quinta-feira, julho 31, 2003

Recebi a Nova carta de recusa da Dom Quixote!
'Tou parva!
Fizeram uma Nova carta de recusa só porque me queixei da universal uniformidade das ditas!
Pergunto-me: terei sido a primeira a quem enviaram a carta?
Devolveram-me o manuscrito que enviei em ’99, ou seja, no século passado.
O que não é muito habitual na Dom Quixote, regra geral demoram poucos meses a responder.
Li uma entrada há uns tempos no blog de outro editor. Dizia que, a não ser por recomendação, era impossível publicar um livro.
Estou quase a ponto de mandar o idealismo às malvas e angariar a recomendação de alguém. Conheço, por acaso, um escritor famoso. Terei lata para o abordar nesse sentido?
Nop :-/ Sou uma atadinha.
Porém! Saber! Que o meu post sobre as malditas carta de recusa! Foi lido! E! Que mudaram o standard! Isto é que é poder, hã! Ponham os olhos nisto, mês lindos! Isto é que é poder a sério! A minha acção levou a que um novo tipo de carta de recusa fosse elaborado! (Pelo menos na Dom Quixote...) ‘Tão a imaginar o impacto da coisa? Eu vou entrar nos livros da História. Putos ranhosos vão decorar a data, juntamente com os feitos de D. Afonso Henriques, as Descobertas, as batalhas cristãs contra os mouros e os gloriosos feitos do Benfica (deixem-me sonhar, porra).
(Estou a queimar Qualquer hipótese – remota, remotíssima – com a editora, não estou?)
(Também não sou nenhum ás em políticas, já deve ter dado para notar.)
Bom, fiz um acordo comigo mesma. Quero ver se tenho a força para o cumprir. Portanto, em princípio, esta será a última entrada. Não tenciono regressar ao blog senão daqui a um mês.
Aqui fica a famigerada carta! (Itálicos e negritos meus.)


"Agradeço o envio do seu original acima referenciado e não posso deixar de lhe agradecer a gentileza que teve em no-lo propor para publicação na Dom Quixote. [Ora, não tenha de quê! Foi um prazer!]


Após cuidada apreciação o seu texto, lamentamos no entanto informar que não vemos possibilidade de encarar a sua publicação. [Todos: ooooohhhhhhhh.] Para além de uma inevitável sobrecarga do nosso programa editorial para o ano corrente (desculpa mais frequente de todos os editores, embora verdadeira), julgamos [atão, não ‘tavamos no singular, pá? Afinal quantos é que escreveram a carta?!] que o seu original precisa ainda de um trabalho mais apurado antes de poder atingir condições de publicação.


A sua escrita, porém, revela qualidades que, em nosso entender, vale a pena acompanhar. Pelo que lhe sugerimos que não desista e continue a enviar-nos os seus trabalhos. Não deixaremos [cansei-me dos itálicos] também de continuar a transmitir-lhe a nossa opinião.


Devolvemos em anexo o original enviado, despedindo-nos com as mais cordiais saudações.


Departamento Editorial"



Bom, boas férias a todos.
Meditem, que eu também não.

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