quinta-feira, maio 01, 2003


PRESSA

I

Vem depressa para junto do teu amor,
Como o mensageiro real obedecendo à
Impaciência do seu amo - quer dizer, se
se acreditar num mensageiro real.

Vem depressa,
Tens toda a coudelaria à disposição,
A carruagem pronta.

Nem o mais impetuoso dos cavalos
- Quando a encontrares -
Se aproximará da velocidade do teu coração.

II

Traz o teu ímpeto
À casa da tua amada,
Tu que és o orgulho da coudelaria do rei,
Escolhido de entre uma centena de puros sangues,
Treinado com ração especial,
Que partes em galope sem igual
À mera menção da palavra estribo,
Sem mesmo o treinador
(Que é hitita)
Poder segurar-te.
Como ele conhece bem o coração dela
A que há-de ficar sempre ao seu lado.

in Poemas de Amor do antigo Egipto (entre 1567 a 1085 a.C.)
da Assírio & Alvim,
tradução de Hélder Moura Pereira, a partir de versões inglesas

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