Em: Jeff Green, O Livro de Plutão, a jornada evolutiva da alma
«PLUTÃO NA DÉCIMA PRIMEIRA CASA OU EM AQUÁRIO
Os indivíduos que têm Plutão na Décima Primeira Casa ou em
Aquário vêm aprendendo a se libertar de formas cristalizadas e obsoletas de
autodefinição conforme é refletido através do efeito composto da sociedade,
parentes, amigos ou qualquer outra coisa pela qual o indivíduo tenha sido
influenciado em seus primeiros anos de vida. Na verdade, o desígnio
evolutivo foi o de enterrar o passado.
De um modo geral, existem três maneiras pelas quais os indivíduos
com Plutão na Décima Primeira Casa reagem a esse desígnio evolutivo.
Alguns deles vêm aprendendo a deixar para trás tudo o que representa o
passado nesta e em outras vidas. Ao tentar se liberar das algemas do passado,
eles aprenderam que eles realmente são além da influência cumulativa das
associações culturais, das informações recebidas dos pais ou de qualquer
coisa que tenha aprendido a ser ou na que tenha sido levado a acreditar.
Em decorrência disso, estes indivíduos precisaram rejeitar qualquer
situação que arbitrariamente os defina; que lhes diga quem e o que ser e
como agir. Ao se rebelarem, eles aprenderam a desviar qualquer agente
externo que tenha tentado limitar ou defini-los de alguma maneira que não
vibrasse naturalmente em uníssono com o que eles sentiam que eram ou que
estavam tentando se tornar. Desse modo, os indivíduos com Plutão na
Décima Primeira Casa vêm aprendendo a se afastar, a fugir, do curso
principal da sociedade. Eles vêm aprendendo a resistir a se deixarem
algemar, condicionar ou serem definidos pelos costumes da sociedade. Além
disso, eles vêm aprendendo a se ver fora dos limites do tempo e do espaço e
desenvolveram desse modo um senso de objetividade e desapego. E como se
eles tivessem aprendido a se colocar na linha lateral da atividade humana,
observando de longe a si mesmos e as outras pessoas. Em decorrência disto,
eles estão desligados do vínculo de quaisquer forma de identidade nacional
ou cultural.
Como resultado dessa reação evolutiva, esses indivíduos também
aprenderam a romper todos os apegos que possam impedir o crescimento
ulterior ou a liberdade de explorar novas maneiras de descobrir a si mesmos.
Esses indivíduos desenvolveram a habilidade de detectar os elementos em
seu interior que não mais lhes são úteis. Estes elementos podem ser padrões
emocionais, desejos, forma de interpretar a realidade interior e exterior e
maneiras de relacionamentos
consigo mesmos e com a sociedade. Ao se concentrarem nesses elementos
obsoletos, esses indivíduos passam a compreender como cada aspecto da sua
identidade pessoal influencia e condiciona a manifestação de todos os outros
aspectos, e desse modo toda a estrutura.
Apresentando uma simples analogia, este processo é como fazer
uma torta. Podemos mudar totalmente o sabor da torta alterando ou
eliminando alguns dos ingredientes. De um modo semelhante, esses
indivíduos aprenderam a observar a si mesmos de um modo objetivo a fim de
compreender como e por que eles são como são e de mudar ou eliminar
qualquer "ingrediente" ou componente que possa estar impedindo o ulterior
crescimento. Qualquer área da vida a que esses indivíduos se dediquem será
estreitamente examinada a fim de expor o que precisa ser mudado ou
eliminado. As áreas efetivas da vida às quais esses indivíduos irão se dedicar
serão determinadas pelas suas exigências evolutivas e kármicas.
Esses indivíduos possuem uma capacidade inovadora inata causada
pela sua necessidade interior de explorar novas abordagens que favorecem
uma contínua descoberta individual. Não é raro que outras pessoas rejeitem
ou se sintam ameaçadas pela sua abordagem inovadora porque a inovação
ameaça as formas tradicionais de se fazer as coisas. Quando a tradição é
ameaçada, o senso de segurança também é ameaçado. Em muitos casos,
essas inovações estão à frente do seu tempo e não podem ser assimiladas pela
estrutura vigente no momento. A mudança é considerada excessivamente
radical, por demais afastada da tradição. Até mesmo os estilos de vida de
alguns indivíduos com Plutão na Décima Primeira Casa poderão ameaçar a
base da sociedade, o fluxo principal das crenças, leis e costumes coletivos.
Muitos daqueles que precisaram realizar experimentos através da rebelião ou
da rejeição ao passado, criarão novas crenças, costumes, tabus e normas.
Estes são os indivíduos que foram e que serão classificados pela sociedade
como esquisitos, radicais, revolutivos, ou simplesmente "diferentes."
Alguns desses indivíduos se apossarão ou entrarão em sintonia com
as tradições de uma determinada cultura unindo-as às tradições de uma outra.
Ao fazê-lo, eles as empregaram de uma nova maneira com relação ao seu
contexto ou ambiente sócio-político vigente. Estas são as pessoas que vivem
mais ou menos à margem da sociedade, buscando manter amizades com
pessoas que pensam como elas. Alguns desses indivíduos até mesmo tentarão
criar ou
estabelecer novos grupos sociais dentro da sociedade ou cultura existente, ou
envolver-se de alguma maneira com um grupo estabelecido de pessoas que
também esteja atuando à margem da sociedade.
Em casos extremos, alguns indivíduos com Plutão na Décima
Primeira Casa se desligarão completamente do sistema ou sociedade. Eles
podem se tornar anti-sociais por sentirem que não existe nenhum papel
significativo para eles desempenharem dentro da sociedade, ou nenhuma
maneira de integrar ou estabelecer sua visão pessoal ou social dentro do
sistema vigente. Eles são chamados de radicais, hippies, fora-da-lei ou
subversivos. Em alguns casos, alguns se tornarão vingativos e tentarão
destruir ou derrubar o sistema de alguma maneira.
A necessidade evolutiva de aprender as lições de objetividade,
desapego, bem como a necessidade de romper todos os apegos que impedem
o crescimento podem ocorrer através da vivência de intensos choques
emocionais, intelectuais, espirituais ou físicos. Esses golpes podem ocorrer
através de amizades íntimas, relacionamentos casuais, encontros fortuitos
com outras pessoas, ou através do curso principal da própria sociedade. Uma
vez que Plutão na Décima Primeira Casa ou em Aquário pode criar idéias
muito rígidas e fixas a respeito de como as coisas deveriam ser, como o
indivíduo deveria ser, como as outras pessoas deveriam ser, ou como a
sociedade deveria ser, as pessoas que consideram essas idéias excessivamente
radicais, limitadas ou irrealistas lançarão os desafios e confrontações
necessárias. O efeito é induzir uma consciência objetiva dentro do indivíduo
com relação ao seu apego a essas idéias. E o apego que impede o ulterior
crescimento. As necessárias confrontações podem levar ao ajustamento ou à
eliminação dessas idéias para que novos padrões possam se desenvolver.
Entretanto, em virtude da natureza compulsiva de Plutão e também
da necessidade de segurança emocional ligada a essas idéias, o grau de
resistência às mudanças necessárias pode ser bastante profundo e intenso. Se
esta resistência for mantida, o indivíduo será isolado das outras pessoas. A
medida que o isolamento continua, o indivíduo será forçado a examinar a si
mesmo, e a analisar por que as outras pessoas não se relacionam mais com
ele. O isolamento pode conduzir eventualmente à consciência objetiva das
coisas às quais o indivíduo está apegado, e também dos motivos desse fato.
Os arquétipos de Aquário e da Décima Primeira Casa são muito
importantes para todos nós porque oferecem a oportunidade de nos
modificarmos radicalmente; de deixarmos o passado para trás
a fim de desenvolver novas idéias ou formas de nos relacionarmos com nós
mesmos. Eles nos permitem fazer experiências com novos pensamentos ou
desejos que transformam radicalmente quem nós fomos, e quem nós somos
agora. Através desses arquétipos, formamos relacionamento com pessoas que
pensam como nós, pessoas que refletem a maneira como encaramos a vida e
a sociedade. Desse modo, não nos sentiremos excessivamente excêntricos
porque existe pelo menos algumas outras pessoas que estão voltados para a
mesma direção que nós.
Os arquétipos de Aquário e da Décima Primeira Casa, portanto, nos
permite compreender ou vivenciar aquilo que é diferente e único a respeito
de nós mesmos. Vivenciamos essa "diferencidade" através de contraste ou da
comparação individual, e formando vínculos sociais com outras pessoas que
pensam como nós, o que leva à formação de subgrupos na sociedade. A
consciência vivencial da maneira como somos diferentes se baseia, portanto,
na observação de diferenças relativas a outros subgrupos pelos quais não
sentimos afinidade. Este processo ocorre naturalmente não apenas para
promover essa consciência, mas também para criar a consciência em todos nós da nossa ligação ou relacionamento com todas as outras pessoas de uma
maneira objetiva. Desse modo, tornamo-nos objetivamente conscientes do
papel individual e ímpar que estamos representando dentro do nosso grupo,
dentro da nossa sociedade, e dentro da civilização como um todo. Tornamo-
nos conscientes de como uma parte do todo pode influenciar ou alterar a
dinâmica do todo. Esta dinâmica pode ser aplicada tanto a indivíduos quanto
a grupos. A mudança social ocorre quando um número suficiente de pessoas
com idéias semelhantes se unem para realizar uma mudança dentro das
estruturas obsoletas da sociedade.
Embora esses arquétipos favoreçam as oportunidades de
desenvolvimento tanto individual quanto coletivo, muitas pessoas temem a
mudança e têm medo de ser ou se sentir diferentes. Outros indivíduos com
Plutão na Décima Primeira Casa ou Aquário reagiram ao impulso evolutivo
anterior rejeitando ou revoltando-se contra a necessidade de serem diferentes.
Eles sufocarão o impulso interior de romper com o passado. O sentimento de
separação que esse impulso produz incentiva essa reação. Lembre-se de que
Saturno, bem como Urano, rege Aquário.
Todos os indivíduos com Plutão na Décima Primeira Casa chegarão
a esta vida com um profundo sentimento interior de serem
diferentes da maioria das pessoas à sua volta. Isto se deve ao desígnio
evolutivo anterior de jogar fora o passado, de se desligar dele. Esse
desligamento é projetado ou vinculado ao ambiente exterior. No caso
daqueles que rejeitaram ou se revoltaram contra essa necessidade e
sentimento interior, a esmagadora necessidade e o desejo compulsivo de
pertencer a um grupo de pessoas representarão uma intensa motivação. Na
verdade, esse desejo atua como uma compensação emocional e psicológica
para bloquear ou contrariar o sentimento interior de "diferencidade" e
desprendimento. Essas pessoas tentam se ajustar às normas e leis sociais
vigentes na sociedade. Desde que todo mundo esteja fazendo aquilo, não
importa o que seja "aquilo," eles também o farão a fim de pertencer ao grupo.
Qualquer grupo social cria "normas" de comportamento, bem como a pressão
aberta ou disfarçada para que essas normas sejam obedecidas. Os indivíduos
que reagem dessa maneira tornaram-se compulsiva e totalmente dependente
do grupo a que pertence para nutrirem um senso de realização e significado
pessoal. Sua individualidade, seu objetivo, seus valores e convicções são
simples extensões das "normas" do grupo que pertencem. Não obstante,
apesar dessa compensação, esses indivíduos ainda se sentem diferentes. É
esse sentimento que provoca até certo ponto a necessária objetividade e o
desapego. Não importa o que o indivíduo faça para se sentir "normal", para
pertencer ao grupo, ainda assim eles se sentem diferentes. Este sentimento
provocará a típica pergunta plutoniana "por quê?" No que diz respeito ao
livre arbítrio que todos nós possuímos, esses indivíduos vêm aprendendo a
fazer a escolha entre se dedicar ao que é diferente neles independentemente
de aonde isso possa conduzir, ou negar ou sufocar o que é diferente
independentemente das conseqüências. Alguns fizeram algumas tentativas de
se libertar, apenas para recuar depois e tentar novamente. Outros avançaram
bastante e estão finalmente a caminho de adotar e desenvolver de alguma
maneira sua individualidade socializada. Outros permanecem completamente
presos ao controle do grupo a que pertencem.
O terceiro segmento de indivíduos com Plutão na Décima Primeira
Casa ou Aquário reagiram ao impulso evolutivo anterior defendendo
apaixonadamente as tradições do passado. Esses indivíduos temeram ser
diferentes; temeram a experimentação, novas perspectivas, novos modelos, e
novas maneiras de fazer as coisas. Ao invés de se desligarem e se
desapegarem do passado, essas pessoas
manifestaram um controle fixo e mortal sobre o passado — uma reação
totalmente saturnina. O primeiro segmento de pessoas manifestou uma
reação uraniana a este desígnio evolutivo anterior. O segundo segmento de
pessoas manifestou reações ao mesmo tempo uranianas e saturninas. O
último grupo é certamente saturnino. Contudo, até mesmo as pessoas que
reagem desta última maneira, sentir-se-ão diferentes porque perceberão que o
"tempo" está passando por elas. Estas pessoas recusam-se a mudar. A vida
individual e coletiva está sempre crescendo, sempre num estado de
transformação, de evolução. E exatamente este processo óbvio que essas
pessoas temem porque praticamente qualquer mudança, qualquer
afastamento da tradição, é visto como possível de debilitar ou ameaçar a
antiga ordem e estabilidade da maneira que as coisas costumavam ser.
Esses indivíduos usam a antiga ordem como uma panacéia para
corrigir as adversidades do momento, bem como para projetar no futuro "a
maneira" como as coisas deveriam ser. Ao invés de se permitirem
desenvolver uma nova perspectiva a ser aplicada a um mundo em
transformações, eles projetam uma perspectiva antiga e desgastada sobre o
futuro como a cura para os problemas de hoje. Esta tendência reflete o fato de
que esses indivíduos estão sufocando internamente, de uma forma
desesperada, os impulsos interiores de se libertarem das suas vidas anteriores
bem como a dos padrões de associação de identidades nelas fundamentados.
Eles também formarão vínculos sociais ou amizades com pessoas com idéias
semelhantes às deles. Na qualidade de indivíduos, e também como grupo,
eles podem desenvolver a objetividade e o desapego através do isolamento da
sua subcultura dentro do contexto da sociedade. Estes indivíduos, bem com o
subgrupo, são diferentes quando comparados com outras pessoas que não são
sensíveis às suas idéias sociológicas e às suas identidades.
Combinações divergentes, ou que interragem entre si, dessas três
maneiras diferentes de responder aos arquétipos da Décima Primeira Casa ou
de Aquário dão origem a todas as possíveis subculturas dentro de uma
sociedade. Numa expressão negativa do arquétipo da Décima Primeira Casa
ou de Aquário, um grupo ou uma combinação de grupos pode tentar
influenciar, controlar, ou eliminar um outro grupo por razões de segurança e
poder. Este esforço reflete o desejo egocêntrico de separação e pode provocar
uma mentalidade estreita e o apego ao invés de a objetividade e o desapego.
Um
indivíduo pode reagir a uma outra pessoa da mesma maneira pelos mesmos
motivos. Numa expressão positiva, as diferenças individuais e de grupos
serão toleradas, aceitas e encorajadas. Ocorrem combinações de reações
positivas e negativas quando os grupos marginais extremos, quer ultraliberais
quer ultraconservadores, aparentam ameaçar a estabilidade ou a segurança de
todo o grupo.
Existem pistas no mapa de nascimento que indicam quais as
inclinações do indivíduo com Plutão na Décima Primeira Casa com relação à
identificação do grupo. Se a tendência ao mapa como um todo sugere um
conformismo e a ênfase na tradição, o indivíduo provavelmente se
identificará com o curso principal da sociedade. Caso o mapa indique o não
conformismo, o indivíduo provavelmente se identificará com grupos
marginais. Se o mapa sugerir a introversão, o indivíduo terá poucos amigos, e
não se associará a nenhum grupo particularmente; ele poderá possivelmente
formar um grupo de uma só pessoa.
Além disso, também precisamos levar em consideração a condição
evolutiva do indivíduo. Aqueles no estado gregário irão pertencer a grupos
que acompanham o curso principal da sociedade. Os que estão no estado
individualizado pertencerão a grupos com uma mentalidade mais
independente. Os indivíduos no estado espiritual se associarão a grupos
espirituais. A associação da condição evolutiva com o equilíbrio de energia
do mapa, i.e. a introversão, o conformismo e assim por diante, proporcionará
um entendimento razoável com relação a determinar os subgrupos dentro de
uma sociedade pelos quais o indivíduo sentirá afinidade. Eis alguns exemplos
que ilustram este ponto: uma pessoa introvertida e espiritual provavelmente
se afastaria de qualquer interação com o grupo; um tipo introvertido e
conformista seria um seguidor silencioso do grupo formado pelo curso
principal da sociedade; uma pessoa extrovertida e individualizada poderia ser
o líder de um grupo dissidente, e assim por diante.
O signo de Plutão nos fornecerá pistas adicionais. Por exemplo, uma
pessoa com Plutão em Virgem poderá ser extremamente tímida e se sentir
intimidada por grupos sociais. Ela poderá criticar o grupo ao qual está ligada
e poderá ser criticada por ele. Está pessoa poderá conseguir encontrar um
outro grupo que reflita suas próprias idéias, e este grupo poderá criticar todos
os outros grupos que sejam diferentes. Como exemplo, muitas pessoas que
pertencem ao grupo
punk de rock que predomina hoje em dia na sociedade têm Plutão em
Virgem. Não apenas como grupo, mas também como indivíduos, eles
tendem a reagir da maneira descrita acima.
Vamos usar um exemplo verídico para ilustrar essa dinâmica
com detalhes. Esta mulher tem Plutão em Câncer na Décima Primeira
Casa. O Nodo Sul está em Gêmeos na Décima Casa. O regente
planetário, Mercúrio, está em Aquário na Sexta Casa. Ela está na
condição evo-lutiva individualizada. Nasceu numa família negra de
classe baixa em Los Angeles, na Califórnia. Seus pais deram a ela
tudo que puderam, e seu pai trabalhou o máximo possível para
economizar dinheiro para a sua educação. Ele se recusou a permitir
que ela fosse limitada ou sofresse uma opressão por causa da sua raça
ou devido a circunstâncias subculturais. Sua mensagem, desde o início
era de que ela poderia se tornar aquilo que quisesse na medida que se
esforçasse e fosse decidida. Suas circunstâncias ambientais imediatas
eram testemunhar a pobreza e o sofrimento dos seus vizinhos, bem
como escutar as
"mensagens" da sociedade a respeito de sua raça. Quando ela estava com
cerca de quinze anos resolveu se tornar uma assistente social e comunitária
para ajudara melhorar as condições do seu povo. Ela se recusou a se deixar
apanhar ou a ceder à discriminação racial da sua época. Ela se recusou a
mergulhar no desconsolo e decidiu fazer o que fosse necessário para
conseguir terminar seus estudos. Ela sabia bem no íntimo que era diferente,
mas ao mesmo tempo compreendia totalmente as razões pelas quais seu
povo se sentia daquela maneira. Ela não apenas se identificou como também
compreendeu as condições sociais que estimularam esse tipo de consciência
de um modo tão perfeito que decidiu mudá-las através do trabalho ao qual
havia decidido se dedicar.
Ela conseguiu terminar os estudos com a ajuda do dinheiro que seu
pai economizara, e também com os rendimentos do seu trabalho de tempo
parcial. Ela obteve um Ph.D. em psicologia social e retornou à sua
comunidade para implementar programa de treinamento. Ela ajudou
programas pioneiros de subsídio em grupo que visavam restaurar a
comunidade, fornecendo trabalho para as pessoas no decorrer do processo.
Ela iniciou uma grande variedade de cursos intensivos e seminários para a
comunidade a respeito de muitos assuntos. Ela ajudou a revolucionar sua
comunidade. Suas ações e seus programas tornaram-se o modelo de
programas em outras áreas.
Um dos principais problemas com que ela deparou se baseava na
sua necessidade de impor seu ponto de vista às outras pessoas. Ela se
colocava extremamente na defensiva com relação às críticas, e era incapaz de
alterar seus métodos de operação mesmo quando sabia no íntimo que havia
outros melhores. Mudar ou admitir um erro era percebido
subconscientemente com uma ameaça à sua posição, à sua identificação
social e também à sua segurança emocional. Por conseguinte, apesar do bem
enorme que ela estava fazendo, atraía críticas e confrontações da parte das
outras pessoas. Um outro problema era que todo seu senso de identidade
pessoal, segurança emocional, e perspectiva da realidade estava baseado na
posição social que ela desfrutava. Com o passar do tempo, ela teve
problemas em se adaptar às novas necessidades da sua comunidade. Ela
tentou compulsivamente continuar a aplicar suas antigas idéias às novas
situações. No final ela teve um desequilíbrio nervoso que a incapacitou. Ela
não pôde mais trabalhar embora ainda fosse uma mulher relativamente
jovem. Ela foi forçada à lidar consigo mesma de uma nova maneira. Com o
passar do
tempo, ela se curou o suficiente para ser capaz de escrever livros sobre
psicologia social, justiça social bem como romances a respeito desses
assuntos.
Em qualquer condição que encontremos indivíduos com Plutão na
Décima Primeira Casa, todos certamente terão tido a necessidade evolutiva
de desenvolver a objetividade e o desapego, de romper vínculos que possam
estar impedindo o crescimento ulterior, e de formar ligações de grupos com
almas semelhantes. De um modo geral, todos precisaram desviar o impacto
de outros grupos ou indivíduos a fim de aprofundar a consciência de sua
própria individualidade. Todos precisaram vincular seu objetivo individual a
um objetivo socializado, a um objetivo de grupo, e a uma razão socializada
de existir. Dependendo do desenvolvimento evolutivo e o da dinâmica
kármica, alguns indivíduos com Plutão na Décima Primeira Casa tiveram, e
terão, a capacidade de liderar um grupo de pessoas ou toda uma nação. O
magnetismo natural de Plutão pode atrair outras pessoas que percebem que a
pessoa com Plutão na Décima Primeira Casa tinha e tem algo poderoso a
oferecer.
Muitas dessas pessoas, com base no desenvolvimento anterior,
possuem a capacidade inerente de compreender as necessidades dos grupos, e
de pôr a nu os fundamentos das dinâmicas do grupo para compreender todos
os papéis e as funções individuais que constituem um grupo. Aqueles que
possuem a capacidade de liderança e são "voltados para o futuro" podem
desenvolver perspectivas sociais abrangentes relacionadas com o mundo
como um grupo de pessoas ou uma sociedade deveria mudar para poder
progredir e crescer. Eles farão experiências, tentarão novas idéias, e farão
ajustes quando necessário. Em determinados casos, eles experimentarão
novas idéias mas depois resistirão a alterar o projeto até mesmo diante de
uma intensa confrontação, ocasionando desse modo sua própria ruína, ou a
ruína das suas idéias. Outros poderão tentar aplicar antigas perspectivas a
novas situações. Um líder desse tipo poderá atrair seguidores durante algum
tempo, mas como as idéias são velhas, a queda em geral é inevitável. Num
outro nível, a repulsão natural de Plutão também pode criar o total
isolamento para alguns indivíduos com Plutão na Décima Primeira Casa por
todo um grupo ou subgrupo. Precisamos examinar a natureza global das
características e dos antecedentes kármicos do indivíduo para poder
determinar a necessidade evolutiva e kármica dessa situação.
O ponto de polaridade é a Quinta Casa ou Leão. O desígnio
evolutivo determina que o indivíduo deva aprender a assumir o comando do
seu destino. Ele precisa aprendera implementar suas idéias a respeito de si
mesmo, aquilo que ele considera possível para sua vida, as metas que deseja
alcançar, e as idéias relativas e futuras possibilidades. Um dos sintomas mais
comuns que os indivíduos com Plutão na Décima Primeira Casa vivenciam é
pensar a respeito de possibilidades a respeito do seu futuro que não são
levadas adiante. Este sintoma é uma reação reflexa ao desígnio evolutivo
anterior de se libertar do passado. Nesta vida, este efeito cria apenas uma
insatisfação com o presente enquanto as idéias não acionadas. Por
conseguinte, o desígnio evolutivo atual está ensinando a essas pessoas a
transformar essas idéias em ação assumindo o comando do próprio destino e
moldando-o segundo a tendência que esses pensamentos lhes estão
sugerindo. A fim de realizar isto, esses indivíduos precisam aprender a
minimizar suas necessidades de segurança e seus padrões de dependência das
outras pessoas dizendo a elas que não há nada de errado em eles fazerem o
que eles quiserem fazer. Eles também precisam aprender a não ficar
esperando que todas as outras pessoas ajam para então agir, e também a não
esperar que os outros apóiem suas idéias com relação a estratégias para si
mesmos e para as outras pessoas.
Aqueles que foram repelidos pelos outros ou pela sociedade, que
foram forçados a permanecer no segundo plano, precisam aprender a
desenvolver seu propósito individual e ligá-lo a uma necessidade socialmente
relevante. Eles não podem permanecer em segundo plano, atirando pedras e
insultos num sistema que não está se comportando de acordo com seus
desejos.
Esses indivíduos precisam, de um modo geral, aprender que seu
poder repousa no fato de que eles são diferentes, e que não há qualquer
problema em se ser diferente. Ao aprender a agir e implementar, eles podem
se tornar líderes efetivos em qualquer área na qual estejam evolutiva e
karmicamente destinados a atuar. Todos os indivíduos com Plutão na Décima
Primeira Casa possuem o poder intrínseco de agir como instrumentos de uma
mudança inovadora e criativa em qualquer área da vida que venha a escolher.
Até mesmo os defensores apaixonados do passado podem exercer uma
influência positiva na qualidade de agentes estabilizadores se as mudanças
estiverem ocorrendo depressa demais ou tiverem se desviando nitidamente do
seu caminho.
Todos esses indivíduos precisam aprender a se desvencilhar, a
serem objetivos e a romper com as suas perspectivas mais caras a respeito de
como as coisas deveriam ser, quando essas idéias ou perspectivas não forem
adequadas à situações em pauta. Através de desafios ou confrontações
ambientais eles precisam aprender a mudar objetiva e impessoalmente o que
precisa ser mudado. A armadilha em potencial é permanecer desapegado
numa oposição estóica contra aqueles que não concordam com eles, ou seja,
não mudar.
Todos esses indivíduos podem vivenciar choques emocionais,
desapontamentos, abandonos e rejeições em suas amizades. Esse tipo de
desamparo repentino ocorre para impor a lição de assumir o próprio destino.
A eliminação da dependência das outras pessoas só fazem reforçar esta lição.
Além disso, este tipo de evento provocará a lição relativa ao conhecimento
de quem realmente é amigo e quem não é. Essas pessoas, de um modo geral,
só terão, ou só lhes serão concedidos, alguns amigos íntimos em qualquer
época da vida. Em determinados ciclos, elas poderão vivenciar uma total
falta de amizades.
Ao aprender essas lições, os indivíduos com Plutão na Décima
Primeira Casa poderão desempenhar vários papéis socialmente significativos.
Sua inventividade e criatividade natural poderão reluzir. A metamorfose
resultante produzirá indivíduos autoconfiantes que possuem o poder de
compreender objetivamente quem e o que são, por que são do jeito que são, e
qual a melhor forma de transformarem em realidade seu propósito criativo
dentro do contexto de uma necessidade social. Nesse entendimento, esses
indivíduos poderão assumir papéis socialmente relevantes e significativos,
papéis que possuem o poder e o potencial de transformar as barreiras
existentes que estão tolhendo o ulterior crescimento e evolução na área da
vida ao qual estiverem se dedicando. Do mesmo modo, esses indivíduos
podem ocasionar esse entendimento em outras pessoas, até mesmo em
nações inteiras.
Entre as características comuns às pessoas com Plutão na Décima
Primeira Casa ou Aquário encontram-se as seguintes: um comportamento
que varia entre ser extremamente anti-social, seguir a multidão e até defender
apaixonadamente a tradição, um sentimento intrínseco de ser diferente,
padrões de pensamentos obsessivos e compulsivos, inovadores, singulares,
criativos, bons amigos, ciclos de extremo desapego dentro de ciclos de
intensa concentração sobre si
mesmos, potencial para um comportamento repentino e errático, iconoclastas,
difíceis de realmente serem conhecidos ou corretamente definidos, arredios.
Pessoas famosas com Plutão na Décima Primeira Casa ou em Aquário:
Albert Einstein
Jesse James
David Bowie
Benjamin Franklin
Lyndon B. Johnson»
1 comentário:
Melhor texto ♥
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