sábado, julho 08, 2006

Mosca

Na sua mini-história desta semana terá de entrar pelo menos uma pequena mosquita. A regra principal é ter mosca (uma, duas, um milhão, você decide) e o resto é consigo.


Mosca

José Mouro arrancou as asas à mosquinha e viu-a cirandar, volta após volta, no beiral de mármore da janela. Depois pegou na mosquinha e guardou-a na caixa de fósforos com as outras. Eram muitas, viu ela, a fazerem barulho. Uma orquestra de moscas desasadas. Aquele é o tambor que se tamborila a ele próprio.
Faltam: a bateria. O baixo. A guitarra eléctrica e o saxofone. Um piano dava jeito.
José mouro segue na caça de moscas, mosquinhas, moscões, moscardos. E vespas para lutar na arena de mini-gladiadores que ele construiu com fósforos usados. Vespas contra abelhas, vespas versus moscas, abelhas contra mosquitos. E melgas.
As melgas é que são traiçoeiras.
Mordem.


8 Julho’06

Sem comentários: