sábado, fevereiro 08, 2003

Bom, como não tenho prosa, aqui deixo alguns poemas meus antigos.


ACHA

Vem de mim a espada
Vem de mim o tecto, o iludido luto
Da dor funesta que findou
Na mentira do outro

Vem a mim a certeza
Acesa
Da perene canalhice
Macha

Amor é foda
Não é afecto de espírito
Não é comunhão em dois
Amor é a roda rodando do Rito

É o que nunca vem depois
da findada paixão a acha.

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(Segue aquele que continua a ser, dos que escrevi até hoje, o meu preferido.)



MEU AMOR

Se houvesse coisa que eu quisesse
que fosse amor meu que ma desse
Se eu, acaso, gostasse de cortinas de folhos
que meu amante para mim as tecesse
São verdes, seus belos olhos
e por eles me perdia, se ele me tentasse
Mas é meu amor que, por mim, se perde
e me deseja todos os sonhos
a que eu tentado
esteja
ou sonhasse

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