terça-feira, fevereiro 25, 2003

Ainda a SPA.

"Mário Ventura Henriques, membro da direcção e adjunto do administrador-delegado entre 86 e 88, faz a sua leitura: “Durante muitos anos a sociedade funcionou pelo despotismo e favoritismo, até que, quando deixou de funcionar, passou à intimidação”.



Uma intimidação que parece ser exercida a partir da dependência económica de alguns sócios. Muitos vivem de adiantamentos financeiros, prática habitual da sociedade, que lhes compromete tomadas de posição mais interventivas na hora de pedir contas à instituição. Além disso, depositaram nela uma confiança cega, entregando a defesa dos seus direitos nas mãos de gestores cuja credibilidade está agora a ser investigada.



Alguns saíram em boa hora, como Fernando Guerra, presidente do conselho fiscal entre 89 e 92. “Não sei o que lá se passa mas passa--se alguma coisa há muitos anos”, afirmou, questionando a longevidade de Francisco Rebello à frente da SPA. Onze anos se passaram desde a sua saída mas, recorda, titulava um órgão “meramente consultivo”. Quanto ao resto, prefere resguardar--se nas memórias que o tempo apagou. Como tantos outros."


Merda. De. País.
Noutro, decente, civilizado, já tinha sido tudo corrido!
Noutro, decente, civilizado, os suspeitos de fraude, eles mesmos, demitir-se-iam.
Mas aqui não há vergonha na cara. Escrúpulos. A tal da ética, geralmente dispensada pelos tugas.

[Lola out]

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