sexta-feira, fevereiro 24, 2006

roxas

Mesmo Para Não

 

E aqui vem tudo neste encantamento do não-ser

(mariposas, então, mariposas)

Há um descalabro de neve e uma chaleira ao lume

Com um copo de chá a nevar

(mariposas – então – mariposas)

Cri-cri, diz a caneta, mariposas ao lume; cri, gritam, gritam ambas mariposas e resto do lume ao chá à noite a nevar pelo frio do fim do inverno

(mariposas-mariposas-mariposas)

- Estou a fazer isto para não ter sentido nenhum porque hoje I’ve been a bad bad girl não trabalhei e mariposas –

Roxas.

A lenha apagou-se-acabou-se O lume não acende

Talvez Madonna ou Franz Ferdinand.

CD, qual deles? A Madonna é tipo algodão-não-engana (mariposas mariposas e um mordomo gordo)

Céus a viajarem de avião à noite (a nevar)

O chá ao lume evapora-se ao lume

Roxas.

Se puder. Se puder, roxas. Sim, é das roxas, das roxas, criaturinha.

A pessoinha lá vem andando andando

(mesmo para não ter sentido nenhum porque não posso passar sem a caneta a morder à frente da língua-de-neve e ao chá a nevar)

Nevam no chá. Hoje serve-se chá que neva.

(Mariposas – I’ve missed you)

(Assim, forte, moreno, bonito e forte, por dentro por fora, forte bonito e gentil)

(De mãos mariposas)

Moreno. E mariposas.

 

Roxas.

 

24 Fevereiro’06

 
 

Sem comentários: