouco saudável. Again: blame it on scorpio rising. Ou quiçá não. Saturno na oito em caranguejo também tem culpas no cartório. Olhem, sei lá.
Emoções a todos os níveis ou apenas as referentes à casa dos valores?
Valores - money; valores - éticos, espirituais, etc.
Sagitário é o signo da espiritualidade, da fé.

Hum, start believing e... deixar de ter medos, inseguranças?
Um lento descamar das inseguranças? Será isso? Em relação ao money (Plutão: não tenhas medo, haverá sempre o suficiente) e em relação aos... valores humanos (Plutão: não tenhas dúvidas, vale a pena sempre acreditar em algo que nos transcende)?
Estou sempre à procura da “verdade” e não acredito em verdades absolutas.
Duvido que em 2007 passe a acreditar e cesse a busca.
Logo se vê.
No fim de 2007 farei o relatório.
Porque seguramente este blog continuará em funções.
Assim o espero.
Ah, o chá verde.
E tenho de ir fazer o jantar.
Peixinho - com legumes, toneladas de legumes. (Um aparte: adoro o novo tema da Mary J. Blige - Be Without You.)

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